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Guilhotina | Le Monde Diplomatique Brasil

Portuguese, Social, 7 seasons, 280 episodes, 5 days, 10 hours, 20 minutes
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Guilhotina é o podcast do Le Monde Diplomatique Brasil
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#222 Economia para a transformação social, com Juliane Furno e Pedro Rossi

Neste episódio, recebemos os economistas Juliane Furno e Pedro Rossi. Eles são autores, junto com a Gazetinha da Guanabara -  que cuidou das ilustrações -, do livro “Economia para a transformação social: pequeno manual para mudar o mundo”, lançado neste ano pela Autonomia Literária e pela Fundação Perseu Abramo (saiba mais: https://tinyurl.com/54j3yax2). E é sobre esse trabalho que vamos conversar hoje. Cientista social e graduada em Ciências Econômicas e mestre e doutora em Desenvolvimento Econômico na Unicamp, Juliane Furno é economista-chefe do Centro de Estudos de Economia do Instituto para a Reforma das Relações entre Estado e Empresa e professora do Departamento de Economia da Uerj. Pedro Rossi é professor livre-docente do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica. É autor do livro “Taxa de Câmbio e Política Cambial no Brasil” e coorganizador do livro “Economia pós-pandemia: desmontando os mitos da austeridade fiscal e construindo um novo paradigma econômico”. FICHA TÉCNICA O “Guilhotina” é o podcast do Le Monde Diplomatique Brasil, com apoio técnico da Rádio Tertúlia. Apresentação e produção: Bianca Pyl e Luís Brasilino. Captação, edição e sonorização: Beatriz Pasqualino. Arte: Helen Saori >>> Assine o Le Monde Diplomatique por R$ 12,90 ao mês: https://diplomatique.org.br/ 
11/24/20231 hour, 10 minutes, 14 seconds
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#221 Precisamos dar acesso à maconha medicinal no SUS, com Sidarta Ribeiro

Neste episódio, recebemos o neurocientista e biólogo Sidarta Ribeiro. Ele está lançando pela editora Fósforo o livro “As flores do bem: A ciência e a história da libertação da maconha” (saiba mais: https://tinyurl.com/3t9au7nw ), e é sobre essa obra que vamos conversar com ele. Sidarta é pós-doutor em neurofisiologia pela Universidade Duke, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e membro do grupo de pesquisa de saúde mental do Centro de Estudos Estratégicos, da Fiocruz. Publicou, entre outros livros, “O oráculo da noite” em 2019 e “Sonho manifesto: dez exercícios urgentes de otimismo apocalíptico” em 2022, ambos pela Companhia das Letras. FICHA TÉCNICA O “Guilhotina” é o podcast do Le Monde Diplomatique Brasil, com apoio técnico da Rádio Tertúlia. Apresentação e produção: Bianca Pyl e Luís Brasilino. Captação, edição e sonorização: Beatriz Pasqualino. Arte: Helen Saori >>> Assine o Le Monde Diplomatique por R$ 12,90 ao mês: https://diplomatique.org.br/ 
11/17/202357 minutes, 47 seconds
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#196: O Sistema Único de Saúde, com Paulo Capel Narvai

Luís Brasilino conversa com o professor de Saúde Pública Paulo Capel Narvai, autor do livro “SUS: uma reforma revolucionária” (https://bit.ly/3FUFDQ1), lançado neste ano pela editora Autêntica. A obra traça a história do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil e debate seus desafios e potencialidades. Falamos sobre a saúde pública no país quando não era gratuita e universal, as disputas travadas na criação do sistema único durante a constituinte, os principais gargalos e a questão do financiamento, o papel dos planos de saúde privados, o impacto da pandemia de Covid-19, as expectativas para o governo Lula e muito mais! Paulo é professor titular sênior de Saúde Pública na USP, professor convidado de várias universidades no Brasil e no exterior e é autor de mais de duzentas obras sobre saúde pública. Foi consultor do CNPq, da Capes e da Fapesp, além de editor e assessor de revistas científicas e diretor e assessor em vários níveis do sistema de saúde, incluindo o Ministério da Saúde. Ativista desde os anos 1970, foi um dos articuladores do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, participou da Associação Paulista de Saúde Pública e vem atuando na Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) desde sua fundação, em 1979. Trilha: Del Feliz e Margareth Menezes, “Xote da vacina”; e Milton Nascimento, “Coração de estudante” (Milton Nascimento e Wagner Tiso).
12/15/20221 hour, 25 minutes, 14 seconds
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#195: A dívida pública no Brasil, com Sandra Quintela

Luís Brasilino recebe a economista Sandra Quintela, organizadora do livro “Brasil, 200 anos de (in)dependência e dívida” (disponível para download em https://bit.ly/3FaNOGg), lançado em novembro pela Rede Jubileu Sul Brasil. A obra apresenta a dívida pública como a espinha dorsal do sistema capitalista, um tema estruturante para entender os rumos do desenvolvimento do Brasil. Conversamos sobre a relação entre dependência e endividamento, a criação de um passivo com Portugal como condição para a Independência em 1822 e como isso foi um padrão que se repetiu em toda a América Latina, as consequências do endividamento que impulsionou o milagre econômico durante a ditadura, a centralidade do debate da dívida nos anos 1980 e 1990, a troca da dívida externa pela interna, relação dívida/PIB e teto de gastos, a primeira passagem de Lula pela Presidência, o que esperar do novo mandato e muito mais! Links: Rosa Luxemburgo, “A acumulação do capital” (https://bit.ly/3Hko1OB); curso Boitempo, “Luta de classes e financeirização: o papel da dívida” (https://bit.ly/3h5VFx1); Aspásia Camargo “A epopeia do saneamento” (https://bit.ly/3HkqlVH); Renovação da licença da Ternium exclui a população e ignora violações ambientais (https://bit.ly/3UHE24n); 7 medidas para a próxima presidência enfrentar o sistema da dívida pública (https://bit.ly/3FdrZps). Trilha: Beth Carvalho, “Saco de feijão” (Francisco Santana); e Beija Flor de Nilópolis, Ludmilla e Neguinho da Beija Flor, “Brava Gente! O Grito dos Excluídos no Bicentenário da Independência” (Beto Nega, Diego Oliveira, Diogo Rosa, Julio Assis, Léo do Piso e Manuel Castro - Manolo).
12/9/202258 minutes, 53 seconds
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#194: História da maconha no Brasil, com Jean Marcel Carvalho França

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o historiador Jean Marcel Carvalho França, autor do livro “História da Maconha no Brasil” (http://bit.ly/3GALFWU), que neste ano ganhou uma reedição publicada pela editora Jandaíra. Lançada originalmente em 2015, a obra apresenta a história da maconha desde o seu surgimento até os dias atuais no Brasil, mostrando como o canabismo foi incorporado em nossa sociedade ao longo dos anos. Falamos sobre os usos da maconha ao longo da história humana e sua chegada ao Brasil, a associação da planta com a população negra, o papel da classe médica na transformação do canabismo em um problema social, o processo de criminalização, as consequências da proibição, a relação contra a contracultura, o recente declínio do proibicionismo e muito mais. Trilha: Ella Fitzgerald, “Got to get you into my life” (John Lennon e Paul McCartney); e Bezerra Da Silva, “Se Leonardo dá vinte” (Bezerra da Silva, G. Martins e Walter Coragem).
12/1/202252 minutes, 36 seconds
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#193: Racismo e luta política no Brasil, com Edson Lopes Cardoso

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o professor e ativista do movimento negro Edson Lopes Cardoso, autor do livro “Nada os trará de volta: escritos sobre racismo e luta política” (http://bit.ly/3TZjGD8), lançado em maio pela Companhia das Letras. A obra reúne 151 textos publicados ao longo de quase quarenta anos com análises sobre as muitas faces do racismo no Brasil e o papel do Movimento Negro. Conversamos sobre violência policial, genocídio da população negra, as conquistas da Constituição de 1988, ações afirmativas, o racismo na imprensa e muito mais. Bacharel em Letras, mestre em Comunicação e doutor em Educação, Edson foi editor dos jornais Irohin, Raça & Classe e do Jornal do Movimento Negro Unificado. Atualmente é coordenador do Ìrohìn – Centro de Documentação e Memória Afro-Brasileira e autor de diversos livros, entre eles, “Bruxas, espíritos e outros bichos” e “Negro, não”. Trilha: Jorge Ben Jor, “Balança Pema”; e Chico Buarque e Hamilton de Holanda, “Que tal um samba?” (Chico Buarque).
11/25/202255 minutes, 55 seconds
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#192: Empresariado e ditadura no Brasil, com Pedro Campos e Rafael Brandão

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com os historiadores Pedro Campos e Rafael Brandão, organizadores, com Renato Lemos, do livro “Empresariado e ditadura no Brasil” (https://bit.ly/3SRSbfq), lançado em 2020 pela Consequência Editora. A obra analisa a participação de empresários brasileiros no regime autoritário não apenas como apoiadores dos militares, mas como formuladores da atuação do Estado naquele período. Falamos sobre o governo João Goulart e os motivos que levaram as classes dirigentes a participar do golpe, a construção de uma ordem empresarial no Brasil pós-1964, a atuação de setores fundamentais como a construção civil, os bancos e a imprensa, o apoio de empresas estrangeiras, a colaboração na perseguição política, a repressão contra os sindicatos e o que mudou de lá para cá na visão na visão do empresariado a respeito da importância da democracia. Pedro é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professor do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); e Rafael é doutor em História pela UFF e professor visitante do Departamento de Ciências Humanas e do Programa em Pós-graduação em História Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ambos são coordenadores do Laboratório de Economia e História e do Grupo de Trabalho Empresariado e Ditadura no Brasil. Trilha: Chico Buarque, “Acorda amor”; e Gonzaguinha, “Pequena memória para um tempo sem memória (A legião dos esquecidos)”.
11/17/202255 minutes, 4 seconds
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#191: Vale S.A., extração de minério e de trabalho, com Thiago Aguiar

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o sociólogo Thiago Aguiar, autor do livro “O solo movediço da globalização: trabalho e extração mineral na Vale S.A.” (https://bit.ly/3bXDt66), lançado em 2022 pela Boitempo. A obra traz uma detalhada pesquisa sobre a atuação da Vale no Brasil e no Canadá e analisa a inserção brasileira no capitalismo internacional nas últimas décadas, as transformações nas relações de trabalho e a reestruturação das operações da mineradora. Falamos sobre a criação da Vale em 1942 e sua trajetória na industrialização do país, a privatização em 1997, o impacto do boom das commodities na década de 2000, a compra da mineradora canadense Inco em 2006, os reflexos dessas transformações sobre os trabalhadores, a histórica greve dos mineradores canadenses em 2009, a atuação dos fundos de pensão, os crimes ambientais e muito mais! Doutor em Sociologia pela USP, onde também realizou pesquisa de pós-doutorado, Thiago foi pesquisador visitante na Universidade da Califórnia e é pesquisador no Departamento de Sociologia da Unicamp e no Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania da USP e autor de “Maquiando o trabalho: opacidade e transparência numa empresa de cosméticos global” (Annablume, 2017). Trilha: Beto Guedes e Joyce Moreno, “Rio Doce” (Beto Guedes, Ronaldo Bastos e Tavinho Moura); e Belchior, “Já fui brasileiro” (Belchior e Carlos Drummond de Andrade).
11/10/20221 hour, 15 minutes, 57 seconds
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#190: A história do PT e a volta de Lula à Presidência, com Celso Rocha de Barros

Luís Brasilino recebe o sociólogo Celso Rocha de Barros, autor do livro “PT, uma história” (https://bit.ly/3t1nk4d), lançado em outubro pela Companhia das Letras. A obra reconstrói a trajetória do mais amado e mais odiado partido da história brasileira, que acaba de voltar à Presidência com Luiz Inácio Lula da Silva. Conversamos sobre a votação de 30 de outubro, as características organizativas e programáticas do Partido dos Trabalhadores e as transformações pelas quais passou desde os anos 1980, o impacto do êxito inesperado e da quase vitória em 1989, a eleição de 2002 e a experiência no poder, a projeção de Lula e do lulismo, os casos de corrupção, a posição do PT em Junho de 2013, o estelionato eleitoral do segundo mandato de Dilma Rousseff e o impeachment, a ida para a oposição e a resiliência do partido e as expectativas para o retorno ao Palácio do Planalto. Links: Pedro Floriano Ribeiro, “Dos sindicatos ao governo” (https://bit.ly/3T0B1eC); Juarez Guimarães, “Collor, Lula e a Comuna de Paris” (https://bit.ly/3DC0GVj); Malu Gaspar, “A organização” (https://bit.ly/3U4gBCL); Marco Aurélio Garcia, perfil na revista Piauí (https://bit.ly/3T32Piq); e Pedro Fernando Nery, “Lula precisa ser mais radical. Não menos” (https://bit.ly/3sWJmW4). Trilha: Simone, “Tô voltando” (Maurício Tapajós e Paulo Cesar Pinheiro); e Grupo Revelação, “Tá escrito” (Xande de Pilares, Gilson Bernini e Carlinhos Madureira).
11/7/202247 minutes, 52 seconds
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#189: Perseguições a evangélicos e a disputa no meio religioso nestas eleições, com Magali Cunha

Relatos de ataques e perseguições a evangélicos não alinhados com a candidatura de Jair Bolsonaro vêm se somando nesta reta final das eleições. Para entender este contexto e discutir formas de neutralizar essas agressões, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a jornalista e doutora em Ciências da Comunicação Magali Cunha. Ela é colaboradora do Conselho Mundial de Igrejas e pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (Iser), além de ser editora-geral do Coletivo Bereia, canal de checagem de notícias falsas focado no meio religioso, e autora, entre outros, dos livros “Mídia, religião e cultura: percepções e tendências em perspectiva global” e “Religião no noticiário: marcas de um imaginário exclusivista no jornalismo brasileiro”. Conversamos sobre o avanço do fundamentalismo religioso no Brasil, o uso do medo para conquistar votos, a instrumentalização da moral religiosa, a onda de assédios contra evangélicos não bolsonaristas, os ataques contra a Igreja Católica, a atuação de Damares Alves e Michelle Bolsonaro, a ligação de Bolsonaro como o satanismo e a pedofilia, a campanha durante os cultos no fim de semana das eleições, a reação dos evangélicos progressistas e muito mais. Link: Não bote fé nas fake news #01 (https://bit.ly/3Svgmix). Trilha: Gilberto Gil, “Andar com fé”; e Clara Nunes, “Juízo final” (Elcio Soares e Nelson Cavaquinho).
10/28/202246 minutes, 55 seconds
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O plano de Guedes para o salário mínimo, com Pedro Rossi

A Folha de S.Paulo divulgou na última quarta-feira, dia 19, o que seria um plano econômico do ministro da Economia Paulo Guedes para ser apresentado após as eleições. Entre os pontos está a desindexação do salário mínimo e dos benefícios previdenciários. Neste episódio extra, mais curto que o Guilhotina tradicional, conversamos com o economista Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica. Ele explica a medida e analisa a política de reajuste do salário mínimo, de Lula a Bolsonaro.
10/26/202211 minutes, 59 seconds
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#188: A economia, de Lula a Bolsonaro, e um projeto para o Brasil, com Juliane Furno

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a economista Juliane Furno, autora do estudo “Um projeto para o Brasil: diagnóstico e saídas para a economia brasileira” (disponível para download em https://bit.ly/3DcnjRc), lançado em setembro pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (Iree). A publicação analisa a conjuntura econômica brasileira desde 2003 e aponta saídas para a superação da crise atual. Conversamos sobre as características gerais da economia brasileira e sua inserção internacional, o crescimento vivido nos anos Lula e a relação disso com o boom das commodities, a contradição entre os ótimos indicadores sociais e a desaceleração econômica no primeiro mandato de Dilma, o debate sobre os motivos (arrocho vs. aumento de gastos) que detonaram a crise econômica atual, o fracasso da “ponte para o futuro” de Temer e a continuidade dessa política durante o governo Bolsonaro, as lições da pandemia, propostas concretas para um projeto de país e muito mais. Mestre e doutora em desenvolvimento econômico pela Unicamp, Juliane é economista-chefe do Centro de Estudos de Economia do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (Iree). Links: OIT: emprego não tem relação com legislação trabalhista (https://bit.ly/3DeLSg2); Defesa do desemprego para combater a inflação (http://glo.bo/3EZV1KT); e Globonews: recessão e desemprego derrubam inflação e devolvem poder de compra (http://glo.bo/3VN4iM8). Trilha: Plebe Rude, “Até quando esperar” (Philippe Seabra, André X e Gutje); e Francisco, el Hombre, “Tá com dólar, tá com Deus” (Juliana Strassacapa, Rafael Gomes da Silva, Sebastian Piraces Ugarte, Mateo Piraces Ugarte e Andrei Kozyreff).
10/20/20221 hour, 7 minutes, 12 seconds
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#187: Guerra digital, eleições e as armas da extrema direita, com Letícia Cesarino

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a antropóloga Letícia Cesarino, autora do livro “O mundo do avesso: verdade e política na era digital” (https://bit.ly/3g3Gqnp), que será lançado ainda em outubro pela Ubu Editora. A obra lança mão da dimensão técnica para analisar a ascensão do populismo, a pós-verdade, o negacionismo e o conspiracionismo. Conversamos sobre as eleições no Brasil e a disputa no espaço digital, as transformações ocorridas entre os pleitos de 2018 e 2022, o papel das grandes plataformas no crescimento da extrema direita, a expansão dos negacionismos, o descrédito do sistema de peritos e da ciência como impulsionadores do bolsonarismo, teorias da conspiração e muito mais. Letícia é professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Antropologia na Universidade da Califórnia, Berkeley. Links: Wendy Chun, sobre temporalidades de crise permanente: “Updating to Remain the Same” (https://bit.ly/3esv1gl), e sobre hegemonia invertida: “Discriminating Data” (https://bit.ly/3VAcTSy). Trilha: The Rolling Stones, “Sympathy for the Devil” (Keith Richards e Mick Jagger); e The Rolling Stones, “Salt of the Earth” (Keith Richards e Mick Jagger).
10/13/202257 minutes, 44 seconds
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#186: Extrema direita, bolsonarismo, polarização e eleições, com Rodrigo Nunes

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o filósofo Rodrigo Nunes, autor do livro “Do transe à vertigem: ensaios sobre bolsonarismo e um mundo em transição” (https://bit.ly/3UZqqmj), lançado neste ano pela Ubu Editora. A obra reúne textos escritos entre setembro de 2019 e fevereiro de 2022 sobre a ascensão da extrema direita e as polarizações políticas da última década e aponta os principais fatores que levaram o país até aqui. Falamos sobre o conceito de bolsonarismo, as relações entre neoliberalismo e ascensão da extrema direita, o papel da ideologia empreendedora, polarização política, as derrotas da esquerda em 1964 e 2018, Junho de 2013, as eleições deste ano e muito mais.Rodrigo é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Pelotas, mestre em Filosofia pela PUC do Rio Grande do Sul e doutor em Filosofia pelo Goldsmiths College, Universidade de Londres. Realizou pós-doutorado na PUC do Rio Grande do Sul e na Brown University e desde 2013 atua como professor do Departamento de Filosofia da PUC-Rio. Links: Michel Foucault, “Em defesa da sociedade: Curso no Collège de France” (https://amzn.to/3CxmJgn). Trilha: Baden Powell, “Canto de Ossanha” (Baden Powell e Vinícius de Moraes); e Sérgio Ricardo, “Olá”.
10/7/20221 hour, 19 minutes, 44 seconds
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#185: Assédio institucional: autoritarismo e desconstrução do Estado, com José Celso Cardoso Jr. e Monique Florencio de Aguiar

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o economista José Celso Cardoso Jr. e a antropóloga Monique Florencio de Aguiar, organizadores, com Frederico Barbosa da Silva e Tatiana Lemos Sandim, do livro “Assédio institucional no Brasil: avanço do autoritarismo e desconstrução do Estado”, lançado em maio e publicado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba, em parceria com a Associação dos Funcionários do Ipea. A obra, disponível para download em: https://bit.ly/3xW4XAT, reúne reflexões e estudos de campo que identificam no assédio institucional um método do governo Bolsonaro para destruir políticas públicas e acelerar processos de “desrepublicanização” e “desdemocratização” do Estado e da sociedade brasileiros. Falamos sobre o conceito de assédio institucional e sua diferença em relação ao assédio moral, o assédio como método do governo e projeto político, os impactos nas instituições de fomento à ciência e em outras áreas da administração pública federal, o clima de medo, mecanismos de opressão para moldar a burocracia, a destruição da democracia e neoliberalismo, perspectivas pós-eleitorais e muito mais.José Celso é doutor em Desenvolvimento pelo Instituto de Economia da Unicamp e desde 1997 é técnico de planejamento e pesquisa do Ipea. Atualmente, exerce a função de presidente da Afipea-Sindical, o Sindicato Nacional dos Servidores do Ipea.Monique é graduada em Ciências Sociais, mestre e doutora em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), possui pós-doutorado pela UFRJ e pela Unesp, integra o Laboratório de Cultura, Etnicidade e Desenvolvimento da UFRJ e é professora visitante na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).Links: Guilhotina #77 – João Cezar de Castro Rocha (https://bit.ly/3xVKqMu); Guilhotina #86 – Carla Borges e Tatiana Merlino (https://bit.ly/3DXYFnR); Mapa da censura – Movimento Mobile (https://bit.ly/3Sgu61l); Pesquisa SouCiência: Mais ricos são os mais favoráveis a cortes no financiamento da ciência e universidades (https://bit.ly/3Sh8QZ3); e Nota Técnica 1556/2020 da CGU (https://bit.ly/3UGfPMX). Trilha: BaianaSystem, Elza Soares e Virgínia Rodrigues, “Libertação” (Russo Passapusso); e The Fireman, “Sing the changes” (Paul McCartney).
9/29/20221 hour, 11 minutes, 58 seconds
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#184: A normalização da extrema direita e os quatro anos de Bolsonaro, com Jorge Chaloub

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o cientista político Jorge Chaloub para uma conversa sobre a ascensão da extrema direita no Brasil e os quatro anos de governo Bolsonaro. Professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora, Jorge dedica-se à pesquisa sobre a direita no Brasil, pensamento político-social brasileiro, teoria política, política brasileira e relações entre política, economia e direito e é co-organizador dos livros “Democracy and Brazil: Collapse and Regression” e “A Nova República em crise”, ambos de 2020. Falamos sobre a perda de espaço da direita tradicional para a direita radicalizada, o papel da imprensa na normalização desses pensamentos extremistas, a banalização do golpe e o bolsonarismo, a luta no plano cultural e o papel de Olavo de Carvalho, violência política e expressões do fascismo, a campanha de Bolsonaro contra as urnas eleitorais, o futuro da extrema direita e do bolsonarismo e muito mais. Trilha: Chinaina, “Entre coronéis”; e Lily Allen, “Fuck You” (Greg Kurstin e Lily Allen).
9/22/202258 minutes, 24 seconds
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Ocupação da Amazônia pelo mercado #02: Ferrogrão e a luta dos povos e comunidades tradicionais

Novo episódio especial do Guilhotina em parceria com a Terra de Direitos analisa o projeto de construção da Ferrogrão e a resistência dos povos e comunidades tradicionais. A ferrovia, concebida para o transporte de grãos, prevê conectar, ao longo de 900 quilômetros, Sinop, no Mato Grasso, ao estado do Pará. Para apresentar os impactos da obra e a luta das populações atingidas, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com Pedro Martins, assessor jurídico e coordenador do programa Amazônia da Terra de Direitos; Alessandra Korap, liderança indígena do povo Munduruku; Mariel Nakane, economista do Instituto Socioambiental; Doto Takak Ire, da etnia Kayapó; e Edna Castro, professora emérita da Universidade Federal do Pará. Acompanhe no seu tocador de podcasts favorito! Para mais informações, acesse: terradedireitos.org.br.
9/21/202252 minutes, 46 seconds
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#183: Experiências do exílio, com Jean Wyllys e Marcia Tiburi

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o jornalista e ex-deputado federal Jean Wyllys e a professora de filosofia e feminista Marcia Tiburi, autores do livro “O que não se pode dizer: experiências do exílio” (https://bit.ly/3ByUYn7), lançado em agosto pela editora Civilização Brasileira. A obra reúne cartas trocadas entre eles em que compartilham a experiência, involuntária, de viver fora do Brasil nestes anos de governo Bolsonaro. Conversamos sobre os motivos que os levaram a deixar o país, a perseguição promovida pelo MBL, as ameaças de morte, a adaptação ao exílio, a xenofobia e a ascensão da extrema direita também na Europa, as expectativas para as eleições de 2022, o retorno ao Brasil e muito mais. Jean é mestre em Letras e Linguística, pesquisador da Open Society Foundation, professor-visitante na Universidade de Harvard e doutorando em Ciência Política na Universidade de Barcelona. Autor de cinco livros, entre os quais “O que será” (publicado pela Objetiva, em 2019), ativista de direitos humanos, em especial na área dos direitos da comunidade LGBTQIA+, vencedor de prêmios internacionais por sua atuação intelectual e política e membro da lista das cinquenta pessoas que mais defendem a diversidade no mundo feita pela revista The Economist.Mestre e doutora em Filosofia e graduada em Filosofia e Artes Plásticas, Marcia é autora de vários ensaios, entre eles “Como conversar com um fascista”, “Feminismo em comum” e “Complexo de vira-lata”, além dos romances “Uma fuga perfeita é sem volta” e “Sob os pés, meu corpo inteiro”, tema do episódio número 9 do Guilhotina (https://bit.ly/3xn3Utf). Atualmente, Marcia é professora na Universidade Paris 8Links: Marcia Tiburi, “O homem ao lado de Salman Rushdie” (https://bit.ly/3DDySBB); entrevista Jean Wyllys para Carla Juliano, da Folha de S.Paulo (https://bit.ly/3eMRg0m); depoimento de Fernando Grostein para a Piauí (https://bit.ly/3QzWwl6); artigos Larissa Bombardi no Diplo (https://bit.ly/3BFk3gp, https://bit.ly/3BCTlF1, https://bit.ly/3QGR0xh e https://bit.ly/3BbdYH6); e “[Ricardo Rao,] Colega de Bruno Pereira vive exilado na Europa” (https://bit.ly/3U8gVk3).Trilha: Jean Goldenbaum, “3rd mov. from ‘The Universe shall conspire to love’ Concerto”; e Jorge Drexler, “Asilo (feat. Mon Laferte)”.
9/15/202248 minutes, 21 seconds
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#182: Lula e o Brasil nos últimos 40 anos, com Clara Ant

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a arquiteta Clara Ant, autora do livro “Quatro décadas com Lula: o poder de andar junto” (https://bit.ly/3KRsxUI), lançado em agosto pela editora Autêntica. Clara assessorou o ex-presidente Lula nas campanhas eleitorais e nas Caravanas da Cidadania de 1991 a 2002, foi assessora especial da Presidência da República entre 2003 e 2010 e atuou de 2011 a 2017 como diretora do Instituto Lula, onde hoje é conselheira. Além disso, ela foi professora de Planejamento Urbano na PUC-Campinas, vice-presidenta da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas, fundadora e uma das primeiras mulheres dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e, pelo PT, foi deputada estadual de São Paulo de 1987 a 1991 e líder da bancada do partido na Constituinte paulista de 1987 a 1988. No livro, e neste episódio, ela relembra sua trajetória de mais de quatro décadas de luta pela democracia e pela justiça social, a qual se mistura com a história do Brasil, do regime autoritário aos dias de hoje. Trilha: Jair Rodrigues, “Disparada” (Geraldo Vandré e Théo De Barros); e Elis Regina, “Sai dessa” (Ana Terra e Natan Marques).
9/9/20221 hour, 10 minutes, 32 seconds
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#181: Bolsonaro e a destruição da democracia no Brasil, com Heloisa Starling e Newton Bignotto

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a historiadora Heloisa Starling e o filósofo Newton Bignotto, autores junto com o cientista político Miguel Lago do livro “Linguagem da destruição: a democracia brasileira em crise” (https://bit.ly/3B2P51s), publicado em abril pela Companhia das Letras. A obra investiga a atuação do bolsonarismo e seu plano de poder pautado pela destruição, em especial da democracia, mas de todas as instituições baseadas no espírito da Constituição de 1988. Conversamos sobre o reacionarismo materializado na atual ascensão da extrema direita, os valores e os ideais da base bolsonarista, a utopia regressiva que a move, a noção de “cidadão de bem”, as dimensões de implementação do fascismo, o papel das forças armadas, a perspectivas de golpe e a importância das eleições. Heloisa é historiadora, cientista política e professora titular-livre da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É autora, entre outros, de “Os senhores das Gerais”, “Lembranças do Brasil”, “Brasil: uma biografia”, escrito em parceria com a Lilia Schwarcz, “República e democracia: impasses do Brasil contemporâneo” e “Ser republicano no Brasil colônia”. Newton é professor titular aposentado de Filosofia da UFMG e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Defendeu sua tese de doutorado sobre Maquiavel, na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, e é autor, entre outros, de “Golpe de Estado: história de uma ideia” e “O Brasil à procura da democracia: da proclamação da república ao século XXI”. Links: Matheus Leitão, “Órgãos de inteligência suspeitam de ataques no 7 de setembro” (https://bit.ly/3AIwWnU); e Angela Alonso e Paulo Markun, “Ecos de Junho” (https://bit.ly/3cDsW00). Trilha: Paulinho da Viola, “Dança da solidão”; e Chico Buarque e Maria Bethânia, “Notícia de jornal” (Haroldo Barbosa e Luis Reis).
9/1/202255 minutes, 18 seconds
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#180: A democracia no Brasil, de 2013 ao governo Bolsonaro, com Marcos Nobre

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o filósofo Marcos Nobre, que está lançando novo livro pela editora Todavia, “Limites da democracia: de junho de 2013 ao governo Bolsonaro” (https://bit.ly/3Am2ujr). A obra analisa a conjuntura brasileira nos últimos dez anos e detalha o processo de degradação da democracia, que vive um processo decisivo nestas eleições. Conversamos sobre Junho de 2013, operação Lava Jato, novas esquerdas e novas direitas, ascensão da extrema direita, pemedebismo, desmonte das instituições democráticas, a base e o partido digital bolsonarista, a oposição progressista e as perspectivas para as eleições. Marcos é professor do Departamento de Filosofia da Unicamp, presidente do Cebrap e autor de “A teoria crítica”, “Imobilismo em movimento”, “Como nasce o novo”, “Ponto final, a guerra de Bolsonaro contra a democracia”, entre outros livros. Trilha: Gotan Project, “Epoca” (Philippe Cohen Solal, Eduardo Makaroff e Christoph H. Müller); e Tom Zé, “Vai (menina amanhã de manhã)”.
8/25/202256 minutes, 40 seconds
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#179: Extrema direita, bolsonarismo e eleições 2022, com Isabela Kalil

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a antropóloga Isabela Kalil, professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e pesquisadora da extrema direita e do bolsonarismo. Conversamos sobre a vitória de Bolsonaro em 2018, as mudanças ocorridas da eleição passada para esta, os impactos da pandemia e dos negacionismos, redes sociais, os eleitores indecisos, o estrago provocado pela desinformação sobre as urnas eletrônicas, as ameaças escondidas no 7 de setembro e na reta final de campanha e muito mais! Além de professora da FESPSP, Isabela é doutora em Antropologia pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Núcleo de Etnografia Urbana da FESPSP, do Laboratório de Etnografia Digital e do Observatório da Extrema Direita e foi pesquisadora visitante na Universidade Columbia, em Nova York. Trilha: Zélia Duncan, “Cuide-se bem” (Guilherme Arantes); e Johnny Hooker, “Touro”.
8/18/202258 minutes, 6 seconds
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Ocupação da Amazônia pelo mercado #01: Barcarena e os impactos socioambientais da mineração

Novo especial do Guilhotina, realizado em parceria com a Terra de Direitos, analisa a ocupação da Amazônia pelo mercado. Neste episódio conversamos sobre os impactos socioambientais da atuação de duas grandes mineradoras, a Hydro Alunorte e a Imerys Capim, em Barcarena, no nordeste do Pará. Para isso, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem Arivaldo Moraes Brandão, do Quilombo São Sebastião do Burajuba; Rosa Acevedo, professora e pesquisadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará; Sandra Amorim, presidente da associação da comunidade quilombola Sítio São João; Selma Corrêa, assessora jurídica da Terra de Direitos; e Aurélio Borges, coordenador administrativo da Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará, a Malungu. Para mais informações, acesse: terradedireitos.org.br.
8/15/202254 minutes, 55 seconds
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#178: Eleições 2022, um momento histórico, com Josué Medeiros

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o cientista político Josué Medeiros, professor adjunto do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele é um dos coordenadores do Observatório Político e Eleitoral (Opel) - ao lado de Jorge Chaloub, Mayra Goulart, Pedro Lima e Thais Aguiar -, iniciativa de três grupos de pesquisa da UFRJ e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que, entre outras ações, está produzindo desde maio boletins mensais de acompanhamento do processo eleitoral brasileiro deste ano. Conversamos sobre a disputa entre democracia e autoritarismo nas eleições de 2022, o fracasso da terceira via, as principais razões das intenções de voto em Lula e Bolsonaro, o impacto da PEC do Desespero e da campanha nas redes sociais, a decisiva última semana antes da votação, o peso de uma vitória petista no primeiro turno, a carta pela democracia e muito mais! Além de professor na UFRJ, Josué é coordenador do Núcleo de Estudos sobre a Democracia Brasileira da mesma universidade, membro do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRRJ, pesquisador do Laboratório de Eleições, Partidos e Política Comparada e doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com doutorado-sanduíche na Universidade de Paris 3. Trilha: Ben E. King e Stan Applebaum, “Stand by Me” (Ben E. King, Jerry Leiber e Mike Stoller); e Courtney Barnett, “If I Don't Hear from You Tonight”.
8/11/202250 minutes, 33 seconds
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#177: Raça e gênero no Brasil, com Flavia Rios

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a socióloga Flávia Rios, doutora e mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo, professora adjunta da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora do Afro Cebrap. Ela foi pesquisadora visitante na Universidade de Princeton e é organizadora, junto com Márcia Lima, do livro “Por um feminismo afro-latino-americano”, que reúne escritos de Lélia Gonzalez. Conversamos sobre a contribuição do movimento negro na Constituição de 1988, o processo de adoção das ações afirmativas, os resultados e os próximos desafios das políticas de cotas, a reação da extrema direita, o impacto da atual conjuntura de desdemocratização na produção de desigualdade, a relação da esquerda brasileira com a questão racial, o protagonismo do movimento negro nos protestos contra o governo Bolsonaro, a expectativa para as eleições de outubro e muito mais. Trilha: Clementina de Jesus, Geraldo Filme e Tia Doca, “Canto XIV”; e Gilberto Gil, “A mão da limpeza”.
8/4/20221 hour, 6 minutes, 22 seconds
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#176: Militância e conjuntura política no Brasil, com Valerio Arcary

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o professor e historiador Valerio Arcary, autor do livro “Ninguém disse que seria fácil” (https://bit.ly/3J5pebn), lançado em junho pela Boitempo. A publicação reúne uma série de textos sobre a militância de esquerda no Brasil escritos em um período marcado por consecutivas derrotas, ascensão da extrema direita e perdas de direitos da classe trabalhadora. Conversamos sobre as relações que se estabelecem entre amigos, camaradas, adversários e inimigos na luta política, unidade e divisão das forças populares, a equivocada cruzada moral de parte da militância, renovação das direções, violência política e segurança das organizações progressistas, o papel de Lula e do PT, as redes sociais, eleições de 2022 e muito mais! Membro da direção nacional do Psol, Valerio é professor titular aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, doutor em história pela Universidade de São Paulo e autor, entre outros, de “O martelo da história” (Sundermann, 2016). Trilha: Atahualpa Yupanqui, “Los Hermanos”; BNegão e Seletores de Frequência, “Enxugando gelo”.
7/28/20221 hour, 3 minutes, 38 seconds
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#175: Discurso de ódio e redes sociais, com Luiz Valério Trindade

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o sociólogo Luiz Valério Trindade, autor do livro “Discurso de ódio nas redes sociais” (https://bit.ly/3v4MccR), lançado neste ano pela Editora Jandaíra. A obra analisa esse tipo de violência, que vitima principalmente mulheres negras, demonstrando como Facebook, Twitter, YouTube e Instagram, além de disseminar, também lucram com ela. Conversamos sobre o conceito de discurso de ódio, a formação do racismo no Brasil e a construção da identidade nacional, o padrão de beleza branco feminino, a reprodução das opressões de raça e gênero no ambiente digital, a discriminação como fonte de lucro, formas de enfrentar o discurso de ódio e muito mais. Doutor em Sociologia pela University of Southampton, Luiz pesquisa representação social de minorias étnicas em meios de comunicação em massa, análise crítica de humor depreciativo, estudos críticos étnicos e raciais e análise de discursos de ódios nas redes sociais. Trilha: Caetano Veloso e Gilberto Gil, “Haiti”; e Luedji Luna, “Um corpo no mundo”.
7/21/202248 minutes, 43 seconds
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#174: Armas de fogo e aumento da violência no Brasil, com Bruno Langeani

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o advogado Bruno Langeani, autor do livro “Arma de fogo no Brasil: gatilho da violência” (https://bit.ly/3yvoqsT), lançado em 2021 pela Editora Telha. A obra traça um panorama da utilização das armas de fogo no Brasil e analisa os impactos na segurança pública das recentes flexibilizações da posse e do porte. Falamos sobre o poder de sedução das armas de fogo para o crime, a ineficiência de revólveres e pistolas como instrumentos de defesa, o risco de acidentes, suicídios e violência doméstica, o mercado ilegal de armas, as consequências da liberalização promovida pelo governo Bolsonaro, caminhos para reduzir a violência e muito mais. Advogado pelo Mackenzie e bacharel em Relações Internacionais pela PUC-SP, Bruno é mestre pela Universidade de York, atuou na gestão de projetos e planejamento na Prefeitura de São Paulo por oito anos e foi coordenador de Controle de Armas de Fogo do Instituto Sou da Paz, onde ocupa o cargo de gerente. Notícias citadas no episódio: “SP: Ataque em ônibus deixa ao menos 3 passageiros mortos em Piracicaba” (https://bit.ly/3ORxdKR); “Arsenal avaliado em R$ 1,8 milhão, com 26 fuzis e outras armas, é apreendido no Grajaú” (http://glo.bo/3a09adR); e “Armas do PCC apreendidas tinham sido compradas com licença para colecionador” (https://bit.ly/3NAZvrP). Trilha: João Bosco e Aldir Blanc, “Duro na Queda”; e RZO, “As armas que matam” (Helio Barbosa dos Santos e Jeferson dos Santos Vieira).
7/14/202253 minutes, 28 seconds
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#173: Ditadura e a expansão dos motéis no Brasil, com Ciça Guedes e Murilo Fiuza de Melo

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem os jornalistas Ciça Guedes e Murilo Fiuza de Melo, autores do livro-reportagem lançado em 2021 “Os motéis e o poder: da perseguição pelos agentes de segurança ao patrocínio pela ditadura militar” (https://bit.ly/3OAl7Wx). A investigação conta a história de como a ditadura militar financiou a construção e a consolidação do atual modelo de motéis no Brasil. Conversamos sobre como a expansão rodoviária favoreceu a inauguração de motéis pelo país, o modelo de hospedagem destinada ao sexo que havia até então, a contradição entre o moralismo dos militares e o financiamento desses estabelecimentos, as características únicas dessas instalações no Brasil, os motéis como palco de flagrantes promovidos pelos militares contra políticos de oposição, as mudanças promovidas na vida sexual pela expansão do setor e muito mais. Jornalista desde 1988, Ciça também é graduada em Economia e trabalhou em O Dia, Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, O Globo e na GloboNews. Murilo é jornalista desde 1991, formado em História e foi repórter do Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo. Juntos, eles publicaram em 2014 “O caso dos nove chineses” e, em 2019, “Todas as mulheres dos presidentes”. Trilha: The Bangles, “Eternal flame” (Billy Steinberg, S. Hoffs e Tom Kelly); e Alcione, “Rio antigo (Como nos velhos tempos)” (Chico Anysio e Nonato Buzar).
7/7/202256 minutes, 28 seconds
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#172: Racismo brasileiro, com Ynaê Lopes dos Santos

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a historiadora Ynaê Lopes dos Santos, autora do livro “Racismo brasileiro: uma história da formação do país” (https://bit.ly/3HJC2Um), lançado em junho pela Todavia. O trabalho analisa as relações sociais do período colonial até os dias de hoje, mostrando como a história do racismo é a própria história do Brasil. Falamos sobre a invasão dos portugueses e sobre como estes já escravizavam africanos antes mesmo da sua chegada, a naturalização da violência colonial e da escravização, a expansão do tráfico humano após a Independência, os motivos que levaram à abolição, a relação entre os ideais Iluministas e o racismo científico, a eugenia e o florescimento da República, a valorização da mestiçagem da Era Vargas, a precarização da formação de professores durante a ditadura militar e sua relação com o racismo, as contradições entre a ampliação de direitos e a chancela da lógica racista na Constituição de 1988 e o uso da discriminação racial como ferramenta política pela extrema-direita atual. Doutora em história social pela Universidade de São Paulo, Ynaê é professora no Instituto de História da Universidade Federal Fluminense. É autora de “Além da senzala: arranjos escravos de moradia no Rio de Janeiro (1808-1850)” e “História da África e do Brasil afrodescendente”. Trilha: Leci Brandão, “Zé do Caroço”; e Emicida, Majur e Pabllo Vittar, “AmarElo (Sample: Sujeito de sorte - Belchior” (DJ Duh, Emicida e Felipe Vassão).
6/30/20221 hour, 6 minutes, 23 seconds
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#171: A burguesia brasileira de Lula a Bolsonaro, com André Flores Penha Valle e Pedro Felipe Narciso

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem os cientistas políticos André Flores Penha Valle e Pedro Felipe Narciso, organizadores do livro “A burguesia brasileira em ação: de Lula a Bolsonaro” (https://bit.ly/3tyjJLR), lançado em 2021 pela Enunciado Publicações. A obra analisa as posições e as agendas defendidas nas últimas duas décadas pelas principais organizações patronais do país. Conversamos sobre as relações entre o agronegócio e os governos petistas num momento de alta das commodities, a adesão desse setor ao bolsonarismo e os conflitos com a questão ambiental, a disputa pelos recursos do pré-sal, o neodesenvolvimentismo e a expansão da construção civil, os impactos da Operação Lava Jato, o papel das indústrias durante o impeachment de Dilma Rousseff, as idas e vindas do setor financeiro em relação aos governos petistas, a unificação da burguesia no governo Temer, a posição das patronais na conjuntura atual, a perspectiva para as eleições e muito mais! André é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e mestre e doutorando em Ciência Política na Unicamp. Ele é autor da dissertação de mestrado “Divisão e reunificação do capital financeiro: do impeachment ao governo Temer”, tema do episódio 119 aqui do Guilhotina. E o Pedro é bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Sociologia pela Federal de Pelotas (UFPel) e doutorando em Ciência Política na Unicamp. Ele é autor da dissertação de mestrado “O pré-sal em disputa: petróleo e burguesia no segundo governo Lula”. Ambos são editores da revista Cadernos Cemarx. Link: Danilo Enrico Martuscelli, “Crises políticas e capitalismo neoliberal no Brasil” (https://bit.ly/3Oce7iB). Trilha: Queen, “Killer Queen” (Freddie Mercury); e Silvio Rodríguez, “Sueño com serpientes”.
6/23/20221 hour, 17 seconds
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#170: Lava Jato e a erosão da democracia, com Fábio Kerche e Marjorie Marona

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com os cientistas políticos Fábio Kerche e Marjorie Marona, autores do livro “A política no banco dos réus: a Operação Lava Jato e a erosão da democracia no Brasil” (https://bit.ly/3zCp88u), lançado em abril pela editora Autêntica. A obra percorre a trajetória da Operação Lava Jato e analisa seus impactos na criminalização da política. Falamos sobre as alterações institucionais produzidas a partir da Constituinte de 1988 que permitiram o surgimento de uma operação como a Lava Jato, as medidas de exceção adotadas, o papel da imprensa e a criminalização da política, a partidarização da operação, os abalos ao sistema político como um todo, a influência nas eleições de 2018, a participação de Sergio Moro no governo Bolsonaro, o combate à corrupção pela gestão atual, as informações reveladas pela Vaza Jato e pela Operação Spoofing e muito mais! Fábio é doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo e professor do Departamento de Estudos Políticos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio); e a Marjorie é bacharel em Direito e doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instituição na qual é professora do Departamento de Ciência Política. Trilha: The Wailers, “Get up, stand up” (Bob Marley e Peter Tosh); e João Gilberto, “O pato”.
6/16/202255 minutes, 45 seconds
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Não bote fé nas fake news #05: O combate à desinformação

Último episódio da série “Não bote fé nas fake news” explora diferentes formas para combater a desinformação. Para isso, Bianca Pyl e Luis Brasilino conversam com Ana Regina Rêgo, professora associada do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Piauí, ex-presidenta da Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas da Comunicação e idealizadora da Rede Nacional de Combate à Desinformação. Antes da entrevista ouvimos o relato de Roseline Santana, mais conhecida como Mãe Rosa de Oxum, vítima de fake news em Vitória da Conquista, na Bahia. E, antes de terminar, acompanhamos a mensagem da nossa parceira na produção deste especial, a pastora da Igreja Presbiteriana Unida (IPU) e diretora da CESE, Sonia Gomes Mota.A série “Não bote fé nas fake news”, parceria do Guilhotina com a CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço, analisa o fenômeno da desinformação e seus impactos entre as comunidades de fé. Para entender como o fundamentalismo religioso age por meio da desinformação e quais seus objetivos políticos, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem convidadas e convidados que pesquisam, atuam e que foram vítimas dessa fábrica de manipulação. Acompanhe em cinco episódios, publicados sempre às segundas-feiras. Gravação, edição e sonorização: Rádio Tertúlia. Saiba mais em diplomatique.org.br/fakenews.
6/13/202259 minutes, 7 seconds
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#169: Como chegamos até aqui, com Vladimir Safatle

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o filósofo Vladimir Safatle. Ele está relançando, pela editora Vestígio, o livro “Só mais um esforço: como chegamos até aqui ou como o país dos ‘pactos’, das ‘conciliações’, das ‘frentes amplas’ produziu seu próprio colapso” (https://bit.ly/3NEMxdt). Conversamos sobre a relação da conjuntura brasileira com o contexto latino-americano, a contradição entre a consolidação do neoliberalismo e a ascensão dos governos progressistas na região, o sucesso da extrema direita em se apresentar como alternativa ao sistema e a ascensão de Bolsonaro no Brasil, lulismo, Junho de 2013 e a importância da esquerda recuperar a sua radicalidade. Graduado e mestre em Filosofia pela USP, Safatle é doutor em Filosofia pela Universidade de Paris VIII e professor titular do Departamento de Filosofia da USP e do Instituto de Psicologia da mesma universidade e coordena, ao lado de Christian Dunker e Nelson da Silva Júnior, o Laboratório de Pesquisas em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise. Entre seus livros publicados estão: “Maneiras de transformar mundos: Lacan, política, emancipação”; “Dar corpo ao impossível: o sentido da dialética a partir de Adorno”; “O circuito dos afetos: corpos político, desamparo e o fim do indivíduo”; e “Cinismo e falência da crítica”. Trilha: Secos & Molhados, “Sangue latino” (João Ricardo e Paulinho Mendonça); e Moacir Santos, “Coisa Nº 10” .
6/10/202239 minutes
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Não bote fé nas fake news #04: Como a internet e as redes sociais favorecem a divulgação de mentiras

O quarto episódio da série “Não bote fé nas fake news” analisa como a internet e as redes sociais favorecem a divulgação de mentiras. Para isso, Bianca Pyl e Luis Brasilino acompanham o depoimento de Jaciara Ribeiro, filha da ialorixá baiana Gildásia dos Santos e Santos, que foi a inspiração para a criação do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, dia 21 de janeiro. O episódio traz ainda entrevista com o sociólogo Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC, pesquisador de redes digitais e criador do podcast Tecnopolítica.A série “Não bote fé nas fake news”, parceria do Guilhotina com a CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço, analisa o fenômeno da desinformação e seus impactos entre as comunidades de fé. Para entender como o fundamentalismo religioso age por meio da desinformação e quais seus objetivos políticos, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem convidadas e convidados que pesquisam, atuam e que foram vítimas dessa fábrica de manipulação. Acompanhe em cinco episódios, publicados sempre às segundas-feiras. Gravação, edição e sonorização: Rádio Tertúlia.
6/6/202252 minutes, 57 seconds
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#168: A ideologia elitista, com Jessé Souza

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o sociólogo Jessé Souza, autor do livro “Brasil dos humilhados: uma denúncia da ideologia elitista” (https://bit.ly/3Ns2OCN), lançado no fim de abril pela Civilização Brasileira. A obra é uma segunda versão da publicação “A tolice da inteligência brasileira”, de 2015, e denuncia o pensamento social brasileiro dominante. Conversamos sobre o papel da ideologia hegemônica em naturalizar as desigualdades, a crítica de Jessé aos historiadores e sociólogos Sérgio Buarque de Hollanda e Raymundo Faoro, a construção da narrativa que coloca a corrupção política como principal problema e particularidade do Brasil, a transmutação do racismo científico do século XIX no culturalismo dos dias de hoje, a teoria crítica sobre o Brasil elaborada por Jessé e muito mais. Graduado em Direito e mestre em Sociologia pela Universidade de Brasília, doutor em Sociologia pela Universidade de Heidelberg e pós-doutor em Psicanálise e Filosofia na The New School of Social Research, Jessé foi, de 2015 a 2016, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e, desde 2017, é professor de Sociologia da Universidade Federal do ABC. Além de artigos e ensaios publicados em vários idiomas, é autor de mais de vinte livros, entre os quais “A ralé brasileira”, “Os batalhadores brasileiros”, “A elite do atraso” e “A classe média no espelho”, tema do episódio #3 do Guilhotina (https://bit.ly/3xbovRR). Trilha: Paulinho da Viola, “Vai dizer ao vento”; e Gonzaguinha, “Eu apenas queria que você soubesse”.
6/2/202254 minutes, 42 seconds
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Não bote fé nas fake news #03: Desinformação e pandemia entre os povos indígenas

O terceiro episódio da série “Não bote fé nas fake news”, fala sobre a desinformação espalhada por grupos religiosos entre povos indígenas durante a pandemia, em especial as mentiras envolvendo falsas consequências da vacinação. Para isso, Bianca Pyl e Luis Brasilino acompanham o depoimento de Clarice Tukano, da Terra Indígena do Alto Rio Negro, e conversamcom a jornalista e antropóloga Mariana Mandelli, coordenadora de comunicação do Instituto Palavra Aberta, uma organização da sociedade civil que tem como objetivo a defesa da liberdade de expressão e a responsabilidade na comunicação. Leia aqui o artigo citado no episódio: “Fake news e desinformação levam indígenas a recusarem vacina” (https://bit.ly/3ljmOuG). A série “Não bote fé nas fake news”, parceria do Guilhotina com a CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço, analisa o fenômeno da desinformação e seus impactos entre as comunidades de fé. Para entender como o fundamentalismo religioso age por meio da desinformação e quais seus objetivos políticos, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem convidadas e convidados que pesquisam, atuam e que foram vítimas dessa fábrica de manipulação. Acompanhe em cinco episódios, publicados sempre às segundas-feiras. Gravação, edição e sonorização: Rádio Tertúlia.
5/30/202249 minutes, 59 seconds
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#167: O sistema de justiça criminal, com Fábio Mallart

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o sociólogo Fábio Mallart, autor do livro “Findas linhas: circulações e confinamentos pelos subterrâneos de São Paulo” (disponível para leitura online em: https://bit.ly/3lxX8ui), lançado no fim de 2021 pela editora Etnográfica Press. A obra, fruto da sua tese de doutorado, reflete a trajetória de Fábio como pesquisador do sistema criminal, com pesquisa de campo em diversos espaços institucionais, como a Fundação Casa, presídios e hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico. Falamos sobre a relação entre engajamento político e pesquisa acadêmica, as condições desumanas das instituições carcerárias, como as violações não constituem exceções mas sim a regra para o funcionamento desse modelo, o sistema enquanto ferramenta para o controle de corpos e as diferentes tecnologias colocadas em prática para isso, o horizonte abolicionista e muito mais. Mestre em Antropologia e doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, Fábio é pesquisador de pós-doutorado do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e professor visitante do curso de pós-graduação em Sociologia da Fundação Escola de Sociologia e Política. É autor de “Cadeias dominadas: a Fundação CASA, suas dinâmicas e as trajetórias de jovens internos”. Artigos do Diplo citados no episódio: “As pílulas e a prisão: produção e gestão do sofrimento” (http://bit.ly/2N2B7DD) e “Vidas matáveis, morte em vida e morte de fato” (https://bit.ly/3yTDJMz). Trilha: Plebe Rude, “Proteção” (Philippe); e Neil Young, “Powderfinger”.
5/26/202259 minutes, 55 seconds
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Não bote fé nas fake news #02: O uso da mentira nas eleições

Neste segundo episódio da série “Não bote fé nas fake news”, os jornalistas Bianca Pyl e Luis Brasilino conversam sobre as relações entre desinformação e eleições com a Rosely Morais Sampaio, uma das coordenadoras da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito em Minas Gerais. A organização é uma das responsáveis pelo projeto de checagem “Mentiras do Éden”, especializado em notícias que envolvem o mundo religioso. O episódio traz também o testemunho de Wesley Teixiera, evangélico e liderança da Coalizão Negra por Direitos e do Movimento Negro Unificado, alvo de fake news e outros ataques quando se candidatou ao cargo de vereador no Rio de Janeiro em 2020. Em pauta, a forte disseminação de fake news entre grupos evangélicos, os tipos de mentira que circulam nessas comunidades, formas de dialogar e sensibilizar uma população que foi alvo de tantas campanhas de ódio nos últimos anos, as movimentações nos grupos de WhatsApp prevendo as eleições deste ano, o combate às fake news no período eleitoral e os impactos da desinformação para a democracia.A série “Não bote fé nas fake news”, parceria do Guilhotina com a CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço, analisa o fenômeno da desinformação e seus impactos entre as comunidades de fé. Para entender como o fundamentalismo religioso age por meio da desinformação e quais seus objetivos políticos, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem convidadas e convidados que pesquisam, atuam e que foram vítimas dessa fábrica de manipulação. Acompanhe em cinco episódios, publicados sempre às segundas-feiras. Gravação, edição e sonorização: Rádio Tertúlia.
5/23/202241 minutes, 12 seconds
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#166: Militares e política no Brasil, com Rodrigo Lentz

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o cientista político Rodrigo Lentz, autor do livro “República de segurança nacional: militares e política no Brasil” (https://bit.ly/3FzOyV7), publicado em abril pela coleção Emergências, da Fundação Rosa Luxemburgo e da editora Expressão Popular. A obra investiga como as Forças Armadas têm influenciado as políticas de Estado brasileiras, desde a sua formação no período colonial até o protagonismo retomado no governo Bolsonaro. Falamos sobre a relação ora de subordinação, ora de protagonismo dos militares com as classes dominantes; a participação castrense em importantes marcos históricos do país, como a Proclamação da República, os golpes de 1964 e 2016 e a redemocratização; o debate a respeito da atuação em conflitos externos ou internos; a presença de membros progressistas nas Forças Armadas ao longo do século XX e o processo de homogeneização ideológica dos militares até os dias de hoje; a relação com os Estados Unidos e o projeto nacional; a tensão entre golpismo e legalismo nas vésperas do golpe de 1964; o legado da doutrina de segurança nacional nos governos civis pós-1985; a participação no governo Bolsonaro e muito mais! Rodrigo é doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e advogado, com graduação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Pesquisa sobre o pensamento político dos militares brasileiros e a justiça de transição, com artigos científicos, capítulos de livros, artigos de opinião e entrevistas. Foi consultor da Organização das Nações Unidas (Pnud), coordenador da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e membro da 8ª Pesquisa Legislativa Brasileira (FGV/Oxford). Atualmente integra o grupo de pesquisa “Democracia e Sociedade” (Demodê/Unb), é pesquisador sênior do observatório sobre Defesa e Soberania Nacional do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e professor convidado do curso de Especialização em Direitos Humanos e Políticas Públicas da Unisinos. Links: episódios do Guilhotina comentados durante a entrevista: João Roberto Martins Filho (https://bit.ly/3L2T5kb); Ana Penido e Miguel Stedile (https://bit.ly/3PdvHnu); e Luis Felipe Miguel (https://bit.ly/3ytV2n3). Trilha: Cuscobayo, “O Brasil vai acabar” (Rafael Froner); e BaianaSystem e BNegão, “Reza forte” (BNegão, Marcelo Monteiro Santana e Roosevelt Ribeiro de Carvalho).
5/19/20221 hour, 12 seconds
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Não bote fé nas fake news #01: Fundamentalismo religioso, internet e a divulgação de mentiras

Neste episódio de estreia da série “Não bote fé nas fake news”, parceria do Guilhotina com a CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço, vamos acompanhar a história da pastora Romi Bencke, secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), alvo de mentiras espalhadas por extremistas religiosos por conta de sua participação em audiência pública realizada no Senado em 2019 e na Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021. Participa também a professora Magali do Nascimento Cunha, doutora em Ciências da Comunicação pela USP, colaboradora do Conselho Mundial de Igrejas, coordenadora do Grupo de Pesquisa Comunicação e Religião da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM e editora-geral do Coletivo Bereia, canal de checagem de fatos especializado em religião. Ela fala sobre os circuitos de notícias falsas divulgadas entre comunidades de fé, a relação entre o avanço do neoliberalismo e dos fundamentalismos com a crise da democracia, a instrumentalização desses extremismos, as mentiras espalhadas pela extrema direita para atingir seus objetivos político-partidários, a resistência organizada entre evangélicos contra o ultraconservadorismo e os caminhos para sensibilizar os cristãos diante da política de ódio colocada em prática pelo governo atual.A série “Não bote fé nas fake news” analisa o fenômeno das fake news e seus impactos entre as comunidades de fé. Para entender como o fundamentalismo religioso age por meio da desinformação e quais seus objetivos políticos, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem convidadas e convidados que pesquisam, atuam e que foram vítimas dessa fábrica de manipulação. Acompanhe em cinco episódios, publicados sempre às segundas-feiras. Gravação, edição e sonorização: Rádio Tertúlia.
5/16/202258 minutes, 11 seconds
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#165: Violência doméstica: histórias de opressão às mulheres, com Bianca Alves e Ticiana Oppel

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a advogada Bianca Alves e a relações-públicas e empreendedora cultural Ticiana Oppel, autoras do livro “Violência doméstica: histórias de opressão às mulheres” (https://bit.ly/3JUCqyL), lançado em 2021 pela Dita Livros. O trabalho constrói, a partir de relatos de vítimas de violência doméstica, um panorama dos avanços e retrocessos dessa questão no país e aponta caminhos para o seu enfrentamento. Falamos sobre como o isolamento social provocado pelo novo coronavírus impulsionou o número de agressões, a tipificação da violência doméstica no Brasil e os avanços proporcionados pela Lei Maria da Penha, os três estágios do ciclo da violência (tensão, explosão e reconciliação), as mulheres negras como as principais vítimas, a reação do movimento feminista, o impacto da Lei do Feminicídio, os traços comuns dos agressores, a questão financeira como mecanismo de controle, a reprodução do machismo e da violência através das gerações, as redes de apoio às vítimas e as formas de denunciar a violência doméstica. Bianca é formada em Direito, coordena o grupo de trabalho de enfrentamento à violência doméstica da OAB-RJ e preside a Comissão de Direito Penal e Processo Penal da Associação Brasileira de Advogados do Rio de Janeiro. Além disso, ela é autora do canal informativo Justiça Delas, voltado aos direitos das mulheres, tem duas irmãs e cresceu com a avó materna em casa. Formada em comunicação social, Ticiana atua há mais de vinte anos como profissional da comunicação e da cultura. É a mais velha de quatro irmãs e tem grande admiração pela trajetória das mulheres de sua família. Trilha: Elza Soares, “Maria da Vila Matilde” (Douglas Germano); e Natalia Lafourcade, “Derecho de Nacimiento (feat. Los Macorinos)”.
5/13/202257 minutes, 48 seconds
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#164: A crise das democracias na periferia capitalista, com Luis Felipe Miguel

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o cientista político Luis Felipe Miguel, autor do livro “Democracia na periferia capitalista: impasses do Brasil” (https://bit.ly/3MSvX9n), lançado em abril pela editora Autêntica. A obra analisa a trajetória da democracia em todo o mundo e em especial no Brasil e identifica as causas e aponta caminhos para sair da crise atual. Conversamos sobre a relação entre o avanço do neoliberalismo e a redução da democracia nos últimos 50 anos, as particularidades dessa crise no Sul global, a especificidade brasileira que combinou a ampliação dos direitos sociais e políticos na Constituição de 88 com os primeiros anos de modelo neoliberal, as heranças da ditadura, os progressos e as contradições expressos na trajetória do Partido dos Trabalhadores, a inflexão representada pelas manifestações de junho de 2013, o golpe de 16, a eleição da extrema direita, o papel da imprensa, os erros da esquerda e as perspectivas para as eleições de 2022 e para 2023. Luis Felipe é doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor titular do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasilia (UnB), onde coordena o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê). Entre os livros de sua autoria estão “Democracia e representação: territórios em disputa”, “Dominação e resistência: desafios para uma política emancipatória” e “O colapso da democracia no Brasil: da Constituição ao golpe de 2016”. Trilha: Juçara Marçal, “Velho amarelo” (Rodrigo Augusto de Campos); e Francisco, el Hombre, “Calor da rua”, (Andrei Martinez Kozyreff, Juliana Strassacapa, Mateo Piracés-Ugarte, Rafael Gomes e Sebastián Piracés-Ugarte).
5/5/20221 hour, 1 minute, 50 seconds
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#163: Grandes mudanças no mundo do trabalho como ferramenta do capital, com Vitor Filgueiras

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o economista Vitor Araújo Filgueiras, autor do livro “‘É tudo novo’, de novo: as narrativas sobre grandes mudanças no mundo do trabalho como ferramenta do capital” (https://bit.ly/3Mi3N7v), lançado no fim de 2021 pela Boitempo. A obra recupera o discurso empresarial propagado nos últimos 50 anos a favor da desregulamentação e da flexibilização do mundo do trabalho e analisa o êxito na aplicação e as consequências dessa agenda de transformações. Conversamos sobre a crise do modelo fordista e o fim do período desenvolvimentista nos anos 1970, a retórica “direitos vs. empregos”, as mudanças provocadas primeiro pela eletrônica e atualmente pelos aplicativos e plataformas, as principais reformas colocadas em prática, suas consequências em termos de renda e precarização do trabalho, as expectativas em torno da automação e da indústria 4.0, o avanço da terceirização, as transformações provocadas no perfil dos trabalhadores e dos sindicatos, as alternativas a esse processo e muito mais! Professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Bahia, Vitor é professor visitante da Universidade Complutense de Madrid. Possui pós-doutorado em economia pela Unicamp, com estágio na Universidade de Londres, doutorado em Ciências Sociais pela UFBA, mestrado em Ciência Política pela Unicamp e graduação em Economia pela UFBA. Trilha: BaianaSystem e Manu Chao, “Sulamericano” (Mano Chao, Marcelo Seko, Roberto Barreto e Russo Passapusso); e Seu Jorge, “Voz da massa” (Gabriel Moura e João Carlos).
4/28/20221 hour, 11 minutes, 11 seconds
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#162: Fake news e plataformas digitais, com Bia Barbosa e Jonas Valente

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com os jornalistas Bia Barbosa e Jonas Valente, autores, junto com a pesquisadora Helena Martins, do livro “Fake news: como as plataformas enfrentam a desinformação” (https://bit.ly/3rAgAKm), realizado pelo Intervozes e lançado em 2021. A publicação traça um panorama da questão da desinformação e apresenta resultados de um estudo sobre como as principais plataformas digitais lidam com o problema das fake news no Brasil. Falamos sobre o conceito de fake news, a diferença das mentiras atualmente propagadas via redes sociais para a desinformação que era espalhada antes, o impacto nas eleições de 2018 e 2020 e a expectativa para a campanha presidencial deste ano, como Congresso e Judiciário vêm lidando com o tema, a responsabilidade das mídias tradicionais, as medidas adotadas por Whatsapp, Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, os problemas de confiar a regulação exclusivamente às plataformas, as ações de combate às fake news defendidas pela sociedade civil e como as pessoas podem contribuir para enfrentar e não ser um veículo de distribuição da desinformação. Bia é especialista em direitos humanos e mestra em Gestão e Políticas Públicas, com estudo sobre regulação de conteúdos midiáticos, pesquisa o tema da liberdade de expressão e integra o Comitê Gestor da Internet no Brasil. Jonas é jornalista especializado em tecnologia, mestre em Políticas da Comunicação e doutor em Sociologia da Tecnologia, com tese sobre plataformas digitais. É autor de diversos livros sobre mídia, regulação, internet e tecnologias digitais. Link: Coalizão Direitos na Rede (https://direitosnarede.org.br/) e síntese da pesquisa “Fake news: como as plataformas enfrentam a desinformação” (https://bit.ly/3EoYJvg). Trilha: Lauana Prado, “Zap” (Gabriel Pascoal, Lauana Prado, Lelê, Rapha Lucas e Waleria Leão); e, Erasmo Carlos, “Pega na mentira” (Erasmo Carlos e Roberto Carlos).
4/22/20221 hour, 1 minute, 50 seconds
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#161: O progressismo na América Latina, com Daniel Feldmann e Fabio Luis Barbosa dos Santos

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o economista Daniel Feldmann e o historiador Fabio Luis Barbosa dos Santos, autores do livro “O médico e o monstro: uma leitura do progressismo latino-americano e seus opostos” (https://bit.ly/3KI6GOy), lançado no fim de 2021 pela editora Elefante. A publicação apresenta as contradições (contenção aceleracionista, progressismo regressivo e neoliberalismo inclusivo) e, principalmente, aponta os limites do progressismo que ensaia um novo ciclo na América Latina, após a onda que varreu o continente entre 1998 e 2016. Falamos sobre o que é o progressismo e suas especificidades latino-americanas e no século XXI, a crise que provocou o fim da onda anterior com a queda da presidenta Dilma Rousseff, o transformismo progressista no Equador e o progressismo monocrático na Bolívia, os significados da retomada progressista com as eleições de López Obrador no México em 2018 e de Alberto Fernandez na Argentina em 2019, a explosão de motins durante a pandemia nos países que não passaram ou tiveram experiências breves na onda rosa (Paraguai, Peru, Colômbia e Chile), as esperanças despertadas pelo processo chileno, a ascensão da extrema direita enquanto expressão dos limites do progressismo, a necessidade de ir além dele para superar a crise estrutural que paira atualmente sobre a América Latina e muito mais!Daniel é economista pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em desenvolvimento econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com pós-doutorado no Laboratório de Sociologia, Filosofia e Antropologia Políticas (Sophiapol) da Universidade Paris Nanterre. É professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde tem lecionado e pesquisado nas áreas de economia brasileira e economia política.Fabio Luis é professor da Unifesp e do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina (Prolam) da USP. É autor de “Origens do pensamento e da política radical na América Latina” (Unicamp, 2016), “Além do PT: a crise da esquerda brasileira em perspectiva latino-americana” (Elefante, 2016) e “Uma história da onda progressista sul-americana” (Elefante, 2018), além de co-organizador dos livros “Cuba no século XXI: dilemas da revolução” (Elefante, 2017), “México e os desafios do progressismo tardio” (Elefante, 2019), “Fronteiras da dependência: Uruguai e Paraguai” (Elefante, 2021) e “O pânico como política: o Brasil no imaginário do lulismo” (Mauad, 2020). Trilha: Hilário Lima, “Médico e o monstro”; e Los Prisioneros, “El baile de los que sobran” (Jorge González).
4/14/20221 hour, 8 minutes, 58 seconds
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#160: Mulheres e homens libertos no Brasil no século XIX, com Valéria Gomes Costa

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam a historiadora Valéria Gomes Costa, autora do livro “Òminirá: mulheres e homens libertos da Costa da África no Recife (1846-1890)” (https://bit.ly/3tRuqtt), publicado no fim de 2021 pela editora Alameda. A obra reconstrói, a partir das trajetórias de vida, as experiências de libertos que conseguiram algum prestígio no Recife do século XIX e procura entender as estratégias que diversos homens e mulheres elaboraram para sobreviver aos estigmas impostos pela sociedade escravista. Conversamos sobre o Recife e o perfil de sua população na época; o tráfico de escravos para Pernambuco, terceiro principal destino do país no século XIX; a origem das pessoas escravizadas; as condições e os locais de moradia dos libertos; as características das famílias que eles formaram; as dificuldades e conquistas obtidas no mundo do trabalho e dos negócios; a relação com a hegemonia e a dominação católicas; e muito mais! Doutora em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), licenciada e mestra em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e membro da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) e do grupo de pesquisas em relações de gênero, saúde e sexualidade da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Valéria é ativista do movimento de mulheres negras no Recife, professora do Instituto Federal do Sertão Pernambucano, onde atua no curso de Licenciatura em Física, ministrando a disciplina da Educação das Relações Étnico-Raciais, e autora de “É do dendê! História e memórias urbanas da nação Xambá no Recife (1950-1992)”, publicado pela Annablume, e co-organizadora da coletânea “Religiões negras no Brasil: da escravidão à pós-emancipação”, pela editora Selo Negro. Trilha: Gilberto Gil, “Babá Alapalá”; e Gonzaguinha, “Caminhos do Coração”.
4/7/202259 minutes, 31 seconds
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#159: Histórias de pessoas trans no mercado formal de trabalho, com Caê Vasconcelos

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o jornalista Caê Vasconcelos, autor do livro “Transresistência: histórias de pessoas trans no mercado formal de trabalho” (https://bit.ly/3ia1pCE), lançado em janeiro pela editora Dita Livros. Em uma realidade em que 90% das pessoas trans e travestis recorrem à prostituição por não encontrarem outras oportunidades, a publicação reúne perfis que fugiram das estatísticas. Conversamos sobre o panorama do mercado de trabalho para pessoas trans, a cisgeneridade compulsória praticada por empresas, o impacto da pandemia para as pessoas trans que puderam seguir trabalhando de casa, a falta de representatividade, os avanços conquistados nas últimas décadas e muito mais. Caê é jornalista, nasceu em Vila Nova Cachoeirinha, região periférica da Zona Norte de São Paulo, e faz parte da Agência Mural de Jornalismo das Periferias desde 2017. Ele foi repórter na Ponte Jornalismo de 2017 até 2021 onde cobriu as áreas de segurança pública e sistema prisional e, em 2021, começou a própria agência de jornalismo, feita só por pessoas transvestigêneres, e que será lançada em abril. Foi o primeiro jornalista trans a ocupar a bancada do Roda Viva na entrevista com a vereadora Erika Hilton, em fevereiro de 2021, e também é o primeiro jornalista trans da redação da ESPN Brasil. Para saber mais: Associação Nacional de Travestis e Transexuais (https://www.instagram.com/antra.oficial/); entrevista Neon Cunha (https://bit.ly/3JYiCv6); PonteCast | As pontes de afeto e identidade entre mulheres lésbicas (https://bit.ly/3tRHwHa); PonteCast | Garantia de emprego para pessoas trans como bandeira de luta (https://bit.ly/3wVbuMx); Artigo Caê: “Prazer, meu nome é Caê Vasconcelos. Sou um homem trans” (https://bit.ly/3NAY6CO); Artigo Caê: “Sem transfake, pessoas trans são cada vez mais premiadas por seus talentos no audiovisual” (https://bit.ly/3NyYCS8); Artigo Caê: “Meu corpo político quer viver em paz” (https://bit.ly/3qNdy5f); Mães de crianças trans nas periferias falam sobre a importância do acolhimento e respeito (https://bit.ly/3iMxMrx); Apoio familiar é essencial para crianças trans crescerem felizes e livres (https://bit.ly/3qKgIXm). Trilha: Linn da Quebrada, “amor amor” (Castiel Vitorino Brasileiro e Linn da Quebrada); e Jup do Bairro “Corpo Sem Juízo”.Esse episódio apoia a campanha #OPodcastÉDelas.
3/31/20221 hour, 11 minutes, 20 seconds
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#158: Clínica e crítica em tempos sombrios, com Christian Dunker

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o psicanalista Christian Dunker. Ele está lançando pela Boitempo o livro “Lacan e a democracia: clínica e crítica em tempos sombrios” (https://bit.ly/34Ixo9R), obra em que se debruça sobre os conceitos do psicanalista francês Jacques Lacan para diagnosticar o processo de corrosão da democracia em curso, especialmente no Brasil. Conversamos sobre as contribuições lacanianas para a reflexão política em nossa época, modalidades de negação da democracia, pulsão de morte e o enfrentamento da pandemia por parte de Bolsonaro, a mobilização do ressentimento e do ódio na luta política, a importância das redes sociais para a ascensão da extrema direita, políticas de identidade e como elas podem fortalecer a democracia, a disputa política no campo dos afetos para combater a atual hegemonia do medo e da culpa, a aversão ao dinheiro no campo da esquerda e a redução das desigualdades como fundamento para o fortalecimento da democracia. Christian é professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Doutor em Psicologia Experimental (1996) pela USP, ele obteve o título de livre-docente em Psicologia Clínica (2006) após realizar seu pós-doutorado na Manchester Metropolitan University (2003). Atualmente, coordena, ao lado de Vladimir Safatle e Nelson da Silva Jr., o Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise, e é analista membro da Escola do Fórum do Campo Lacaniano. É autor de várias obras, entre elas “Mal-estar, sofrimento e sintoma”, ganhador do prêmio Jabuti de 2016 na categoria psicologia, psicanálise e comportamento. Trilha: O Terço, “Flor de la noche II” (Cezar de Mercês); e Lana Del Rey, “hope is a dangerous thing for a women like me to have” (Jack Antonoff e Lana Del Rey).
3/24/202249 minutes, 44 seconds
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#157: A cultura é livre: uma história da resistência antipropriedade, com Leonardo Foletto

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o jornalista Leonardo Foletto, autor do livro “A cultura é livre: uma história da resistência antipropriedade” (https://bit.ly/3JdxLsc), publicado em 2021 pela editora Autonomia literária, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo. A obra trata da ideia de cultura livre dos gregos ao digital, passando pelo surgimento da imprensa, dos direitos autorais, das tecnologias do século XIX (rádio, fonógrafo, cinema), dos movimentos e ações de resistência ao copyright do século XX e do download livre. Conversamos sobre a cultura na Grécia antiga, as origens do plágio, a invenção da imprensa e seu impacto na propriedade intelectual, remuneração das criações artísticas, a explosão da indústria cultural, as transformações provocadas pela aparição da mídia digital, os movimentos de resistência e muito mais! Leonardo é mestre em Jornalismo e doutor em Comunicação e suas pesquisas estão focadas em comunicação, tecnologia e ativismo. Em 2011, ele lançou o livro “Êfemero revisitado: conversas sobre teatro e cultura digital”. Trilha: The Beatles, “Strawberry fields forever” (John Lennon e Paul McCartney); e Talking Heads, “I Zimbra” (Brian Eno, David Byrne e Hugo Ball).Esse episódio apoia a #OPodcastÉDelas2022.
3/17/20221 hour, 12 minutes, 49 seconds
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#156: Mulheres, território e meio ambiente em tempos de pandemia, com Cris Faustino, Elisangela Soldateli e Lisbet Julca

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem três convidadas neste novo episódio: a assistente social Cris Faustino, a jornalista Elisangela Soldateli Paim e a cientista política Lisbet Julca. A Elis é a organizadora e a Cris e a Lisbet são autoras de artigos do livro “Resistências e re-existências: mulheres, território e meio ambiente em tempos de pandemia” (https://bit.ly/35A1bBY), lançado em 2020 pela Editora Funilaria em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo. A obra, escrita por mulheres de organizações sociais e pesquisadoras, apresenta um panorama dos impactos da pandemia e das mudanças climáticas no Brasil sob uma perspectiva de raça, classe e gênero. Falamos sobre as interrelações entre as crises sanitária e socioambiental, neoliberalismo e neodesenvolvimentismo, a agenda anti-mulher e antiambiental na ascensão da extrema-direita, os retrocessos colocados em prática pelo governo Bolsonaro e seu impacto sobre as trabalhadoras e os trabalhadores, violência e desigualdade de gênero e o papel tanto das mulheres como dos movimentos sociais no enfrentamento das crises atuais. A Cris preside o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos no Ceará e é membra da equipe do Instituto Terramar e da Rede Brasileira de Justiça Ambiental e conselheira da Justiça Global. A Elis é doutora em Ciências Sociais pela Universidade de Buenos Aires e coordenadora latino-americana do Programa Clima da Fundação Rosa Luxemburgo. E a Lisbet é militante do MST, faz parte do Coletivo de Coordenação da Escola Popular Rosa Luxemburgo do MST-São Paulo, realiza doutorado em Geografia pela Unesp e atua na Rede DataLuta. Trilha: Clara Nunes, “O canto das três raças” (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro); e Grupo Semente e Teresa Cristina, “Pra que discutir com madame” (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida).Esse episódio apoia a campanha #OPodcastÉDelas2022.
3/10/20221 hour, 11 minutes, 1 second
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#155: Lugares de origem: indígenas e patrimônio cultural no Brasil, com Yussef Campos

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o historiador Yussef Campos, autor, com Ailton Krenak, do livro “Lugares de origem” (https://bit.ly/3ttWy4z). A publicação, lançada no fim de 2021 pela editora Jandaíra, traça um diálogo entre os autores sobre a trajetória dos povos indígenas e as noções de patrimônio cultural no Brasil. Durante a Assembleia Constituinte de 1988, a redação do artigo 231 da Constituição dizia que: “são terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições e do seu patrimônio cultural”. Por uma manobra do Centrão, esta última expressão, “e do seu patrimônio cultural”, foi suprimida do texto final. Youssef explica na entrevista a importância dessa alteração e fala também sobre a participação de Krenak na Constituinte e o episódio em que pintou o rosto de jenipapo, o que significou o reconhecimento do patrimônio imaterial pela Constituição, os direitos indígenas no Brasil, o rompimento da barragem da Samarco no Rio Doce e seu impacto sobre o povo krenak que vive na região, as atuais ameaças às conquistas de 1988 e muito mais. Yussef é historiador e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e autor do livro “Palanque e Patíbulo: o patrimônio cultural na Assembleia Nacional Constituinte”, fruto da sua tese de doutorado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Trilha: Caetano Veloso, “Terra”; e Milton Nascimento, “Clube da esquina” (Lô Borges, Marcio Borges e Milton Nascimento).
3/3/202247 minutes, 52 seconds
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#154: Antirracismo, afeto e política nas práticas de mulheres quilombolas, com Mariléa de Almeida

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a historiadora Mariléa de Almeida, autora do livro “Devir quilomba: antirracismo, afeto e política nas práticas de mulheres quilombolas” (https://bit.ly/3hcOnDS), lançado em fevereiro pela editora Elefante. O trabalho, desdobramento da sua tese de doutorado defendida na Unicamp em 2018, parte de visitas e entrevistas com mulheres quilombolas do estado do Rio de Janeiro para analisar como o afeto constitui e confere sentido à luta política antirracista dessas comunidades tradicionais. Falamos sobre a realidade da população quilombola hoje no Brasil, o direito territorial conquistado na Constituinte de 1988, o papel central das mulheres quilombolas, a resistência representada pelas comunidades em todos os sentidos da vida, a educação nos quilombos, a constituição de lugares seguros para a atuação política das mulheres e mais! Mariléa escreve sobre história, literatura, filosofia e psicanálise, é doutora em História pela Unicamp e, em 2020, sua tese recebeu menção honrosa no Prêmio de Teses Ecléa Bosi, promovido pela Associação Brasileira de História Oral. Em 2015, ela realizou doutorado sanduíche na Universidade Columbia (Nova York) sobre feminismos negros estadunidenses. Trilha: Gilberto Gil, “Dandara, a flor do Gravatá” (Gilberto Gil e Waly Salomão); e Banda Pj e Raiz, “Negro Nagô”.
2/24/202254 minutes, 3 seconds
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#153: As autobiografias de pessoas escravizadas, com Rafael Domingos Oliveira

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o historiador Rafael Domingos Oliveira, autor do livro “Vozes afro-atlânticas: autobiografias e memórias da escravidão e da liberdade", lançado em 2022 pela editora Elefante. A obra lança mão de autobiografias escritas em inglês por pessoas escravizadas entre os séculos XVIII e XIX para analisar não só o cativeiro, mas também a liberdade e a resistência dos que sofreram com trabalhos forçados e tortura nas Américas, especialmente nos Estados Unidos. Conversamos sobre as condições que propiciaram a produção dessas obras, a recepção dos trabalhos na época, a ausência de obras similares no Brasil, o continente africano relatado nas autobiografias, a violência do rapto e da travessia do Atlântico, as diferentes formas de entender as noções de cativeiro e liberdade no período, a importância fundamental dessas obras e de seus autores na luta abolicionista e muito mais! Rafael é historiador e educador, doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo e mestre em História pela Universidade Federal de São Paulo, foi professor da rede pública de ensino do estado de São Paulo e coordenador do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil. É membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Afro-América (Nepafro) e coordenador do Núcleo de Acervo e Pesquisa do Theatro Municipal de São Paulo. Trilha: The Carolina Chocolate Drops, “Snowden's Jig (Genuine Negro Jig)”; e Maria Bethânia, “Yá Yá Massemba” (Roberto Mendes e Capinam).
2/17/202248 minutes, 58 seconds
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#152: Trabalhadoras domésticas, com Juliana Teixeira

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a professora e pesquisadora Juliana Teixeira, autora do livro “Trabalho doméstico”, lançado no fim de 2021 pela coleção Feminismos Plurais, da editora Jandaíra. A publicação debate a história e a atualidade da atividade de trabalhadora doméstica no Brasil a partir de uma pesquisa bibliográfica aprofundada e de entrevistas com mulheres de diferentes idades e trajetórias que exercem a profissão. Falamos sobre a origem desse trabalho durante a época da escravização, a transição (ou a falta de transição) durante a abolição, as heranças do trabalho escravo que marcam a profissão, a coincidência entre local de trabalho e de moradia, a importância da análise interseccional (raça, classe e gênero) do trabalho doméstico, o papel da branquitude nessa relação de opressão e da branquitude crítica para romper com ela, a recente substituição das mensalistas por diaristas, a PEC das Doméestica, a luta das trabalhadoras pela ampliação dos direitos e muito mais. Doutora em administração pela Universidade Federal de Minas Gerais, Juliana é pesquisadora e membra do colegiado do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Espírito Santo, professora Adjunta do Departamento de Administração e do Programa de Pós-Graduação em Administração na mesma instituição, associada da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as e protagonista da Coletiva Compa. Trilha: Elza Soares, BaianaSystem e Virgínia Rodrigues, “Libertação” (Russo Passapusso); e Elza Soares, “O que se cala” (Douglas Germano).
2/10/20221 hour, 4 minutes, 4 seconds
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#151: O Brasil fora do armário: diversidade sexual, gênero e lutas sociais, com Rafael Toitio

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o cientista social Rafael Toitio, autor, com Leonardo Nogueira e Maysa Pereira, do livro “O Brasil fora do armário: diversidade sexual, gênero e lutas sociais”, lançado em 2021 pela Expressão Popular e pela Fundação Rosa Luxemburgo e disponível para download em: https://bit.ly/3HRNXhL. Parte da coleção Emergências, a obra traça um histórico da sexualidade e do gênero no Brasil e no mundo e analisa como essas construções são fundamentais para a formação e a manutenção do capitalismo. Conversamos sobre a influência das relações de classe nas relações de gênero e de sexualidade ao longo da história, a importância da propriedade privada na constituição da família patriarcal monogâmica e heterossexual, a construção social do desejo, a naturalização dos privilégios masculinos, o choque da chegada dos colonizadores com as diferentes formas de viver a sexualidade e as relações de gênero que existiam no Brasil, a herança da escravidão para a sexualidade do povo brasileiro, os quilombos enquanto resistência ao modelo de família tradicional, história e política do movimento LGBTQIA+, a relação contraditória da esquerda com a diversidade sexual, limites da “política de identidade”, os avanços da agenda LGBTQIA+ durante o período de hegemonia neoliberal e a centralidade da diversidade sexual e de gênero na construção de um projeto popular para o Brasil. Rafael é doutor em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Unicamp e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. Trilha: Apokalypsis, “Liberdade” (Zé Brasil); e Elton John, “Oscar Wilde Gets Out” (Bernie Taupin e Elton John).
1/13/20221 hour, 22 minutes, 35 seconds
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#150: Alimentação e fome no Brasil contemporâneo, com José Raimundo Sousa Ribeiro Junior

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o geógrafo José Raimundo Sousa Ribeiro Junior, autor – junto com Mateus de Almeida Prado Sampaio, Daniel Henrique Bandoni e Luiza Lima Silva de Carli – do “Atlas das situações alimentares no Brasil: a disponibilidade domiciliar de alimentos e a fome no Brasil contemporâneo”, lançado em novembro de 2021 e disponível para download em: https://bit.ly/3siHCHg. A publicação traça um panorama da fome e da alimentação no Brasil de 2002 a 2018, mostrando os efeitos provocados pelas diversas desigualdades que marcam o país. Falamos sobre as diferenças entre a alimentação de ricos e pobres, as variações encontradas em cada região do país e entre campo e cidade, as características e os fatores que provocam a fome no país, a relação de raça e gênero com as situações alimentares, a saída e o retorno do Brasil ao Mapa da Fome da ONU, o avanço dos produtos ultraprocessados, os impactos do governo Bolsonaro e da pandemia na insegurança alimentar e muito mais! José Raimundo é doutor em Geografia Humana pela USP, foi professor visitante do Instituto de Saúde e Sociedade da Unifesp entre 2019 e 2021, é representante da seção São Paulo da Associação dos Geógrafos Brasileiros no Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comusan) e, desde o início dos anos 2000, desenvolve pesquisas acerca da fome na cidade de São Paulo. Sugestões de leitura e referências: Amrita Rangasami, “Women's Roles and Strategies during Food Crises and Famines” (https://bit.ly/326CWto); Katty Radimer et al., “Understanding hunger and developing indicators to assess it in women and children” (https://bit.ly/320MWEE); Cheryl Wehler et al., “The Community Childhood Hunger Identification Project: a model of domestic hunger – demonstration project in Seattle, Washington” (https://bit.ly/3dT8ntL); e Josué de Castro, “Geografia da fome”. Trilha: Bob Marley and The Wailers, “Them belly full (but we hungry)” (Carlton Barrett e Lecon Cogill); e Racionais MCs, “Tempos difíceis” (Mano Brown).
1/6/20221 hour, 2 minutes, 2 seconds
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#149: O lobby na regulação da publicidade de alimentos, com Marcello Fragano Baird

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o cientista político Marcello Fragano Baird, autor do livro “Alimentação em jogo: o lobby na regulação da publicidade no Brasil” (https://bit.ly/3m4ngOr), lançado em novembro pela editora da Universidade Federal do ABC. A obra analisa a atuação de grupos de interesse em torno de uma resolução da Anvisa que pretendia estabelecer regras para a propaganda de comidas e bebidas no país. Conversamos sobre as características do lobby no Brasil e as consequências da sua não regulamentação, a diferença entre grupos de interesses empresarias e públicos, a relação destes com as agências reguladoras, as funções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e sua proposta de regular a publicidade de alimentos, a oposição da indústria, a extensão e as ramificações do lobby empresarial para impedir a publicação da resolução da Anvisa, as consequências da alimentação não saudável entre a população brasileira e muito mais! Formado em Relações Internacionais pela PUC São Paulo e em Ciências Sociais pela USP, Marcello é mestre e doutor em Ciência Política pela USP. Entre 2015 e 2016 foi pesquisador visitante na Columbia University e atualmente é professor assistente do curso de Relações Internacionais na ESPM e professor do MBA em Relações Governamentais na FGV. Ele também trabalhou na Prefeitura de São Paulo, no Instituto Sou da Paz e hoje em dia é coordenador de advocacy na ONG ACT Promoção da Saúde. Link: Artigo da ACT no site do Le Monde Diplomatique Brasil: https://diplomatique.org.br/a-era-das-sindemias/. Trilha: Vinicius de Moraes, “Samba da benção” (Baden Powel, Marcelo Peixoto e Vinicius De Moraes); e Dona Onete, “Jamburana”.
12/30/20211 hour, 8 minutes, 30 seconds
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#148: Uma esquerda para o século XXI, com José Maurício Domingues

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o sociólogo José Maurício Domingues, autor do livro “Uma esquerda para o século XXI: horizontes, estratégias e identidades” (https://bit.ly/3Dmjwxb), lançado em outubro pela editora Mauad. A obra, que inaugura a coleção “Esquerda em movimento”, faz um balanço da trajetória das principais vertentes da esquerda desde o século XVIII e aponta alternativas para a sequência da luta socialista neste momento de hegemonia neoliberal e ascensão da extrema direita. Falamos sobre o caráter do governo Bolsonaro e a atuação das oposições, a redução do horizonte político da esquerda e sua a incapacidade de pautar o debate e mobilizar a população, a história da social-democracia, do comunismo revolucionário e do anarquismo, o ciclo de manifestações globais iniciado a partir da crise econômica de 2008, imediatismo e consequencialismo nas forças de esquerda, os erros e acertos do PT, a contribuição das lutas feminista, antirracista e ambiental e a importância da democracia para o socialismo. Maurício é professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-Uerj) e autor de inúmeros livros, entre eles, “O Brasil entre o presente e o futuro”, “Esquerda: crise e futuro”, “Emancipação e história” e “Teoria crítica e modernidade política”. Trilha: Titãs, “Comida” (Marcelo Fromer, Arnaldo Antunes e Sergio Britto); e Jorge Drexler, “Todo se transforma”.
12/23/20211 hour, 7 minutes, 26 seconds
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#147: Uma história da ciência e do poder, com Tatiana Roque

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a matemática, filósofa e historiadora Tatiana Roque, autora do livro “O dia em que voltamos de Marte: uma história da ciência e do poder com pistas para um novo presente” (https://bit.ly/3ycbczr), lançado em novembro pelo selo Crítica, da editora Planeta. A obra apresenta quatro séculos de história da ciência, analisando como as transformações sociais incidiram no desenvolvimento do conhecimento e da tecnologia e, por outro lado, como esse “progresso” influenciou e influencia a sociedade. Conversamos sobre a formação das noções modernas de Ciência e Razão e sua relação com o nascimento do capitalismo, a importância da teoria da gravidade de Newton, o papel do desenvolvimento da álgebra na substituição do recurso a explicações divinas para fenômenos naturais, a participação das mulheres na pesquisa científica, a Ciência a serviço do colonialismo, as noções de inevitabilidade e neutralidade do avanço científico, o otimismo com o progresso e o choque provocado pelas bombas de Hiroshima e Nagasaki, a pesquisa bélica como motor do avanço tecnológico a partir do pós-guerra, apogeu e declínio dos programas espaciais, aquecimento global, Green New Deal, o negacionismo na extrema direita e muito mais! Mestre em Matemática e doutora em História e Filosofia das Ciências, Tatiana é professora titular do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, da mesma instituição, e pesquisadora associada dos Archives Henri-Poincaré na França. Seu livro “História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas” foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti de 2013. Trilha: The Alan Parsons Project, “Eye in the sky”; e Caetano Veloso, “Terra”.
12/16/20211 hour, 7 minutes, 46 seconds
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#146: Mulher, roupa e trabalho, com Mayra Cotta e Thais Farage

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a advogada Mayra Cotta e a consultora de moda Thais Farage. Elas são autoras do livro “Mulher, roupa, trabalho: como se veste a desigualdade de gênero” (https://bit.ly/3o5XQRN), lançado pela editora Paralela em outubro. Na obra, elas investigam a relação das mulheres com a roupa de trabalho e como a opressão de gênero – e raça – se expressa cotidianamente no modo de se vestir. Conversamos sobre a formação do sistema capitalista, patriarcal e racista e sua relação com a roupa de trabalho nos dias de hoje, as diferenças entre o vestuário dos homens e das mulheres, o privilégio da neutralidade das roupas masculinas, indústria da moda, assédio sexual no trabalho, formas de subverter a ordem e utilizar a roupa para transitar melhor no mundo do trabalho, home office e pandemia, uniformes e muito mais!Advogada formada pela Universidade de Brasília (UnB), consultora em compliance de gênero, doutoranda em política na New School for Social Research, em Nova York, e mestre em direito criminal pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Mayra é professora nos departamentos de Politics e Global Studies na Eugene Lang College of Liberal Arts e já trabalhou como assessora jurídica da Comissão de Direitos Humanos no Congresso Nacional e como assessora especial na Secretaria-Executiva da Casa Civil da Presidência da República.Thais é consultora de moda e trabalha especialmente com mulheres. Formada em Cinema pela UFF e especialista em estética e gestão de moda pela USP, criou a empresa F*inc e, durante anos, ministrou um workshop para discutir o binômio mulheres × roupa de trabalho.Trilha: IZA, “Quem sabe sou eu” (Gabriel Moura, Leandro Fab, Pretinho da Serrinha e Rogê); Lucy Schwartz, “I want the sky”.
12/9/202149 minutes, 44 seconds
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#145: Judiciário e política no Brasil, com Marcelo Semer

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o desembargador Marcelo Semer, autor do livro “Os paradoxos da Justiça: Judiciário e política no Brasil” (https://bit.ly/32zYL4v), lançado em agosto pela Contracorrente. A obra traça um diagnóstico das contradições encontradas no Judiciário brasileiro, um poder cada vez mais em evidência no país. Falamos sobre a perda de credibilidade da Justiça, o aumento do número de processos, a sua relação com o Executivo e o Legislativo, a judicialização da política e a politização da justiça, o papel contramajoritário dos juízes, Operação Lava Jato, populismo penal, práticas autoritárias do Judiciário, Lei de Anistia, golpe de 16, governo Bolsonaro e mais! Doutor em Criminologia e mestre em Direito Penal pela USP, Marcelo é desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, membro e ex-presidente da Associação de Juízes para a Democracia (AJD) e autor de “Entre salas e celas: dor e esperança nas crônicas de um juiz criminal” (Autonomia Literária, 2017) e “Sentenciando tráfico: o papel dos juízes no grande encarceramento” (Tirant Lo Blanch Brasil, 2019). Trilha: Chico Buarque, “Roda viva”; e Roberto Carlos, “Como dois e dois” (Caetano Veloso).
12/3/20211 hour, 18 minutes, 24 seconds
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#144: Laboratórios da luta de classe, com Rafael Grohmann

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o cientista social Rafael Grohmann, autor do livro “Os laboratórios do trabalho digital” (https://bit.ly/3r6VRyn), lançado em julho pela Boitempo. A obra reúne entrevistas com 38 pesquisadoras e pesquisadores do mundo do trabalho e da tecnologia e procura traçar cenários do que será a luta de classes no futuro. Conversamos sobre o que é o trabalho em plataformas, a sua extensão para além dos motoristas do Uber e entregadores de aplicativo, a relação do trabalho digital com o neoliberalismo e a financeirização, o papel das plataformas na desarticulação dos trabalhadores, ideologia do empreendedorismo, o perfil dos trabalhadores digitais e a exploração de minorias, a função dos usuários dos aplicativos e as possibilidades de resistência e criação de plataformas alternativas e/ou pós-capitalistas. Mestre e doutor em Comunicação pela USP, Rafael é professor de mestrado e doutorado em comunicação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e coordenador do Laboratório de Pesquisa DigiLabour (https://digilabour.com.br) e do projeto Fairwork (https://fair.work), vinculado à Universidade de Oxford.Referências e sugestões do Rafael: Observatório do Cooperativismo de Plataforma (https://cooperativismodeplataforma.com.br); Plataformas de fazendas de clique (https://bit.ly/3r6c7jn e https://bit.ly/3xn7ouA); O chão de fábrica (brasileiro) da inteligência artificial: a produção de dados e o papel da comunicação entre trabalhadores de Appen e Lionbridge (https://bit.ly/3CNqCdT); Heteromação e microtrabalho no Brasil (https://bit.ly/3108YqA); The CoopCycle association (https://coopcycle.org/en/); Contrate Quem Luta (https://contratequemluta.com/); Inteligência artificial, branquitude e capitalismo: entrevista com Yarden Katz (https://bit.ly/3l6PDL2); AI Decolonial Manyfesto (https://manyfesto.ai/); Cooperativa Tierra Común (tierracomun.net/); Feminist AI (https://feministai.pubpub.org/); The Cleaners – Official Trailer (https://bit.ly/3nQVOoi).Trilha: The Sound Stylistics, “The crisis generator” (D. Glover, G. Crockett e J. Glover); e Arcade Fire, “Black mirror” (Will Butler, Win Butler, Régine Chassagne, Jeremy Gara, Tim Kingsbury, Richard Reed Parry).
11/26/20211 hour, 7 minutes, 16 seconds
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#143: A história do Conselho das Américas, com Rejane Carolina Hoeveler

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a historiadora Rejane Carolina Hoeveler, autora da tese de doutorado “(Neo)liberalismo, democracia e ‘diplomacia empresarial’: a história do Council of the Americas (1965-2019)” (https://bit.ly/3CucRAA). Na pesquisa, ela investigou a trajetória do Conselho das Américas (AS/COA), uma associação de empresas e empresários norte-americanos cujo objetivo é atuar na América Latina. Falamos sobre a fundação do Conselho por David Rockefeller já durante a ditadura no Brasil, a relação do AS/COA com os regimes militares que tomaram o continente nos anos 1970, a ideologia do Conselho e a difusão do neoliberalismo a partir da década seguinte, a sua renovação nos anos 2000 durante a onda progressista latino-americana, a atuação durante nas eleições de 2018 por meio do RenovaBR, a postura crítica diante do governo Bolsonaro e muito mais! Rejane é mestra e doutora em História Social na Universidade Federal Fluminense, co-organizadora do livro “A onda conservadora: ensaios sobre os atuais tempos sombrios no Brasil” (Mauad, 2016) e professora na Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trilha: Los Prisioneros, “Latinoamérica es un pueblo al sur de Estados Unidos” (Jorge González e Miguel Tapia); e Gilberto Gil, “Marginália II” (Gilberto Gil e Torquato Neto).
11/20/20211 hour, 16 minutes, 1 second
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#142: Estado, gênero e violência, com Berenice Bento

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a socióloga Berenice Bento, autora do livro “Brasil, ano zero: Estado, gênero e violência” (https://amzn.to/3C5pmm7), lançado em setembro pela editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba). O trabalho reúne artigos escritos nos últimos anos que abordam as conexões entre o impeachment de Dilma Rousseff, os reiterados ataques às questões dos gêneros e das sexualidades, o aumento da miséria e a eleição de Bolsonaro. Falamos sobre a importância da categoria gênero para explicar o Brasil atual, a centralidade da família no discurso conservador, o papel da ministra Damares Alves no governo federal, heteronormatividade como alimento da violência de gênero e da transfobia e muito mais! Professora associada do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília e pesquisadora 1D do CNPq com pós-doutorado pela City University of New York, Berenice realiza pesquisas na interface de Sociologia e Antropologia, nos temas: colonialismo, estudos queer, direitos humanos e marcadores sociais da diferença. Em 2011, ela recebeu o Prêmio Nacional dos Direitos Humanos. Trilha: Nina Simone, “Four women”; e As Baías e Linn da Quebrada, “Onça / Docilmente selvagem” (Ceu, Jane Reis e Linn da Quebrada).
11/12/202148 minutes, 29 seconds
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#141: Guerras híbridas e intervenções dos EUA na América Latina, com Ana Penido e Miguel Enrique Stédile

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a cientista social Ana Penido e o historiador Miguel Enrique Stédile, autores do livro “Ninguém regula a América: guerras híbridas e intervenções estadunidenses na América Latina” (https://bit.ly/3Eug2K2), lançado em maio pela coleção Emergências da Expressão Popular e da Fundação Rosa Luxemburgo. A obra analisa as mudanças no modo de intervenção dos Estados Unidos nos países latino-americanos, especialmente no Brasil. Conversamos sobre os diferentes conceitos de guerras híbridas, a redução no número de golpes de Estado abertos no continente, as modalidades de soft power e os mecanismos de desestabilização utilizados, a diferença entre revoluções coloridas e manifestações legítimas, a posição geopolítica atual da América Latina e a ascensão chinesa, a expectativa e os primeiros movimentos do governo Biden e muito mais! Ana é pesquisadora do Instituto Tricontinental e do Grupo de Estudos em Defesa e Segurança Internacional (Gedes) e doutora em Relações Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas (Unesp – Unicamp – PUC-SP); e Miguel é doutor em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, membro da coordenação do Instituto de Educação Josué de Castro e integrante do Front – Instituto de Estudos Contemporâneos.Trilha: O Rappa, “Ninguém regula a América” (Alexandre Menezes, Marcelo Falcão, Marcelo Lobato, Sepultura, Marcelo Yuka e Lauro Farias); e Ana Tijoux, “Somos sur”.
11/5/20211 hour, 1 minute, 40 seconds
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#140: Transformações no mundo do trabalho, com Marcelo Gomes Ribeiro e Thêmis Amorim Aragão

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o economista e sociólogo Marcelo Gomes Ribeiro e a arquiteta e urbanista Thêmis Amorim Aragão, organizadores do livro “Transformações no mundo do trabalho: análise de grupos ocupacionais no Brasil metropolitano e não metropolitano em quatro décadas” (https://bit.ly/3lZUbDW), publicação do Observatório das Metrópoles com a editora LetraCapital lançada em abril. A obra, disponível para download no link acima, analisa em escala nacional as transformações pelas quais passaram quase todas das ocupações existentes no país nos últimos quarenta anos: trabalhadoras domésticas; operários da construção civil; trabalhadores do comércio; operários industriais; trabalhadores da prestação de serviço; trabalhadores dos transportes; trabalhadores agrícolas; trabalhadores do apoio administrativo; profissionais de nível médio; profissionais de nível superior; professores; trabalhadores da segurança pública e forças armadas; dirigentes e supervisores; e empregadores. Conversamos sobre os impactos do neoliberalismo no mercado de trabalho, diferenças entre o Brasil metropolitano e o não metropolitano, consequências da reprimarização da pauta de exportações, os impactos da crise econômica e do golpe de 16 no mundo do trabalho, os efeitos dessas transformações nas organizações sindicais, as condições das trabalhadoras domésticas durante os governos Lula e Dilma, as mudanças vividas pelos operários da construção civil, o papel do comércio como amortecedor social nos momentos de crise, o protagonismo político dos trabalhadores dos transportes e muito mais!Marcelo é professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR-UFRJ), graduado em Ciências Econômicas pela PUC de Goiás, mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Goiás e doutor em Planejamento Urbano e Regional pela UFRJ. Atualmente, é coordenador do Núcleo Rio de Janeiro do Observatório das Metrópoles e um dos coordenadores do projeto de pesquisa Estrutura Social das Metrópoles Brasileiras e do projeto de pesquisa Economia Metropolitana e Desenvolvimento Regional: mudanças na base produtiva e no mercado de trabalho.Thêmis é mestre e doutora em Planejamento Urbano e Regional no IPPUR-UFRJ com duplo doutorado em Economia pela Universidade de Hamburgo, especialista em Análise Ambiental e Gestão do Território pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, pós-doutoranda no IPPUR, professora do curso de arquitetura e urbanismo do IBMEC do Rio de Janeiro e pesquisadora do Núcleo Rio de Janeiro do Observatório das Metrópoles.Trilha: Chico Science, “Da lama ao caos”; e Maurício Pereira, “Um dia útil”.
10/29/20211 hour, 3 minutes, 31 seconds
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#139: Nudes e exposição de mulheres na internet, com Beatriz Accioly Lins

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a antropóloga Beatriz Accioly Lins, autora do livro “Caiu na net: nudes e exposição de mulheres na internet” (https://bit.ly/3n6osAh), lançado em setembro pela editora Telha. Fruto da sua tese de doutorado, a pesquisa minuciosa analisa os mecanismos e as consequências do vazamento de imagens eróticas de mulheres na internet. Conversamos sobre as diferentes formas de captação e divulgação dessas fotos e vídeos, o perfil das vítimas e dos responsáveis, novos tipos de violência de gênero, a popularização da tríade smartphone, câmera frontal e redes sociais, a evolução dos entendimentos jurídicos sobre o tema, culpabilização das mulheres, retórica do consentimento e muito mais! Beatriz é antropóloga, doutora e mestra em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, além de Pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (Numas-USP). Ela desenvolve pesquisas sobre acesso a direitos, noções e percepções de justiça em se tratando de violência contra mulheres e suas interseções com marcadores sociais da diferença e é autora dos livros “A lei nas entrelinhas: a Lei Maria da Penha e o trabalho policial” (Unifesp, 2018) e co-autora de “Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola” (Reviravolta, 2016). *Trilha: Lulu Santos, “Aviso aos navegantes”; e Gilberto Gil e Os Mutantes, “Domingo no parque” (Gilberto Gil).
10/22/202157 minutes, 31 seconds
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#138: O poder das famílias no Brasil, com Ricardo Costa de Oliveira

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o sociólogo Ricardo Costa de Oliveira, pesquisador do poder das famílias no Brasil e autor de diversos livros e organizador, entre outros, de “Família importa e explica: instituições políticas e parentesco no Brasil” (https://bit.ly/3aD3hjB), lançado em 2018 pela editora LiberArs. A obra detalha como poucas famílias dominam as instituições públicas brasileiras, dos três poderes aos tribunais de contas, cartórios, mídias, associações e entidades educacionais, esportivas, políticas etc. Conversamos sobre como são os estudos sobre as famílias no Brasil, o papel da hereditariedade na transmissão do poder, a distribuição dessas clãs pelo país, a absorção das ondas migratórias europeias pelas elites coloniais, a genealogia dos militares no governo Bolsonaro e na operação Lava Jato, o peso do Estado na manutenção desse status quo e a importância de se mexer na distribuição das heranças para a construção de uma sociedade mais justa. Professor titular e decano do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Paraná, Ricardo possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestrado em Planejamento e Desenvolvimento Urbano na University College of London e doutorado em Ciências Sociais pela Unicamp. Ele exerceu por quatro vezes a chefia do Departamento de Ciências Sociais e foi coordenador do curso de Ciências Sociais da Federal do Paraná, vice-presidente da Associação dos Professores da UFPR, conselheiro da Fundação Araucária do Paraná e coordenador de Ciência e Tecnologia do Paraná. Atualmente é coordenador do Núcleo de Estudos Paranaenses e do Grupo de Trabalho: Família, Instituições e Poder no 18º Congresso da Sociedade Brasileira de Sociologia. *Trilha: As Meninas, “Xibom bombom” (Rogério Gaspar e Wesley Rangel); e Chico Buarque, “Pedro pedreiro”.
10/14/20211 hour, 8 minutes, 13 seconds
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Guilhotina Feminismos #02 - Transfeminismo

Dar espaço e visibilidade para as pautas do movimento trans é urgente no Brasil, país que ocupa o primeiro lugar no ranking de assassinatos dessa população. Além disso, é importante valorizar as contribuições do transfeminismo para os movimentos feministas. Essas colaborações rompem com o essencialismo de gênero relacionado ao órgão genital e aprofundam as pautas feministas. Nesse segundo episódio do Guilhotina Feminismos, Bianca Pyl, Laura Toyama e Samantha Prado conversam com Bruna Benevides, secretária de articulação política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) sobre a importância dos dados no combate à transfobia e como a negligência do Estado para combater esses crimes faz parte de um projeto político. As contribuições do transfeminismo para as pautas feministas e a urgência de se romper com o conceito universalista de que o gênero está atrelado ao órgão sexual foram foco da entrevista com a professora Letícia Nascimento. Para encerrar o episódio, entrevistamos a ativista Neon Cunha sobre as possibilidades de construir novos caminhos para a cidadania plena de pessoas trans. Link: Conheça o trabalho da Antra, acesse https://antrabrasil.org
10/13/20211 hour, 18 minutes, 38 seconds
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#137: Horizontes amazônicos, com Bruno Malheiro

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o geógrafo e professor Bruno Malheiro, autor, com Carlos Walter Porto-Gonçalves e Fernando Michelotti, do livro “Horizontes amazônicos para repensar o Brasil e o mundo” (https://bit.ly/2YedLmw), lançado em junho pela editora Expressão Popular em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo. A obra contextualiza histórica e geopoliticamente a conjuntura da Amazônia, do período pré-colombiano ao inferno bolsonarista. Fala sobre a combinação da acumulação por espoliação com o estado de exceção na exploração da região e seus povos, a escolha pela exportação de commodities, a importância dos povos para a formação e manutenção da floresta, a colonização da Amazônia, as ações da ditadura civil-militar, a fratura do território, um balanço da atuação dos governos progressistas na região e muito mais! Professor da Faculdade de Educação do Campo no Campus de Marabá da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Bruno possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Pará e é mestre em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA e doutor em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente, ele coordena o Laboratório de Estudos em Território, Interculturalidade e R-Existência na Amazônia (LaTierra). Sugestões do Bruno: Seminário com José Quintero Weir, Sentipensar com a Terra (https://bit.ly/3lhsG8y); artigo José Quintero Weir, “Da ‘virada ontológica’ ao Tempo de Volta do Nós” (https://bit.ly/3Ank2da); documentário “Pisar Suavemente na Terra”, (https://bit.ly/2YulFsu). *Trilha: Neuber Uchoa, “Cruviana”; e Patricia Bastos, “Jeito Tucuju” (Val Milhomem e Joãozinho Gomes).
10/7/20211 hour, 12 minutes, 3 seconds
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#136: Antonieta de Barros: professora, escritora, jornalista e primeira deputada negra do Brasil, com Jeruse Romão

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a professora Jeruse Romão, autora da biografia “Antonieta de Barros: professora, escritora, jornalista e primeira deputada catarinense e negra do Brasil”, lançado em maio pela editora Cais (https://bit.ly/3onedtS). Personagem fundamental apagada da história oficial, Antonieta viveu a vida em Florianópolis entre 1901 e 1952 e atuou como professora, tendo criado o Curso Particular Antonieta de Barros, jornalista e escritora, com atuação durante décadas nos maiores veículos de imprensa catarinense, e política. Ela continua sendo, até hoje, a única deputada estadual negra da história de Santa Catarina. Conversamos sobre o contexto de Florianópolis na virada do século XIX para o XX, o mito de que não há negros na região Sul do país, os desafios que Antonieta encontrou para estudar nesse período, a importância da família na sua trajetória, os movimentos que influenciaram sua produção jornalística e literária, a atuação legislativa e a sua importância e legado para a educação no Brasil e em Santa Catarina. Jeruse é graduada em Pedagogia, com mestrado em Educação. Foi professora da rede pública e privada e também de Ensino Superior, na Faculdade de Pedagogia da Unisul, e desde 1993 atua no campo da Educação das Relações Etnicorraciais, com ênfase na história da educação nos negros e na formulação de políticas educacionais para a rede estadual e municipais de Santa Catarina. Atuou como consultora da Unesco, coordenando no Ministério da Educação as políticas públicas de fortalecimento de jovens negros e indígenas no Ensino Médio e Superior, e organizou a publicação “História da Educação dos Negros e outras histórias” e “Africanidades catarinenses”. É coordenadora da Escola Afro Popular Leonor de Barros. *Trilha: Silvio Caldas, “No rancho fundo” (Ary Barroso e Lamartine Babo); e Escola de Samba Consulado, “Lute como Antonieta” (Conrado Laurindo e Cia.).
10/1/20211 hour, 11 minutes, 19 seconds
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#135: Trabalho e capitalismo, a metamorfose da escravidão, com Tiago Muniz Cavalcanti

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o pesquisador e procurador do Ministério Público do Trabalho Tiago Muniz Cavalcanti, autor do livro “Sub-humanos: o capitalismo e a metamorfose da escravidão”, lançado em agosto pela Boitempo (https://www.boitempoeditorial.com.br/diplomatiquebr). A obra acompanha as transformações do mundo do trabalho a partir de formas pré-capitalistas até os dias de hoje, com ênfase nas continuidades entre a escravidão e o chamado trabalho livre no Brasil. Falamos sobre o impacto do colonialismo na exploração da mão de obra, o trabalho semilivre e subhumano na sociedade contemporânea, o papel do racismo nessa engrenagem, reestruturação produtiva e precarização, o papel do direito na legitimação desse sistema, renda básica universal e economia solidária, trabalho escravo contemporâneo e o abandono do seu combate no governo Bolsonaro e muito mais! Procurador do Ministério Público do Trabalho, Tiago foi chefe da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo no biênio 2016-2017. Doutor em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, com período de pesquisa no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e mestre em Direito pela PUC-SP, é membro da Academia Pernambucana de Direito do Trabalho e especialista em direito e processo do trabalho. É autor, entre outros livros, de “Neoabolicionismo e direitos fundamentais” e organizador de “Combate ao trabalho escravo: conquistas, estratégias e desafios”. *Trilha: Chico Science, “Enquanto o mundo explode”; e Titãs, “Homem primata” (Ciro Pessoa, Marcelo Fromer, Nando Reis e Sérgio Britto).
9/23/20211 hour, 4 minutes, 1 second
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#134: Hayek, modernismo e a invenção do neoliberalismo, com Tiago Soares

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o pesquisador e jornalista Tiago Soares, autor da tese de doutorado “Make it new: Hayek, modernismo e a invenção do neoliberalismo (1920-1950)” (https://bit.ly/3kb2coM), defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP em 2019. O estudo acompanha a trajetória do economista austríaco Friedrich Hayek e a renovação do pensamento liberal no início do século XX, e faz uma arqueologia da noção de neoliberalismo. Falamos sobre o liberalismo enquanto visão de mundo – portanto, mais que uma corrente econômica –; a influência da conjuntura da primeira metade do século XX na obra de Hayek, com a ascensão soviética, a crise de 1929 e as duas grandes guerras; a ideia de livre mercado como antídoto para o totalitarismo; o peso das formulações de Hayek na fase atual do capitalismo; a atual presença do neoliberalismo mesmo em formações progressistas, como os partidos socialistas e trabalhistas europeus e social-democratas no Brasil; a face fascista do liberalismo; as relações deste com o bolsonarismo; e muito mais! Tiago é doutor em História Econômica pela USP, ativista nos movimentos das tecnologias livres e abertas há cerca de duas décadas e colaborador da Cátedra Unesco em Educação a Distância/Iniciativa Educação Aberta, e da Lavits (Rede Latino Americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia e Sociedade). *Trilha: Gang of Four, “Damaged goods”; e Gilberto Gil, “Cérebro eletrônico”.
9/16/20211 hour, 37 seconds
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#133: Racismo estrutural, com Dennis de Oliveira

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o jornalista Dennis de Oliveira, autor do livro “Racismo estrutural: uma perspectiva histórico-crítica” (https://bit.ly/2X0k3pL), lançado em junho pela editora Dandara. A obra analisa o racismo enquanto fenômeno político, portanto, para além de comportamentos preconceitos, desvios morais ou ainda “falta de educação”. Dennis explica como o racismo articula-se histórica e socialmente nas relações capitalistas a partir da formação do Brasil na periferia global. Conversamos sobre os problemas de se procurar soluções conjunturais questões estruturais, o papel do neoliberalismo em impulsionar o racismo enquanto dimensão individual, as consequências da subalternização da questão racial pela esquerda, teoria marxista da dependência e a função do racismo na superexploração do trabalho em economias periféricas, as armadilhas deixadas pelas ações afirmativas e muito mais! Dennis é professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, coordenador científico do Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP; e do GT “Epistemologias decoloniais, territorialidades y cultura” do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso). Ele também é professor visitante da Universidad Minuto de Dios, de Bogotá, e da Faculdad Latino-Americana de Ciencias Sociales, de Buenos Aires, integrante da Cátedra da Universidade Central do Vaticano e autor, entre outros, do livro “Jornalismo e emancipação: uma prática jornalística baseada em Paulo Freire” (Appris, 2017) e organizador da coletânea “A luta contra o racismo no Brasil” (Publisher, 2017). *Trilha: Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene, “Toque de mestre”; e Elena Guarner, Ras Soto e Renato Gama, “Aquilombar” (Renato Gama).
9/9/202153 minutes, 11 seconds
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#132: Os militares e a crise brasileira, com João Roberto Martins Filho

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o pesquisador das Forças Armadas no Brasil João Roberto Martins Filho, organizador do livro “Os militares e a crise brasileira” (https://bit.ly/3jrhG7v), lançado em março pela editora Alameda. A obra, que não poderia ser mais atual, reúne um conjunto de textos que procuram entender as raízes, o significado e as perspectivas da participação dos militares na crise econômica, social e, principalmente, política que atravessa o Brasil. Falamos sobre a de início surpreendente presença castrense no governo Bolsonaro, a identificação das Forças Armadas com a ditadura, a atuação das escolas militares, a adesão ao recente movimento de supermoralização da política, o anticomunismo e o antipetismo, nacionalismo e neoliberalismo, a participação de oficiais nas redes sociais, as perspectivas de golpe com apoio dos militares e muito mais. Professor titular da Universidade Federal de São Carlos, João criou o Arquivo de Política Militar Ana Lagôa, é autor, entre outros, de “O palácio e a caserna – 1964-1969” (Alameda, 2019), e ocupou cátedras no King’s College, em Londres, e na Universidade de Leiden, Holanda. *Trilha: Roberto Carlos, “Todos estão surdos” (Erasmo Carlos e Roberto Carlos); e Pink Floyd, “The Fletcher Memorial Home” (Roger Waters).
9/2/202149 minutes, 12 seconds
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#131: Do partido único ao stalinismo, com Angela Mendes de Almeida

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a historiadora Angela Mendes de Almeida, autora do livro “Do partido único ao stalinismo” (https://bit.ly/3mpB9r8), lançado em julho pela editora Alameda. A obra documenta os crimes cometidos pelo stalinismo, da década de 1920 até a morte de Stalin. Além de recuperar alguns dos crimes mais emblemáticos do período, como os “Processos de Moscou”, conversamos sobre como ser crítico do stalinismo sem descambar para o anticomunismo reacionário, a mentalidade stalisnista para além de Stalin, os erros da esquerda que favoreceram a ascensão do fascismo nos anos 1930, a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial, o peso do sistema de partido único na consolidação do stalinismo e as lições da época que podem ser aproveitadas na conjuntura atual, especialmente a brasileira. Doutora em Ciência Política pela Universidade de Paris 8, Angela foi professora no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa de Lisboa e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; e publicou várias obras sobre história da família na sociedade brasileira e alguns trabalhos sobre história do comunismo. Depois de aposentada foi coordenadora do Observatório das Violências Policiais do Centro de Estudos de História da América Latina da PUC-SP. *Trilha: Víctor Jara, “Manifesto”; e Nokolai Roslavets, “5 Préludes: No. 4, Lento”.
8/26/202159 minutes, 1 second
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#130: Justiça e letalidade policial, com Poliana da Silva Ferreira

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a pesquisadora Poliana da Silva Ferreira, autora do livro “Justiça e letalidade policial: responsabilização jurídica e imunização da polícia que mata”, que está sendo lançado em agosto pela editora Jandaíra. A obra analisa as abordagens policiais que resultaram em mortes a partir do estudo minucioso de um único episódio, pra lá de emblemático. No caso, ocorrido na virada de 2014 para 2015, dois homens negros foram mortos pela PM de São Paulo. Exceção à regra, desta vez um dos policiais foi dias depois à delegacia contar que havia executado um dos jovens já desarmado e rendido, porque teria ficado com “raiva”. Apesar da confissão, entretanto, o agente foi absolvido. Poliana analisa em detalhes a atuação dos órgãos públicos ao longo do processo – da PM às instâncias superiores do Judiciário, passando pela Polícia Civil, Corregedoria e Ministério Público – para desvendar o funcionamento do que define como a “blindagem institucional da polícia que mata”, uma engrenagem que deixou 6.416 mortos apenas em 2020 (Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Mestre e doutoranda em Direito pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, Poliana é pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Criminologia da Universidade do Estado da Bahia, do Núcleo de Estudos sobre o Crime e a Pena e do Núcleo de Justiça Racial e Direito da FGV. Foi pesquisadora visitante na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, e é bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e diretora da Plataforma Justa.org.br. *Trilha: Paralamas do Sucesso, “Selvagem” (Bi Ribeiro / Herbert Vianna); e The Clash, “Police & thieves” (Lee Perry e Junior Murvin).
8/19/202157 minutes, 13 seconds
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Guilhotina Feminismos #01 – A questão do aborto e o retrocesso dos direitos reprodutivos no Brasil

Atualmente, realizar aborto induzido é crime no Brasil. Contudo, a legislação prevê exceções em caso de estupro, risco de vida para a gestante e feto acefálico. Apesar disso, em 2020 assistimos ao episódio da menina de 11 anos do Espírito Santo que teve que recorrer à Justiça para interromper sua gravidez, mesmo a gestação sendo resultado de um estupro. O procedimento médico foi cercado de protestos até diante do hospital onde foi realizado. Isso acendeu o alerta em relação aos retrocessos que o pouco que está garantido na lei pode sofrer. Neste episódio de estreia do Guilhotina Feminismos, Bianca Pyl, Laura Toyama e Samantha Padro conversam com Priscilla Brito, assessora técnica da CFemea, sobre o levantamento anual que a organização faz do desemprenho de pautas importantes para as mulheres no Congresso Nacional. Conversamos também com a deputada federal Taliria Petrone (PSOL-RJ) sobre os principais entraves que a pauta do direito ao aborto enfrenta na Câmara; e com a doutora em História Marcela Boni, autora do livro “O aborto na vida – experiências femininas” (https://bit.ly/3sdHqXK), acerca dos mitos e estereótipos criados em relação à mulher que aborta e a importância de humanizar as mulheres que escolheram interromper uma gravidez.
8/16/20211 hour, 1 minute, 32 seconds
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#129: Pandemias, crises e capitalismo, com Rosa Maria Marques

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a economista Rosa Maria Marques, autora, com Marcel Guedes Leite, Solange Emilene Berwig e Marcelo Álvares de Lima Depieri, do livro “Pandemias, crises e capitalismo” (https://bit.ly/3lIgIFG), publicado em maio pela Expressão Popular. A obra traça um histórico, faz um panorama e aponta saídas (boas e ruins) para a crise atual do capitalismo, agudizada pela pandemia de Covid-19. Rosa explica os fundamentos do colapso de 2007-2008 e as razões da sua permanência, a resiliência do neoliberalismo e sua defesa dos interesses do capital a juros, os impactos da pandemia na desigualdade, os efeitos da emergência sanitária no resgate do serviço público, as perspectivas da crise com a indústria 4.0, internet das coisas etc., e os caminhos apontados pela renda básica e pela ecologia. Rosa tem mestrado (PUC-SP), doutorado (FGV) e pós-doutorado (Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Pierre Mendes, em Grenoble, e na Universidade de Buenos Aires) em Economia e é professora titular de economia da PUC-SP. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) e da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES). *Trilha: NOFX, “Thatcher fucked the kids” (Frank Turner); Pulp, “Common people” (Candida Doyle, Jarvis Cocker, Nick Banks, Russell Senior e Steve Mackey).
8/12/202150 minutes, 37 seconds
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#128: Identidade negra e “branqueamento” no Haiti, com Frantz Rousseau Déus

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o sociólogo Frantz Rousseau Déus, autor do livro “Paradoxo haitiano: identidade negra e ‘branqueamento’ na contemporaneidade” (https://bit.ly/37qbrKB), publicado em junho pela editora Appris. A obra analisa a permanência da questão racial no Haiti à luz de uma prática difundida nacionalmente: o consumo de produtos destinados ao “branqueamento” da pele. Conversamos sobre o racismo em um país com 95% da população negra e com a história da Revolução Haitiana, o conceito do movimento indigenista local, a instrumentalização da questão racial pelas ditaduras Duvalier, o fenômeno da despigmentação ou branqueamento da pele, a comparação com a realidade brasileira e os desdobramentos recentes do assassinato do presidente Jovenel Moïse, no dia 7 de julho. *Trilha: Fela Kuti, “Colonial mentality”; Arcade Fire, “Sprawl II (mountains beyond mountains)” (Win Butler, Jeremy Gara, Regine Chassagne, Richard Reed Parry, Tim Kingsbury e William Butler).
8/5/202154 minutes, 10 seconds
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#127: Diário da catástrofe brasileira, com Ricardo Lísias

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o escritor Ricardo Lísias, autor da obra “Diário da catástrofe brasileira”, que conta com dois volume, o “Ano I: o inimaginável foi eleito” (https://bit.ly/2VfJnH4) e o “Ano II: um genocídio escancarado” (https://bit.ly/3l5JxLT), que está sendo lançado em julho pela editora Record. Os livros começaram a ser escritos na noite em que Jair Bolsonaro venceu as eleições para presidente em 2018 e acompanha o dia a dia do atual governo. Conversamos sobre as imagens utilizadas pela propaganda da extrema direita, a pulsão de morte como elemento constituinte do bolsonarismo, o poder de sedução da agenda destruidora do presidente, os erros da esquerda, os reflexos na arte da ascensão do fascismo e muito mais. Ricardo é doutor em Literatura Brasileira, com estágio de pós-doutorado na Unifesp, e criador da Família Tobias, sobre a qual escreve em várias plataformas. Idealizou “Eduardo Cunha (pseudônimo)”, autor de “Diário da cadeia: com trechos da obra inédita Impeachment”, e escreveu, entre outros livros, “O céu dos suicidas”, “Divórcio” e “A vista particular”, além dos dois volumes do “Diário da catástrofe brasileira”.*Trilha: Dead Fish, “Messias” (Alvaro Dutra, Marcão Melloni, Ric Mastria e Rodrigo Lima); e Flicts, “E o povo onde está” (Arthur de Aguiar Covre, Jeferson Bem e Rafael de Aguiar Covre).
7/29/202158 minutes, 15 seconds
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Guilhotina Especial Direito à Comunicação 2020, com Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social

As crises ampliadas pela pandemia impactaram também o direito à comunicação. Em 2020, intensificaram-se as violações a direitos humanos na radiodifusão e ataques a jornalistas e comunicadores populares. O governo Bolsonaro seguiu impondo censura e proselitismo à comunicação pública, as propostas de vigilantismo voltaram à mídia e grupos sociais já vulnerabilizados foram afetados por deficiências no acesso à internet, desinformação e concentração de propriedade e de informação. Para falar sobre os resultados do Relatório Direito à Comunicação 2020, produzido pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, e que estão apresentados no especial “Mídia e pandemia” (diplomatique.org.br/especial/midia-e-pandemia-a-democracia-sob-ataque/), Luís Brasilino e Bianca Pyl recebem os jornalistas Mariana Gomes, co-fundadora da Plataforma Conexão Malunga, liderança negra apoiada pelo Fundo Baobá e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisa em Análise do Discurso da UFBA; Paulo Victor Melo, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas e integrante do Conselho Diretor do Intervozes; e Ramênia Vieira, integrante da coordenação executiva do Intervozes.Este episódio é uma parceria do Le Monde Diplomatique Brasil com Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social. Saiba mais sobre o Intervozes em https://intervozes.org.br/
7/28/202155 minutes, 17 seconds
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Cerrado dos Povos: Saberes e Biodiversidade #03 – Insegurança alimentar

O Brasil vive um momento de aprofundamento da insegurança alimentar e, para tratar desse tema, precisamos falar sobre modelos de produção. O modelo do agronegócio, além de não produzir a maior parte dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros, traz graves consequências ambientais e sociais. Neste terceiro episódio da série especial do Guilhotina, feita em parceria com a ActionAid Brasil e a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam Emmanuel Ponte, assessor da ActionAid; Maria Kazé, da coordenação nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA); e Francisca Maria, da Rede Bico Agroecológico. Conversamos sobre o quadro de insegurança alimentar na região do Matopiba e o agravamento da situação com a pandemia de Covid-19. Além disso, Maria Kazé e Francisca Maria relatam a rotina de resistência de produtoras da agroecologia, que produzem alimentos em um sistema que conserva não só o bioma Cerrado, como também os modos de vida dos povos e comunidades tradicionais. Para saber mais sobre os temas abordados, acesse https://campanhacerrado.org.br/. TrilhaAbertura e encerramento: African Impression
7/27/202141 minutes, 32 seconds
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Cidade livre, 2ª Temp. #10 – A juventude negra vai circular, com Lisandra Mara, Luana Costa e Luana Vieira

No último episódio da série especial Cidade livre, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem as autoras do artigo “A juventude negra vai circular”, as ativistas Lisandra Mara, Luana Costa e Luana Vieira. O texto está publicado no livro “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), que inspira esta série. Na entrevista, elas analisam como as cidades são produzidas para corresponder aos interesses dominantes, econômicos, brancos, masculinos e adultos, as consequências para a população negra do apartheid urbano que vigora informalmente nas metrópoles brasileiras, a reação da juventude a essa situação de opressão e a mobilidade urbana como uma política de reparação.Membra do Coletivo Habite a Política e ativista pelo direito à cidade, a Lisandra é arquiteta e urbanista da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora do grupo Africanidades BH.Luana Costa é educadora, comunicadora popular e especialista em Direitos Humanos e Cidadania e atua como uma das articuladoras da Roda BH de Poesia e na consultoria de redes e mobilização social do Movimento Nossa BH.E a Luana Vieira é assessora jurídica, pós-graduada em Direitos Humanos e em Direitos Difusos e Coletivos e bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Ela tem experiência de assessoramento técnico na administração pública no âmbito municipal, estadual e federal nos poderes Legislativo e Executivo e é membra do Coletivo Pretas em Movimento e do Núcleo Jurídico da Coalizão Negra por Direitos.A poesia da abertura “Basta”, e a sua interpretação, é da MC Martina (@mcmartina_), rapper, poeta e produtora, que já é umas das principais vozes do cenário do slam no Brasil. Ilustração: Juliana Del Lama. Foto: Matheus Alves.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
7/23/202149 minutes, 48 seconds
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#126: Jornalismo, raça e gênero, com Fabiana Moraes e Francielle Mendes

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem as professoras Fabiana Moraes e Francielle Mendes, respectivamente, autora e autora e co-organizadora do livro “Pesquisa em comunicação: jornalismo, raça e gênero”, lançado em fevereiro pela editora do Núcleo de Estudos das Culturas Amazônicas e Pan-Amazônicas. A obra, disponível para download gratuito (https://bit.ly/3xY3PdO) e também organizada por Aquinei Timóteo e Wagner Costa, articula raça e gênero com o cinema, a telenovela, o jornalismo impresso e televisivo, o colunismo social e o funk. Conversamos sobre os debates interseccionais nos meios de comunicação, a participação do jornalismo na normatização da sociedade e seu papel na construção de uma (falsa) universalidade, como a mídia hegemônica contribui para a reprodução do racismo, a cobertura da imprensa sobre os países africanos e muito mais.Fabiana é professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco, jornalista e doutora em Sociologia, com pesquisas acadêmicas e reportagens voltadas para a questão da hierarquização social com foco na invisibilidade de grupos vulneráveis. É vencedora de três prêmios Esso e autora de cinco livros, dentre eles “O nascimento de Joicy”. Francielle possui graduação em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e em Letras Inglês, mestrado em Letras: Linguagem e Identidade pela Universidade Federal do Acre, doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo e é professora do curso de graduação em Jornalismo, do Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade e do Programa de Mestrado Profissional em História da Universidade Federal do Acre (UFAC), editora da Revista Tropos: Comunicação, Sociedade e Cultura e líder do grupo de pesquisa Mídias, imaginário e representação: uma cartografia das Amazônias (Mirca).*Trilha: Gil Scott-Heron, “Revolution Will Not Be Televised”; e Chico Science & Nação Zumbi, “Um satélite na cabeça”.
7/22/202150 minutes, 36 seconds
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#125: Astolfo Marques e o Brasil pós-abolição, com Matheus Gato

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o sociólogo Matheus Gato, organizador do livro “O 13 de maio e outras estórias do pós-Abolição” (https://bit.ly/3duN5Tb), com textos do escritor Astolfo Marques (1876- 1918) e publicado em maio pela editora Fósforo. Conversamos sobre a vida, a obra e o contexto histórico em que o contista negro trabalhou, a São Luiz do Maranhão da virada do século XX. Matheus, que também é autor do livro “O Massacre de Libertos: sobre raça e república no Brasil” (Perspectiva, 2020 – https://bit.ly/3jpdAxk), falou sobre a importância de resgatar a produção de Astolfo Marques, a relação do escritor com a elite branca da época, os desafios que ele precisou superar e o impacto da sua singular convivência com negros e brancos na sua obra, a apropriação dessa trajetória para reforçar o mito da democracia racial e a importância de seus contos para o Brasil de hoje. Matheus nasceu em Campinas, São Paulo, em 1983, e viveu até a juventude em São Luís do Maranhão. Em 2002, ingressou na Universidade Federal do Maranhão onde se dedicou à mobilização estudantil por ações afirmativas e políticas de cotas. Com doutorado e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo, foi visiting fellow no Hutchins Center for African and African American Studies da Universidade Harvard em 2017 e 2018 e é professor do Departamento de Sociologia da Unicamp, pesquisador do Núcleo Afro do Cebrap e coordenador do Bitita: Núcleo de Estudos Carolina de Jesus (IFCH-Unicamp). *Trilha: Bob Marley, “Slave driver”; e Gilberto Gil, “La Lune de Gorée” (Capinan e Gilberto Gil).
7/19/202158 minutes, 45 seconds
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Cidade livre, 2ª Temp. #09 – Espaços de resistência, com Galo e Lúcia Xavier

Neste novo episódio da série especial Cidade livre, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam sobre espaços de resistência com o criador do Movimento de Entregadores Antifascistas, o Paulo Lima, mais conhecido como Galo, e com a ativista e assistente social Lúcia Xavier, cofundadora da ONG Criola, organização de mulheres negras, membro do Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030 e ekedji do Ilê Omiojuaro, casa religiosa com sede em Nova Iguaçu RJ. Galo deu entrevista para a jornalista Katarine Flor para o livro “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), que inspira esta temporada, e Lúcia escreveu para a publicação o artigo “Segregação das religiões de matriz africana dos territórios, das manifestações e da estética dos espaços públicos”. No primeiro bloco, Galo conta sobre as condições de trabalho dos entregadores de aplicativo e a construção do movimento de resistência, faz um balanço do Breque dos Apps de julho de 2020 e aponta caminhos para organizar os trabalhadores e superar o controle das empresas de tecnologia. Na segunda parte do episódio, Lúcia relata a situação das religiões de matriz africana no Brasil atual, apresenta as principais características dessas expressões e suas relações com o território e o espaço público, denuncia a violência sofrida e a atuação de igrejas neopentecostais e milicianos nessas agressões e aponta possibilidades para oferecer maior proteção às comunidades.A poesia da abertura “Quem planta tâmaras não colhe tâmaras”, e a sua interpretação, é de Tom Grito, poeta que se dedica à poesia falada. Participou da fundação do Tagarela (2013), primeiro slam do Rio de Janeiro, e do Slam das Minas RJ (2017), primeiro slam de mulheres e LBTs no Rio de Janeiro. É um dos organizadores do Slam RJ desde 2017.Ilustração: Juliana Del Lama. Foto: Matheus Alves.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
7/16/20211 hour, 6 minutes, 25 seconds
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Cidade livre, 2ª Temp. #08 – Conversas antirracistas, com BNegão e Higo Melo

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem, no oitavo episódio da segunda temporada da série Cidade livre, os músicos BNegão e Higo Melo. Eles deram entrevistas para o ativista Paíque Duques Santarém que foram publicadas no livro “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), o qual inspira esta temporada. Nesse episódio, os músicos falaram sobre a relação que tiveram com o transporte ao longo da vida enquanto homens negros; o entrecruzamentos entre mobilidade, segregação e racismo; o impacto dessa estrutura nas suas criações; as dificuldades impostas pelo modelo atual de transporte para quem trabalha na noite e, especialmente, para o público; e como a música e a arte podem contribuir para reverter o cenário atual.Vocalista da banda Planet Hemp (ao lado de Marcelo D2), BNegão foi líder do grupo BNegão & Seletores de Frequência entre 2003 e 2020. Com essas duas bandas (além de outros projetos variados) circulou por alguns dos principais palcos do Brasil e do mundo. Atualmente, o MC se prepara para novos lançamentos, entre eles seu primeiro disco solo, previsto para este segundo semestre de 2021.Cria da Ceilândia, no Distrito federal, Higo teve em 1999 seu primeiro contrato como músico. Hoje atua em todas as áreas da música, da composição à produção de eventos, mas vive da paixão de cantar e da produção musical. Além de criar e participar ativamente da banda Ataque Beliz de 2001 a 2016, produziu e participou de trabalhos de artistas como GOG, Ellen Oléria e Zeca Baleiro. Também criou diversas trilhas sonoras de filmes e temas de festivais, como o Latinidades 2020.Ilustração: Juliana Del Lama. Foto: Matheus Alves.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
7/9/20211 hour, 22 minutes, 29 seconds
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#124: Ficção científica, utopia e feminismo, com Ana Rüsche

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a escritora Ana Rüsche, pesquisadora de estudos linguísticos e literários e autora do doutorado “Utopia, feminismo e resignação em The left hand of darkness e The handmaid's tale” (https://bit.ly/3qzCZ8U), apresentado na USP em 2015. Além desse estudo, conversamos sobre dois artigos da Ana que foram publicados no Suplemento Pernambuco – Jornal Literário da Companhia Editora de Pernambuco, “Margaret Atwood: de quanto o real supera a ficção” (https://bit.ly/3h3Fb5s), de dezembro de 2017, e “Pasárgada, me leva que vou com você” (https://bit.ly/3y8C025), de fevereiro de 2020. Falamos sobre o crescimento de publicações distópicas e utópicas a partir do século XX, sobre as características e as repercussões desses trabalhos, sobre por que é “mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo” e sobre as obras das escritoras norte-americanas de ficção científica Ursula Le Guin e Margaret Atwood e o interesse que elas despertam nos últimos anos. Seria por causa da crise econômica? Da ascensão da extrema direita? E como a ficção utópica pode apontar caminhos para a superação da tragédia em que estamos? Ana é uma das apresentadores do podcast Incêndio na Escrivaninha (https://bit.ly/3qBjIUE) e autora dos livros de poesia Rasgada (Quinze & Trinta, 2005), Sarabanda (Selo Demônio Negro, 2007), Nós que adoramos um documentário, (Ed. Ourivesaria da Palavra, 2010) e Furiosa (ed. autora, 2016); e dos romances Acordados (Amauta, 2007), Do amor – o dia em que Rimbaud decidiu vender armas (Quelônio, 2018), e A telepatia são os outros (Monomito, 2019), vencedor do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica, finalista do Prêmio Argos e finalista do Jabuti.Indicações de leitura da Ana: Os despossuídos, de Ursula le Guin; Aniquilação, de Jeff VanderMeer; Estação perdido, de China Miéville; e Parábola do semeador, de Octávia E. Butler.*Trilha: Rage Against the Machine, “Wake up” (Tim Commerford, Zach de la Rocha, Tom Morello e Brad Wilk); e Rob Zombie, “Dragula (Hot Rod Herman Remix)”.
7/8/202156 minutes, 52 seconds
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Cidade livre, 2ª Temp. #07 – Financiamento e modelo de organização de transporte, com Daniel Caribé, João Nunes e Vitor Mihessen

No sétimo episódio da segunda temporada da série Cidade livre, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o administrador público Daniel Caribé e os ativistas João Pedro Martins Nunes e Vitor Dias Mihessen. Daniel é autor do artigo “Financiamento do transporte coletivo soteropolitano: o melhor exemplo da falência de um modelo” e João e Vitor de “O pacto e o impacto dos transportes: mediocridade e mortandade na mobilidade urbana do Rio de Janeiro”, publicados no “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), livro inspira esta temporada. Conversamos sobre a segregação espacial nas capitais baiana e fluminense, o papel da mobilidade para aprofundar essa divisão, o financiamento do transporte e o peso desse fardo para a população, a gestão privada da mobilidade, as mortes provocadas por essa privatização e segregação e os caminhos para tornar possível um transporte bom e barato.Soteropolitano e militante do direito à cidade há quase duas décadas, além de administrador público de formação e de profissão, Daniel defendeu em 2019 a tese “Tarifa zero: mobilidade urbana, produção do espaço e direito à cidade” no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA). É pesquisador dos grupos Lugar Comum (da Faculdade de Arquitetura) e Espaço Livre (do Instituto de Geociências, ambos da UFBA) e um dos coordenadores do Observatório da Mobilidade Urbana de Salvador.De Nova Iguaçu na Baixada Fluminense, o João é graduado em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, cofundador do Expresso 2222 Podcast e alumni do Programa de Trainee de Gestão Pública do Vetor Brasil, atuando com políticas públicas educacionais em Sergipe. Além disso, é membro do Conselho de Governança da Casa Fluminense.Já o Vitor é de Realengo, subúrbio do Rio de Janeiro. Economista pela UFRJ e mestre em Ciências Econômicas e especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental na Universidade Federal Fluminense, ele é um dos coordenadores e fundadores da Associação Casa Fluminense.O conto da abertura, e a sua interpretação, é da poeta-slammer, ativista e educadora social Nívea Sabino, autora de Interiorana, graduada em Comunicação Social, articuladora da Roda BH de Poesia e mulher pioneira nas competições de Poesia Falada – Slam’s, em Minas Gerais. É membra fundadora da Academia Nova-Limense de Letras e, em 2019, foi cocuradora do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte, com a temática #NarrativasVivas, e jurada do Prêmio Jabuti 2020 na categoria Poesia.Ilustração: Juliana Del Lama. Foto: Matheus Alves.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
7/2/20211 hour, 26 minutes, 25 seconds
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#123: Como remover um presidente, com Rafael Mafei

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o jurista Rafael Mafei, autor do livro “Como remover um presidente: teoria, história e prática do impeachment no Brasil” (https://bit.ly/3hifgGd), lançado em junho pela Zahar. A obra analisa os aspectos jurídicos e políticos do impeachment e a sua história no Brasil. Conversamos sobre as origens do impeachment na Inglaterra do século XIV, a chegada ao Brasil e, claro, a sua adoção no país após a redemocratização: a queda de Collor; os processos contra Itamar, FHC e Lula; o impeachment ilegítimo de Dilma e a singularidade do caso de Bolsonaro. Rafael é bacharel, mestre, doutor e livre-docente em Direito e professor associado da Faculdade de Direito da USP (Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito). Foi pesquisador bolsista no Instituto Max Planck para Direito Penal Estrangeiro e Internacional (Alemanha), no Center for Latin American Studies da American University em Washington-DC (EUA) e no Centre for Socio-Legal Studies da Universidade de Oxford (Reino Unido). *Trilha: Chico Buarque, “Vai passar”; e Scissor Sisters, “Comfortably numb” (David Jon Gilmour e Roger Waters).
7/1/20211 hour, 1 minute, 1 second
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Cidade livre, 2ª Temp. #06 - Segregação e repressão, com Denilson Araújo de Oliveira e Eveline Duarte

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o professor de geografia da Uerj e da UFF Denilson Araújo de Oliveira e a articuladora da Agenda Nacional pelo Desencarceramento Eveline Duarte no sexto episódio da segunda temporada da série Cidade livre. Eles escreveram para o livro “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), que nos inspira nesta temporada, respectivamente, os artigos “Geopolítica da morte: periferias segregadas” e “Mobilidade urbana, encarceramento e violações de direitos: a quem serve que pessoas encarceradas fiquem cada vez mais inacessíveis?”. Conversamos sobre o papel do sistema de Justiça na construção da imagem da população negra como inimiga da sociedade, a dificuldade de acesso às penitenciárias como uma punição extra às pessoas presas e seus familiares, a dimensão geopolítica do racismo, a importância dos transportes no controle dos corpos negros, a construção da indignidade e sua aplicação para justificar a segregação e o extermínio, os impactos da pandemia e alguns caminhos para reverter o quadro atual.Denilson é professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, professor do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense, coordenador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Geografia Regional da África e da Diáspora (Negra) e integrante do Instituto Búzios.Mulher negra, periférica e estudante de Direito, Eveline é sobrevivente de situação de rua e familiar de pessoa em situação de privação de liberdade. Ela é fundadora do Coletivo Rosas do Deserto de familiares dos apenados, articuladora da Agenda Nacional pelo Desencarceramento, membra da Frente de Desencarceramento do Distrito Federal e da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas e articuladora e membra da ONG Tulipas do Cerrado – Rede de Redução de Danos e de profissionais do sexo do Distrito Federal e entorno.O conto da abertura, e a sua interpretação, é de Meimei Bastos, escritora, poeta, formada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB), educadora, atriz e coordenadora do Slam Q’brada.Ilustração: Juliana Del Lama. Foto: Matheus Alves.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
6/25/20211 hour, 20 minutes, 54 seconds
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#122: Racismo recreativo, com Adilson Moreira

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o professor Adilson Moreira, autor do livro “Racismo recreativo” (https://bit.ly/35METJO), título da coleção Feminismos Plurais, da editora Jandaíra. A obra discute o humor enquanto política de hostilidade a minorias raciais, seja nas redes sociais, nos veículos de comunicação ou no sistema de Justiça. Falamos sobre a importância da intenção na caracterização do racismo, a proliferação de microagressões racistas, a psicologia do humor e o papel que este cumpre em nossa sociedade, as manifestações e os personagens racistas dos programas televisivos, a proteção (e o apoio) do Judiciário aos humoristas racistas, o racismo recreativo como estratégia de dominação, a necessidade de reformulação do conceito de liberdade de expressão a partir da perspectiva do oprimido e muito mais! Adilson é mestre e doutor em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade de Harvard e bacharel em Direito pela UFMG. *Trilha: Nina Simone, “Backlash blues” (Langston Hughes e Nina Simone); e Rashid “Estereótipo” (Rashid e Skeeter).
6/24/202158 minutes, 5 seconds
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Cidade livre, 2ª Temp. #05 – Transicionar o coletivo é preciso, com João Bertholini e Neon Cunha

Neste quinto episódio da segunda temporada da série Cidade livre, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o fotógrafo e jornalista João Bertholini e com a ativista independente, publicitária e diretora de arte Neon Cunha. Eles escreveram para o livro “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), que nos inspira nesta temporada, o artigo “Transicionar o coletivo é preciso”. No texto, João e Neon apresentam um panorama da transfobia e sua relação com o sistema de transportes no país. Falamos sobre como a transfobia atravessa todas as dimensões da vida nas cidades; a violência contra a população LGBTQIA+ no Brasil e a falta de resposta do poder público; o transporte enquanto local privilegiado para as agressões; a política de ódio promovida pela ascensão da extrema direita; e os caminhos possíveis para reverter esse quadro e “transicionar o coletivo”.O João é fotógrafo e jornalista. Foi artista residente na Casa das Caldeiras, em São Paulo, e, desde 2014, fotografa pessoas LGBTQIA+, principalmente pessoas trans e travesti, para o projeto “Afetividades ordinárias”.Mulher negra, ameríndia e transgênera, a Neon é ativista independente, publicitária e diretora de arte e é uma das maiores vozes do Brasil na luta sobre despatologização das identidades de pessoas trans. Tem como pauta principal a racialidade interseccionalizada com a transgeneridade como negação da humanidade e é membra conselheira da Comissão de Política Criminal e Penitenciária e da Comissão da Diversidade Sexual da OAB São Paulo.Trilha: GOG, “Rumo ao Setor Comercial Sul” (GOG e Piolho). Ilustração: Juliana Del Lama. Foto: Matheus Alves.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
6/18/20211 hour, 7 minutes, 20 seconds
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#121: Branquitude, hierarquia e poder, com Lia Vainer Schucman

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam a professora e psicóloga Lia Vainer Schucman, autora do livro “Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo” (https://bit.ly/3gxCXd9), lançado em 2013 e relançado em 2020 pela editora Veneta. Na publicação, fruto da sua pesquisa de doutorado, ela põe a nu as formas como o privilégio branco se constrói e, sobretudo, é exercido no Brasil. Conversamos sobre a importância de incluir os brancos nos estudos de raça, a produção dialética do racismo e da branquitude, a segregação em São Paulo, a ideia de superioridade branca e seu papel na naturalização das desigualdades, o entrecruzamento com a opressão de gênero, a hierarquização fenotípica entre os brancos e os possíveis caminhos para desconstruir o racismo. Lia é doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e autora, também, de “Famílias inter-raciais: tensões entre cor e amor”, publicado pela editora da UFBA. Links: Artigo Luiz Eduardo Batista, “A cor da morte” (https://bit.ly/35gjWa2); estudos sobre a geografia da Covid-19 em São Paulo, Labcidade (https://bit.ly/2TvCyjM) e Instituto Pólis (https://bit.ly/3zv0Zyj). *Trilha: Caetano Veloso, “Sampa”; e Sandra de Sá, “Olhos coloridos” (Macau).
6/17/20211 hour, 2 minutes, 32 seconds
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#120: A crise 2008 e a nova dinâmica do capitalismo, com Iuri Tonelo

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o sociólogo Iuri Tonelo, autor do livro lançado em maio pelas editoras Boitempo e Iskra “No entanto, ela se move: a crise 2008 e a nova dinâmica do capitalismo” (encurtador.com.br/fiATU). Na obra, ele aponta as causas e os desdobramentos do colapso financeiro de 2008, inaugurando uma nova fase do capitalismo. Além dos motivos da crise e das características dessa nova dinâmica, falamos os impactos dessa mudança no mundo do trabalho, as reações do proletariado, os conflitos e a resistência gerados, a ascensão da extrema direita, os desafios da esquerda e os reflexos subjetivos dessa transformação para as lutas anticapitalistas. Iuri é professor e doutor em sociologia pela Unicamp, autor do livro “A crise capitalista e suas formas” e um dos editores do portal Esquerda Diário. Atualmente é pesquisador de pós-doutorado na USP. Links: https://diplomatique.org.br/guilhotina-20-ludmila-costhek-abilio/, https://diplomatique.org.br/guilhotina-25-ricardo-antunes/ e https://diplomatique.org.br/cidade-livre-06-galo-e-ludmila-costhek-abilio/. *Trilha: Christian Scott aTunde Adjuah, “K.K.P.D.”; e Mora Navarro, “Libres”.
6/12/20211 hour, 28 seconds
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Cidade livre, 2ª Temp. #04 - Olhares de mulheres negras, com Kelly Fernandes, Jô Pereira e Mayra Ribeiro

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem as ativistas Jô Pereira, Kelly Fernandes e Mayra Ribeiro neste quarto episódio da segunda temporada da série Cidade livre. Elas compartilham seus olhares enquanto mulheres negras e militantes sobre a mobilidade em São Paulo e falam sobre as expressões da opressão de gênero, raça e classe no transporte, a segregação velada que impera nas grandes cidades do país, a relação com o Estado e seus agentes, a desumanização do corpo negro e feminino, a expansão dos ônibus e as estratégias, lutas e conquistas num quadro de resistências.Jô é graduada em Educação Física, especialista em arte integrativa, criadora e intérprete em dança contemporânea, arte-educadora, treinadora física e desenvolvedora de projetos socioculturais em arte inclusiva e mobilidade ativa de bicicleta. Ela é diretora fundadora do Pedal na Quebrada, idealizadora do Mapa Pedal Afetivo e do Mapa Afetivo da Mobilidade Ativa, atual diretora geral da Ciclocidade, Bicycle Mayor SP e integrante da Rede Mobilidade Periferia-Unifesp Zona Leste de São Paulo.Kelly é arquiteta, urbanista e especialista em Economia Urbana e Gestão Pública e dedica-se a construir narrativas para evidenciar os efeitos das facilidades e dificuldades da mobilidade no desenvolvimento urbano e na distribuição das atividades e dos grupos sociais no território.Mayra é diretora executiva da organização social Amalgamar, psicóloga e ativista da Uneafro Brasil.Trilha: Emicida, “Sementes”. Ilustração: Juliana Del Lama. Foto: Matheus Alves.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
6/11/20211 hour, 22 minutes, 54 seconds
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Cidade livre, 2ª Temp. #03 - Produção e controle de cidades desiguais, com Tainá de Paula, Marcelle Decothé e Monique Cruz

Neste terceiro episódio da segunda temporada da série Cidade livre, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a vereadora Tainá de Paula e as pesquisadoras Marcelle Decothé e Monique Cruz para um papo sobre a produção e o controle de cidades desiguais. Tainá é autora do artigo “Gênero, raça e cidade: uma nova agenda urbana é necessária” e Marcelle e Monique de “Novas formas de controle policial na perspectiva da cartografia social: mobilidade racial urbana”, partes do livro que inspira esta série, o “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh). Conversamos sobre como as opressões de gênero, raça e classe se articulam para conformar as desigualdades urbanas no Brasil, o elitismo do planejamento metropolitano, a militarização e seu espraiamento para todas as dimensões da vida em sociedade e as manifestações dessa estrutura injusta nos transportes.Tainá é arquiteta e urbanista e em 2020 foi eleita vereadora pelo PT no Rio de Janeiro. Já atuou em diversos projetos de urbanização e habitação popular, realizando assistência técnica para movimentos de luta por moradia como a União de Moradia Popular e o MTST, e atualmente, presta assistência para o movimento Bairro a Bairro, onde atua como arquiteta e mobilizadora comunitária em áreas periféricas. Marcelle é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense, mestre em Políticas Públicas em Direitos Humanos e articuladora do Fórum de Juventudes do Rio de Janeiro e do Movimento Liberdade Ativa de Parada de Lucas. Atualmente coordena o eixo de Incidência do Instituto Marielle Franco.Já a Monique é mestre e doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, membra do Grupo de Pesquisa GPSEM, do Fórum Social de Manguinhos, do Coletivo Zacimba Gaba e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e Negras (ABPN) e pesquisadora da Justiça Global.Trilha: Ataque Beliz, “Super” (Higo Melo). Ilustração: Juliana Del Lama. Fotos: Matheus Alves.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
6/4/202153 minutes, 38 seconds
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#119: O papel dos bancos no golpe de 16, com André Flores Penha Valle

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com André Flores Penha Valle, doutorando em Ciência Política na Unicamp e que, em 2019, defendeu na mesma instituição a tese de mestrado “Divisão e reunificação do capital financeiro: do impeachment ao governo Temer” (https://bit.ly/2SM6ozR). Na pesquisa, ele analisa o papel, os interesses e as alianças do capital financeiro na queda da presidenta Dilma Rousseff e na montagem do ciclo neoliberal ortodoxo adotado a partir do governo Temer. Falamos sobre a proeminência adquirida pelos bancos no Brasil a partir do governo FHC, a divisão do setor entre a burguesia interna bancária (os grandes bancos comerciais) e a burguesia associada e o capital internacional, a posição dessas diferentes frações durante os governos Lula e Dilma, os impactos da virada neoliberal da ex-presidenta em 2015 e a unificação do capital financeiro em defesa do golpe às vésperas do impeachment. Por fim, André analisa a importância da crise política na ascensão da extrema direita e a atual relação do capital financeiro (e suas frações) com o governo Bolsonaro. Links: Artigo com Octávio F. Del Passo sobre as frações burguesas na crise de Covid-19 (https://bit.ly/3p5e2l7); livro Rodrigo de Almeida, “À sombra do poder: Os bastidores da crise que derrubou Dilma Rousseff” (https://amzn.to/34BmRtz). *Trilha: Ana Tijoux e Jorge Drexler, “Sacar la voz”; e Pixies, “Where is my mind?” (Black Francis).
6/3/202158 minutes, 38 seconds
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Cidade livre, 2ª Temp. #02 - Transportes e a luta antirracista, com Paíque Duques Santarém

Acompanhe o segundo episódio da nova temporada da série Cidade livre! Neste programa, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem Paíque Duques Santarém, militante do Movimento Passe Livre, mestre em Antropologia Social e doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na UnB. Ele é um dos organizadores do livro que inspira esta segunda temporada, o “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), e autor de diversas contribuições para a publicação, dentre elas o artigo “Ensaio sobre a mobilidade racista”. Na entrevista, Paíque define o que entende por mobilidade racista e explica por que ela vai além da segregação socioespacial e alcança todas as dimensões da vida social por meio de quatro categorias de distinção racial no transporte: territórios e imobilidades; fenótipo e aparência espacial; abordagem econômica da mobilidade racial; e encarceramento modal. Trilha: BNegão, “Giratória (Sua direção)” (BNegão, Fabiano Moreno e Pedro Selector). Ilustração: Juliana Del Lama.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
5/28/202158 minutes, 12 seconds
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#118: Transfeminismo, com Letícia Nascimento

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a professora Letícia Nascimento, autora de “Transfeminismo” (https://bit.ly/2SknpRC), décimo livro da coleção Feminismos plurais, lançado em maio pela editora Jandaíra. No trabalho, ela traz ao público geral explicações sobre os conceitos de gênero, transgeneridade, mulheridade, feminilidade e mais. Conversamos sobre a disputa de sentidos em torno do conceito de gênero e como assegurar a aceitação de mulheres transexuais e travestis no feminismo, as contribuições do transfeminismo para o feminismo como um todo, a performatividade de gênero e sua importância para a compreensão das corporalidades transgêneras, a luta para superar a patologização da transexualidade, a autodeterminação dos corpos e os desafios para combater o transfeminicídio no Brasil. Letícia é mulher travesti, negra e gorda, filha de Xangô no Candomblé Ketu e de Cabocla na encantaria da Jurema. Pedagoga e professora da Universidade Federal do Piauí e doutoranda em Educação na mesma instituição. É vinculada aos núcleos de pesquisa Nepegeci/UFPI, Rimas/UFRPE e POCs/UFPelotas e pesquisadora filiada à Associação Brasileira de Pesquisadores Negras e Negros e à Associação Internacional de Pesquisa na Graduação em Pedagogia. Ativista do Acolhe Trans e do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros. Sugestões de links da Letícia – Documentários: Disclosure (https://www.netflix.com/title/81284247), Laerte-se (https://www.netflix.com/title/80142223) e A vida e a morte de Marsha P. Johnson (https://www.netflix.com/title/80189623); série: Pose (https://www.netflix.com/title/80241986); Filme: Alice Júnior (https://www.netflix.com/title/81196768); e perfis do Instagram: @profaleticia_, @meggrayaragomesde, @thiffanyodara, @jovannacardoso, @afrotrasncendente, @tdetravesti, @instadajaqueline, @acarolinaiara, @hilton_erika, @gabrielaloran, @ericamalunguinho, @venturaprofana e @neoncunha. *Trilha: Ventura Profana e Podeserdesligado, “Resplandescente”; e Urias, “Andar em paz” (Alice Caymmi e Lan Lanh).
5/27/202156 minutes, 3 seconds
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Cidade livre, 2ª Temporada – #01 – Racismo e mobilidade, com Rafaela Albergaria, Elisa Lucinda e Vilma Reis

Tem série nova no ar. Lançamos agora a segunda temporada da nossa série sobre mobilidade Cidade livre! No primeiro episódio, conversamos com a poetisa, jornalista, escritora, cantora e atriz Elisa Lucinda, com a assistente social Rafaela Albergaria e com a socióloga Vilma Reis. Rafa é uma das organizadoras, com Daniel Santini e Paíque Duques Santarém, do livro que vai inspirar esta temporada, o “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), lançado em abril pela Fundação Rosa Luxemburgo e pela Autonomia Literária. A obra – e também esta série – reúne mais de vinte pesquisadores, artistas, ativistas e gestores públicos – de origens, vivências e lugares dos mais diversos – para analisar o sistema de transportes no Brasil com um olhar especial para a questão do racismo. Neste lançamento, Rafa faz uma apresentação do livro, explica os encadeamentos entre racismo e mobilidade no Brasil e dialoga com Elisa e Vilma, autoras da apresentação e do posfácio do livro, sobre sua experiência e suas análises do transporte público enquanto mulheres negras e ativistas antirracistas. A Rafaela é militante antirracista, abolicionista e feminista negra, mestre pela Escola de Serviço Social da UFRJ e pesquisadora em direitos humanos, política públicas, mobilidade urbana, direito à cidade e racismo institucional. Em 2019 ela lançou o livro “Não foi em vão: mobilidade, desigualdade e segurança nos trens metropolitanos do Rio” (https://naofoiemvao.casafluminense.org.br/), em que registra, ao lado de João Pedro Martins Nunes e Vitor Mihessen, a história de Joana, sua prima-irmã que foi morta em 2017 ao embarcar num trem de subúrbio no Rio de Janeiro.A multiartista Elisa Lucinda é uma das escritoras que mais contribuíram para popularizar a poesia no Brasil. Dentre seus 18 livros, estão “Parem de falar mal da rotina” e “A menina transparente”, que lhe rendeu, em 2002, o prêmio Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infanto e Juvenil. Já o seu romance “Fernando Pessoa: o cavaleiro de nada” foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2015. Suas publicações mais recentes são, “Vozes guardadas”, de 2017, e “O livro do avesso: o pensamento de Edite”, de 2019. Como atriz, Elisa possui dezenas de trabalhos na televisão, no cinema e no teatro, como a novela “Mulheres apaixonadas”, o filme “A causa secreta” e a peça “Parem de falar mal da rotina”, em cartaz desde 2002. Em 2008 ela fundou, em parceria com a atriz Geovana Pires, a instituição Casa Poema, que desenvolve cursos de Poesia Falada. Dentre os projetos realizados está o Versos de liberdade, que ensina a palavra poética a jovens que cumprem medidas socioeducativas, pessoas em vulnerabilidade e pessoas trans.Vilma é socióloga, defensora dos Direitos Humanos, ativista do Movimento de Mulheres Negras e cofundadora da Coletiva Mahin Organização de Mulheres Negras.*Links: Estudo Iser (https://bit.ly/3bIyaUD); Mapa da Desigualdade (https://bit.ly/2Rxpt8Q); Cidade livre #05 – Cleo Manhas e Rafaela Albergaria (https://bit.ly/3yi6UpF). Trilha: Ney Matogrosso, “Tem gente com fome” (João Ricardo e Solano Trindade). Ilustração: Juliana Del Lama.Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.
5/21/20211 hour, 43 minutes, 57 seconds
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#117: Estados de exceção, com Luis Manuel Fonseca Pires

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o juiz e professor de Direito Luis Manuel Fonseca Pires, autor do livro “Estados de exceção: a usurpação da soberania popular” (https://bit.ly/341danW), lançado em março pela Contracorrente. Na obra, ele analisa a profusão de estados de exceção (no plural mesmo) dos últimos anos e seu caráter fantasmagórico, dissimulado e fragmentado. Uma dominação muito mais sofisticada que os regimes de exceção do passado. Falamos sobre o conceito de estados de exceção, a contradição entre a Constituição de 1988 e o ciclo neoliberal das últimas décadas – e a demanda por exceções que daí surgem –, o papel do medo e outros afetos na justificação desses estados, o autoritarismo visto como liberdade, a servidão voluntária do Direito e muito mais! *Trilha: David Bowie, “1984”; e “Big Brother”.
5/20/20211 hour, 8 minutes, 10 seconds
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#116: O ciberativismo na África, com Serge Katembera

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem neste episódio o mestre e doutor em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Serge Katembera. Ele defendeu em fevereiro a tese de doutorado “Mobilização e cidadania: o ciberativismo na África francófona”. Na pesquisa, ele analisa o papel do ativismo digital nos movimentos sociais de diversos países de língua francesa do continente. Conversamos sobre a importância da Primavera Árabe neste ciclo atual de protestos, a longa tradição de mobilizações populares na África durante o século XX, os conceitos de cidadania e as demandas levantadas pelos ativistas, o pan-africanismo e a importância do conceito de raça, a recepção do pan-africanismo no Brasil e a captura do ativismo digital pela extrema direita. *Links: Guilhotina #113 – Cristiano Rodrigues (https://bit.ly/3y1SEBb); artigo na Serrote, disponível apenas para assinantes da revista, “Contra o racismo, a identidade reafirmada” (https://bit.ly/3eA40Vl); artigo sobre creches, “Quais crianças sua branquitude escolhe proteger?” (https://bit.ly/3vWdNuT); e artigo “Infância, raça e ‘paparicação’”, de Fabiana de Oliveira e Anete Abramowicz (https://bit.ly/3eCidkC). *Trilha: Papa Wemba, “Yolele”; e Yvonne Chaka Chaka, “Umqombothi”.
5/13/20211 hour, 5 minutes, 32 seconds
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Especial Todo Mundo É Artista - 100 Anos de Joseph Beuys

Ainda pouco conhecida no Brasil, a produção artística de Joseph Beuys se expressa na forma de desenhos, esculturas, ações, atuação política, educativa e de diversos escritos. Beuys morreu em 1986 e completaria 100 anos no dia 12 de maio. A prática do diálogo, da participação do público e do questionamento sobre as potências e limites da arte são algumas das suas provocadoras contribuições para a produção artística contemporânea. Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem neste episódio especial as artistas visuais e pesquisadoras Regina Johas, doutora e pós-doutora em Artes Visuais, membro do corpo docente do Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; e Dália Rosenthal, docente do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicação e Artes da USP, mestra em História da Arte e doutora em Poéticas Visuais pela Unicamp com a dissertação “O elemento material na obra de Joseph Beuys” e a tese “Do interno no tempo”. Este episódio é uma parceria do Le Monde Diplomatique Brasil com o Goethe-Institut Brasil. Para saber mais sobre Joseph Beuys, visite a página do Goethe-Institut Brasil na internet. As músicas que vocês ouviram nesse episódio são cantadas pelo próprio Beuys (Sonne statt Reagan 1982 e Ja Ja Ja Ne Ne Ne 1968). Link: Artigo Joseph Beuys: o elemento material como agente social, de Dália Rosenthal; Gordura, feltro e mitos; e Moldar a sociedade como uma escultura.
5/11/20211 hour, 3 minutes, 34 seconds
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#115: Quanto custa a proibição das drogas?, com Julita Lemgruber

Quanto o governo gasta em políticas para reprimir o comércio e o consumo de drogas ilícitas no Brasil? E o que poderia ser feito com esses recursos, seja em políticas sociais, seja na própria segurança pública? Convidada desta semana de Bianca Pyl e Luís Brasilino, a socióloga Julita Lemgruber coordena um projeto que procura responder essas perguntas, o “Drogas: quanto custa proibir?” (https://drogasquantocustaproibir.com.br/). Conversamos sobre os resultados do estudo “Um tiro no pé: impactos da proibição das drogas no orçamento do sistema de justiça criminal do Rio de Janeiro e São Paulo”, lançado em março pelo projeto, e sobre os reais objetivos dessa política que, em termos de redução do consumo de substâncias ilegais, é um fracasso retumbante. Julita é coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Cesec) e foi diretora geral do Departamento do Sistema Penitenciário e ouvidora de polícia no estado do Rio de Janeiro. É autora dos livros “Cemitério dos vivos: análise sociológica de uma prisão de mulheres”, “Quem Vigia os Vigias”, em co-autoria com Leonarda Musumeci, e “A dona das chaves”, com Anabela Paiva. *Trilha: Tim Dup (feat Gaël Faye), “Porte du soleil” (Tim Dup, Guillaume Poncelet e Renaud Letang); e Beastie Boys, “Transitions” (Beastie Boys e Money Mark).
5/6/202154 minutes, 19 seconds
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#114: Formação política do agronegócio, com Caio Pompeia

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o antropólogo Caio Pompeia, autor do livro “Formação política do agronegócio” (https://bit.ly/3t4Owww), lançado em fevereiro em parceria da editora Elefante e com O Joio e O Trigo. A obra detalha a trajetória do agribusiness no Brasil, do surgimento do conceito nos Estados Unidos ao governo Bolsonaro, analisando a postura das entidades que representam seus interesses. Conversamos sobre as mudanças provocadas no campo brasileiro por essa visão que opera a agropecuária de forma entrelaçada com a indústria e os serviços, os principais atores políticos do setor, a bancada ruralista, o boom das commodities e os altos e baixos da relação com os governos petistas, os conflitos agrários, a postura durante o golpe de 2016, a adesão ao bolsonarismo e a ascensão da extrema-direita, os impactos da postura antiambiental do atual governo, a campanha “O agro é pop” e as bandeiras do agronegócio para o próximo período. Caio é pesquisador do Programa de Pós-Doutorado em Antropologia Social da USP e doutor pela Unicamp, com período como pesquisador visitante na Universidade Harvard. É membro do Grupo de Estudos sobre Mudanças Sociais, Agronegócio e Políticas Públicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Links: Artigo na Revista Brasileira de Ciências Sociais, “Concertação e poder: o agronegócio como fenômeno político no Brasil” (https://bit.ly/3aP8Z2k); artigo na Horizontes Antropológicos, “‘Agro é tudo’: simulações no aparato de legitimação do agronegócio” (https://bit.ly/3vrnTUg); Guilhotina #108, com Fernanda Perrin (https://bit.ly/330CFFq). *Trilha: Pena Branca e Xavantinho, “Cio da terra” (Chico Buarque e Milton Nascimento); e Ruspo, “Chatuba do Agroboy”.
4/30/20211 hour, 27 minutes, 2 seconds
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Cerrado dos Povos: Saberes e Biodiversidade #02 – Desmatamento e resistências nos territórios

O Cerrado já teve mais da metade das suas matas nativas devastada ao longo do tempo, em razão sobretudo da expansão da fronteira agrícola. O processo de modernização conservadora da agricultura na região, a partir da década de 1960, foi favorecendo essa expansão avassaladora do desmatamento. Mas não se trata de um fenômeno relegado ao passado. Neste segundo episódio da série especial do Guilhotina, feita em parceria com a ActionAid Brasil e a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam Diana Aguiar, assessora política da Campanha; Joice Bonfim, integrante da coordenação da Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais; e Valéria Santos, da Articulação da Comissão Pastoral da Terra do Cerrado. Conversamos sobre o quadro histórico do desmatamento no Cerrado, o desmonte das políticas ambientais e fundiárias no Brasil e o aumento de incêndios criminosos na região. Além disso, Diana, Joice e Valéria também analisam as formas de resistência das comunidades que seguem lutando para manter seus territórios de direito e assegurar a conservação das matas, da biodiversidade e das águas, base fundamental para a reprodução sociocultural de seus modos de vida. Para saber mais sobre os temas abordados neste episódio, acesse https://campanhacerrado.org.br/. TrilhaAbertura e encerramento: African Impression
4/30/20211 hour, 4 minutes, 28 seconds
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#113: Protesto negro e ativismo institucional no Brasil e na Colômbia, com Cristiano Rodrigues

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o cientista político Cristiano Rodrigues, autor do livro “Afro-latinos em movimento: protesto negro e ativismo institucional no Brasil e na Colômbia”, lançado 2020 pela editora Appris. A publicação traz uma análise comparada do movimento negro e da evolução institucional da questão racial no Brasil e na Colômbia. Conversamos sobre a importância dos estudos raciais analisarem países da América Latina e não apenas os Estados Unidos, a discussão sobre a democracia racial e a mestiçagem na Colômbia e no continente como um todo, o papel do movimento negro nas constituintes brasileira (1988) e colombiana (1991), as dificuldades trazidas pela luta armada e mais! Cristiano é doutor em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, professor adjunto do Departamento de Ciência Política e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFMG. Foi pesquisador visitante do Departamento de Sociologia e do Centro de Educação em Gênero e Sexualidade da San Francisco State University e é pesquisador do MARGEM – Grupo de Pesquisa em Democracia e Justiça, e do grupo NEPEM, o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (ambos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFMG) e da Rede de Pesquisas em Feminismos e Política. *Trilha: Elis Regina, “O mestre-sala dos mares” (Aldir Blac e João Bosco), e Nina Simone, “To be young, gifted and black” (Nina Simone e Weldon Irvine).
4/23/20211 hour, 43 seconds
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#112: Os 25 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, com Eric Nepomuceno

No dia 17 de abril completam-se 25 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, ação brutal da Polícia Militar do Pará que assassinou 22 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e deixou dezenas de feridos na rodovia PA-150, no sudeste do Pará. Para relembrar esse episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o jornalista, escritor e tradutor Eric Nepomuceno, autor do livro “O massacre: Eldorado dos Carajás – uma história de impunidade” (https://www.record.com.br/produto/o-massacre/), lançado em 2007 e relançado em 2019 pela editora Record. A obra reconstitui o passo a passo da Polícia Militar naquela quarta-feira a partir da leitura das quase 20 mil páginas que integram os inquéritos que investigaram o caso, visitas aos assentamentos rurais na região de Marabá e de entrevistas com políticos paraenses, jornalistas, promotores e advogados e, claro, sobreviventes. Em pauta, a realidade violenta e o quadro de exclusão social do Pará, a organização dos trabalhadores sem-terra, a marcha que o MST organizava à época até a capital Belém, o dia do massacre e a impunidade que envolve o caso. Eric traduziu para o Brasil alguns dos mais importantes autores de língua espanhola, entre os quais Juan Rulfo, Julio Cortázar, Eduardo Galeano e Gabriel García Márquez. De 1965 a 1986 atuou como jornalista no Jornal da Tarde, na revista Veja e na TV Globo e atualmente é colunista do jornal mexicano La Jornada e do argentino Página 12. É autor de diversos livros, dentre os quais Memórias de um setembro na praça, Quarenta dólares e outras histórias, Hemingway na Espanha, Coisas do mundo, A palavra nunca e Quarta-feira. Recebeu quatro prêmios Jabuti, pela tradução dos livros Doze Contos Peregrinos, As Armas Secretas e Cem anos de Solidão, e pela autoria do livro sobre o Massacre de Eldorado dos Carajás. Áudio de abertura: Maria Abadia Barbosa em entrevista à TV Globo, disponível em https://glo.bo/3dgY9DG. *Trilha: Manos da Baixada de Grosso Calibre, “Eldorado dos Carajás”.
4/15/202145 minutes, 58 seconds
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Guilhotina #111: Colorismo, com Alessandra Devulsky

Neste episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a advogada Alessandra Devulsky, autora de “Colorismo” (https://bit.ly/3fZbp1T), livro lançado em março pela editora Jandaíra e que faz parte da coleção Feminismos plurais. A publicação apresenta o conceito de colorismo e seu papel na construção de hierarquias raciais. Conversamos sobre as origens do colorismo e as imbricações entre colonização, racismo e capitalismo, a competição entre negros de pele clara e escura como ferramenta de dominação, as marcas do colorismo na sociedade atual, os desafios que ele coloca para a organização do movimento antirracista e muito mais. Alessandra é doutora em Direito Econômico e Financeiro pela Faculdade de Direito da USP, mestra em Direito Político, professora na Universidade do Quebec, cofundadora e diretora jurídica do Instituto Luiz Gama e diretora-geral do organismo Corporação de Desenvolvimento Comunitário de Côte-des-Neiges, em Montreal. *Trilha: Emicida, “Principia” (part. Fabiana Cozza, Pastor Henrique Vieira e Pastoras do Rosário); e Criolo, “Esquiva da esgrima”.
4/8/202153 minutes, 30 seconds
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#110: A intervenção dos EUA na Venezuela chavista, com Tiago Santos Salgado

Neste episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o historiador Tiago Santos Salgado, autor do livro “Democracy delivers: a intervenção dos EUA na Venezuela chavista” (https://bit.ly/39pSCbI), lançado em março pela editora Telha. A obra lança mão de documentos oficiais do governo norte-americano, vazados pelo Wikileaks, para investigar se houve ou não interferência de Washington na Venezuela entre 2004 e 2009, durante o governo de Hugo Chávez. Houve, claro. Tiago, contudo, consegue comprovar isso e desvendar seu funcionamento por meio de mensagens produzidas pelo próprio Departamento de Estado e suas embaixadas. Falamos sobre a importância de utilizar o Wikileaks como fonte primária, da conjuntura venezuelana – dos anos pré-Chávez ao mandato de Nicolás Maduro –, da participação norte-americana no golpe de 2002 e da mudança da atuação dos Estados Unidos em direção ao soft power: quais agências da Casa Branca foram mobilizadas? quais organizações/pessoas venezuelanas foram utilizadas? que tipo de treinamento era oferecido? como essas organizações atuavam? Discutimos ainda sobre as possibilidades dessa tática ter sido replicada em outros países e a urgência de um estudo similar sobre o caso brasileiro. Tiago é graduado em História pela Unesp, mestre e doutor em História pela PUC-SP e pesquisador do Centro de Estudos de História da América Latina. *Trilha: Bob Dylan, “The times they are a-changin”; e Manu Chao, “Mr. Bobby”.
4/1/20211 hour, 2 minutes, 55 seconds
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Cerrado dos Povos: Saberes e Biodiversidade #01 – Mulheres

O Cerrado é conhecido como o berço das águas por abrigar diversas nascentes e importantes áreas de recarga hídrica, desempenhando um papel fundamental para as principais bacias hidrográficas brasileiras e sul-americanas. Contudo, apesar da sua importância para o equilíbrio ambiental brasileiro, não recebe a mesma proteção que outros biomas e já teve mais da metade de sua área devastada. Esta série especial de três episódios do Guilhotina, feita em parceria com a ActionAid Brasil e a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, reúne entrevistas com povos e comunidades tradicionais, além de pesquisadoras do bioma. Nesta abertura, Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam Célia Xacriabá, da aldeia Barreiro Preto, ela é a primeira indígena a cursar doutorado na UFMG; Adalgisa Maria De Jesus, que vive em uma comunidade de Fundo e Fecho de Pasto, em Correntina, no Oeste baiano; e Miraci Pereira Silva, agricultora do assentamento Roseli Nunes, em Mirassol D’Oeste, no Mato Grosso. Conversamos sobre as pressões que elas enfrentam em seus territórios, como o uso abusivo dos recursos hídricos por grandes fazendas, contaminação por agrotóxico. Falamos também sobre a sabedoria das mulheres que vivem nesses biomas. Para saber mais sobre os temas abordados neste episódio acesse https://campanhacerrado.org.br/ TrilhaAbertura e encerramento: African Impression
3/29/202143 minutes, 27 seconds
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Guilhotina #109 – Bruna Cristina Jaquetto Pereira

Neste episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a socióloga Bruna Cristina Jaquetto Pereira, autora do livro “Dengos e zangas das mulheres-moringa: vivências afetivo-sexuais de mulheres negras” (https://bit.ly/3rbAmsy), publicado em dezembro de 2020 pela editora da Latin American Studies Association. Por meio de entrevistas e pesquisa bibliográfica, o trabalho analisa os desafios impostos pela sobreposição das dimensões de gênero e raça nas trajetórias afetivo-sexuais das mulheres negras brasileiras. Conversamos sobre como essas opressões articulam-se em termos de estética, sexualidade e moralidade sexual, sobre a “solidão da mulher negra”, relacionamentos inter-raciais e “amor afrocentrado”, o papel da escola e das famílias, colorismo e muito mais. Bruna é professora substituta no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília, mestra e doutora em Sociologia pela UnB, com doutorado-sanduíche com bolsa CAPES/Fulbright na Universidade da Califórnia, Berkeley. Além de “Dengos e zangas das mulheres-moringa”, ela é autora também do livro “Tramas e dramas de gênero e de cor”, sobre violência doméstica contra mulheres negras, publicado em 2016. *Trilha: Leci Brandão, “Só quero te namorar”; e Carmen Costa, “Eu sou a outra” (Ricardo Galeno).
3/25/20211 hour, 1 minute, 45 seconds
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Guilhotina #108 – Fernanda Perrin

Se o governo Dilma sustentava uma política econômica pró-indústria, por que a Fiesp se transformou em ponta de lança do processo de impeachment? A convidada de Bianca Pyl e Luís Brasilino neste episódio, a jornalista e cientista política Fernanda Perrin, concluiu mestrado na USP em 2020 em que procura responder a esta questão. Será que os industriais abandonaram a coalizão desenvolvimentista percebendo o fortalecimento dos setores populares que essas políticas estavam provocando? Ou o conflito distributivo provocado pela crise econômica atraiu a burguesia nacional para o campo da burguesia associada ao capital internacional, de modo a assegurar seus ganhos, ainda que aceitando perdas? Ou foram pura e simplesmente os erros do governo que levaram o setor para a oposição? Finalmente, esse comportamento da Fiesp não seria atenderia apenas ao cálculo político de seu líder, Paulo Skaf? Para começo de conversa, é importante entender um ponto: a burguesia não pode ser analisada como uma coisa só. Nem só como industrial ou financeira, nem como nacional ou associada, nem como grande, média ou pequena. O entrecruzamento dessas dimensões é fundamental. A dissertação de Fernanda, “Ovo do Pato: Uma análise do deslocamento político da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo”, está disponível em: http://bit.ly/3vl1jO1. *Trilha: Vulfpeck, “Funky Duck”; Ennio Morricone, “La classe operaia va in paradiso”.
3/19/202155 minutes, 55 seconds
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Guilhotina #107 – Manuela D'Ávila

Neste episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a jornalista e política Manuela D’Ávila sobre seu novo livro, a coletânea “Sempre foi sobre nós: relatos da violência política de gênero no Brasil” (https://bit.ly/3t7BejA), e sobre a conjuntura política do país. Lançada em março pelo Instituto E Se Fosse Você, a obra traz o relato de quinze mulheres, como Dilma Rousseff, Benedita da Silva, Isa Penna, Tabata Amaral, Maria do Rosário e Sonia Guajajara, sobre as violências vividas em sua trajetória política. Falamos sobre o conceito de violência política de gênero e sobre como ela acompanhou a carreira política de Manuela, sua relação com as fake news e as estratégias de destruição de reputações, o impeachment da presidenta Dilma e o abuso sexual da deputada estadual Isa Penna, o ataque às mulheres como plataforma política da extrema direita, além do governo Bolsonaro, das perspectivas para a esquerda e da anulação das condenações do presidente Lula. Manu é mestra em políticas públicas e fundadora do Instituto E Se Fosse Você, voltado ao combate das fake news e redes de ódio. Filiada ao PCdoB, foi vereadora de Porto Alegre e deputada estadual e federal pelo Rio Grande do Sul e, em 2018, concorreu à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad. Ela tem três livros lançados: “Revolução Laura”, “Por que lutamos? Um livro sobre amor e liberdade” e “E Se Fosse Você? Sobrevivendo às redes de ódio e fake news”. *Trilha: Ana Tijoux, “Antipatriarca”; e Aíla, “Rápido”.Esse episódio faz parte da campanha #OPodcastÉDelas2021
3/11/202138 minutes, 2 seconds
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Guilhotina #106 – Daniel Aldana Cohen

Neste episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o sociólogo Daniel Aldana Cohen, autor, com Kate Aronoff, Alyssa Battistoni e Thea Riofrancos, do livro “Um planeta a conquistar: a urgência de um Green New Deal” (http://bit.ly/2OmX8jr), lançado em fevereiro pela editora Autonomia Literária. A obra é ao mesmo tempo uma introdução ao que é o Green New Deal e um chamado para a urgência da adoção desse projeto de desenvolvimento que combina ambientalismo e superação do neoliberalismo. Conversamos sobre a importância de incorporar o combate às desigualdades sociais e raciais dentro da perspectiva de enfrentamento das mudanças climáticas, quais as medidas necessárias para fazê-lo, quais as consequências da manutenção do ritmo e do padrão atuais de produção, a falsa oposição entre crescimento econômico e proteção da natureza, um balanço dos governos Obama e Trump e as perspectivas para o mandato de Joe Biden e muito mais! Daniel é doutor em Sociologia, professor da University of Pennsylvania e diretor do Socio-Spatial Climate Collaborative. Ele estuda temas como a dimensão política das mudanças climáticas e a interseção entre mudanças climáticas, desigualdades, habitação e movimentos sociais, no Brasil e nos Estados Unidos. *Trilha: Anohni, “4 degrees”; e Lil Nas X, “Old Town Road” (Atticus Matthew Ross, Kiowa Roukema, Michael Trent Reznor e Montero Lamar Hill).
3/4/202159 minutes, 10 seconds
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Guilhotina #105 – Willian Luiz da Conceição

Neste episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o historiador e antropólogo Willian Luiz da Conceição, autor do livro “Branquitude: dilema racial brasileiro” (http://bit.ly/3btvRnx), lançado pela editora Papeis Selvagens em 2020. A obra apresenta a trajetória da “branquitude” na história do pensamento social e racial no Brasil, jogando luz sobre um tema quase inexistente na academia brasileira já que o branco raramente é racializado. Conversamos sobre a origem e os significados do termo, a ideia de superioridade do branco como produto da colonização, a persistência desse pensamento nos dias de hoje, o racismo enquanto construção histórica, o pacto narcísico da branquitude e muito mais! William é historiador pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente, faz doutorando em Antropologia Social no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisa identidade nacional, racismos e relações raciais/branquitude no Brasil. *Trilha: Elza Soares, “A carne” (Marcelo Yuka, Seu Jorge e Ulisses Cappelette); e Racionais MC’s, “Negro drama”.
2/25/20211 hour, 6 minutes, 21 seconds
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Guilhotina #104 – Mauricio Fiore

Neste episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o antropólogo Mauricio Fiore, autor do livro “Substância, sujeitos, eventos: uma autoetnografia sobre uso de drogas” (https://bit.ly/3jZTXtQ), lançado em 2020 pela Editora Telha. A obra investiga os efeitos do consumo de drogas a partir de pesquisa com grupos de amigos próximos do autor e de suas próprias experiências pessoais. Falamos sobre a onipresença do álcool, o “aprender a ficar chapado” com a maconha, a noia do crack e da cocaína, as experiências transformadoras com LSD, as relações com a dependência, as repercussões da proibição e os resultados de algumas experiências internacionais de descriminalização da maconha. Mauricio é bacharel em Ciências Sociais, mestre em Antropologia pela USP e doutor em Ciências Sociais pela Unicamp. É pesquisador do Cebrap e há mais de duas décadas pesquisa a questão do uso e de políticas de drogas, tendo sido editor da primeira revista científica dedicada ao tema no Brasil, a Platô: drogas e políticas. *Links: Gilberto Velho, “Nobres e anjos: um estudo de tóxicos e hierarquia (http://bit.ly/3s6Qxs2); Taniele Rui, “Nas tramas do crack: etnografia da abjeção” (http://bit.ly/2Zt13xB). *Trilha: Chico Science, “Salustiano Song” (Chico Sciece e Lucio Maia); Lou Reed, “This magic moment” (Doc Pomus e Mort Shuman).Trilha Abertura: Chico Science, "Salustiano Song" Encerramento: Lou Reed, "This magic moment"Trilha
2/18/20211 hour, 16 minutes, 18 seconds
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Guilhotina #103 – Pedro Rossi

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o economista Pedro Rossi para falar sobre seu novo livro “Economia pós-pandemia: desmontando os mitos da austeridade fiscal e construindo um novo paradigma econômico” (http://bit.ly/3pal0ns), organizado com Esther Dweck e Ana Luiza Matos de Oliveira e lançado em novembro pela Autonomia Literária. A obra escancara a irracionalidade da política de austeridade fiscal iniciada em 2015 e elevada à máxima potência a partir da emenda constitucional do Teto de Gastos, aprovada no ano seguinte. Conversamos sobre os principais mitos da política fiscal (especialmente aquele do “Estado dona de casa”), sobre a ineficácia do corte de gastos para promover recuperação econômica, sobre os efeitos do Teto de Gastos na economia brasileira e em diversos setores da sociedade (educação, saúde, mas também gênero, racismo...), sobre alternativas à austeridade e muito mais! Pedro é professor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica. Formado em economia na UFRJ, com mestrado e doutorado na Unicamp, foi diretor da Sociedade Brasileira de Economia Política e do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica, pesquisador visitante da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento da ONU e professor visitante da Fundan University, em Shanghai. *Links: Coalizão Direitos Valem Mais (https://direitosvalemmais.org.br/). *Trilha: Emicida e Gilberto Gil, “É tudo pra ontem” (Emicida, Felipe Vassão e Thiago Jamelão); e Gilberto Gil, “Ê, povo, ê.
2/11/20211 hour, 8 minutes, 35 seconds
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Guilhotina #102 – Juliana Farias

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a antropóloga Juliana Farias sobre seu novo livro, “Governo de mortes: uma etnografia da gestão de populações de favelas no Rio de Janeiro” (http://bit.ly/3tp6USo), lançado no final de 2020 pela editora Papéis Selvagens. A obra investiga a atuação do Estado brasileiro nas comunidades pobres fluminenses e revela que a produção de mortes, longe de ser uma exceção ou um desvio desde ou daquele agente, é um resultado desejado, é um dos objetivos da atual política de segurança pública. Falamos sobre a pesquisa, as consequências desse modelo, a violência policial e os autos de resistência, a luta dos familiares das vítimas e muito mais. Juliana é graduada e tem mestrado em Ciências Sociais pela UERJ e doutora em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ. Atualmente realiza pós-doutorado no Núcleo de Estudos de Gênero Pagu/Unicamp. Ela é co-roteirista, com Natasha Neri, do documentário “Auto de resistência” (2018), dirigido por Natasha e Lula Carvalho. *Links: artigo de Juliana e Adriana Viana, A guerra das mães: dor e política em situações de violência institucional (http://bit.ly/3cF3Dbt). *Trilha: Família Kponne, Us Neguin Q ñ C Kala e Mais Preto, “Lágrimas de Sangue”; e Rachel Barros (interpretação da Banda Som de Preta), “Chama Negra”.
2/4/20211 hour, 8 minutes, 55 seconds
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Guilhotina #101 – Luisa Duarte e Victor Gorgulho

Neste primeiro episódio gravado em 2021, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem os curadores independentes Luísa Duarte e Victor Gorgulho. Eles são organizadores da coletânea “No tremor do mundo: ensaios e entrevistas à luz da pandemia” (http://bit.ly/2Ma8syt), lançada pela editora Cobogó em novembro de 2020. A obra reúne artigos e entrevistas de pensadores e ativistas como Sidarta Ribeiro, Ailton Krenak, Heloisa Starling e Silvio Almeida para elaborar sobre as reverberações da pandemia. Conversamos sobre as tendências destacadas e aceleradas pela crise atual, as possibilidades de transformação colocadas por este novo cenário e os impactos da pandemia no mundo das artes. Luísa é curadora independente, escritora e pesquisadora, mestre em Filosofia pela PUC São Paulo e doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Uerj. Foi crítica de arte do jornal O Globo e fez parte da equipe curatorial de diversas exposições no Brasil, entre elas o programa Rumos Artes Visuais, exposição coletiva Quarta-feira de Cinzas, da exposição Adriana Varejão – Por uma Retórica Canibal e da exposição Tunga – o rigor da distração. Já Victor é graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ e mestrando em Literatura e Cultura e Contemporaneidade pela PUC-RJ. É curador independente, jornalista e pesquisador e também foi curador de diversas exposições, como Vivemos na Melhor Cidade da América do Sul; Eu Sempre Sonhei com um Incêndio no Museu – Laura Lima & Luiz Roque, entre outras. Desde 2019 é o curador do MIRA, programa de exibição de filmes da ArtRio. *Links: indicação da Luísa: https://galeriajaquelinemartins.com.br/exposicao/quevaoquevem; indicação do Victor: https://ims.com.br/convida/. *Trilha: Paulinho Nogueira, “Ideias erradas”; e Cory Wong, “Perfect stone for skipping”.
1/27/20211 hour, 9 minutes, 17 seconds
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Guilhotina #100 – Torkjell Leira

Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o geógrafo Torkjell Leira, autor do livro “A luta pela floresta”, lançado em 2020 pela editora Rua do Sabão (https://bit.ly/3mFuZ2V). A obra analisa os investimentos da Noruega, seu país de origem, no Brasil. A relação entre os dois países ganhou os holofotes em 2019 quando, provocada por atitudes e declarações do governo Bolsonaro, a nação escandinava decidiu suspender o repasse de recursos para o Fundo Amazônia. Torkjell destaca que o objetivo da obra não é municiar quem ataca as tentativas da Noruega de contribuir para a preservação do meio ambiente brasileiro, mas apresentar a complexidade da relação, que ele define como ambígua. Nos últimos anos as transnacionais norueguesas destinaram cinco vezes mais recursos para atividades predatórias do que o montante reservado para o Fundo Amazônia. Torkjell é geógrafo, capoeirista, escritor e palestrante. Durante vários anos, estudou e trabalhou na Amazônia, inclusive à frente de projetos patrocinados pelo governo norueguês, pela Universidade de Oslo e pela mineradora norueguesa Hydro. É fundador do website brasileira.no e publicou seu primeiro livro sobre o Brasil em 2014. Hoje é responsável por exposições e eventos na recém-inaugurada Klimahuset – Casa do Clima, um projeto da Universidade de Oslo no Jardim Botânico da capital nogueguesa. *Trilha: Police, “King of pain” (Sting)
1/7/20211 hour, 12 minutes, 3 seconds
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Guilhotina #99 – Luana Malheiro

12/30/20201 hour, 20 minutes, 55 seconds
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Guilhotina #98 – Rene Silva

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o comunicador e ativista Rene Silva. Fundador do jornal Voz das Comunidades, em 2010, ele ficou conhecido por cobrir a ocupação do Complexo do Alemão pela UPP, através do Twitter, e foi considerado um dos negros mais influentes do mundo pela organização “Most Influential People of African Descent”, de Nova York. Ele fala sobre sua trajetória no livro “Rene Silva, ativismo digital e ação comunitária” (http://bit.ly/3h2CYWc), organizado por Marcus Faustini e que é parte da coleção Cabeças da periferia, lançada este ano pela editora Cobogó. Conversamos sobre a criação do Voz das Comunidades e a importância da produção de informação por parte dos habitantes da periferia, a cobertura que a mídia tradicional faz das operações policiais nas favelas e o impacto que a atuação do Voz das Comunidades teve, a explosão da violência de Estado nos últimos anos e os impactos da pandemia nas comunidades do Rio de Janeiro. *Trilha: Meu Mundo É Hoje (eu Sou Assim) – Tereza Cristina; Principia (part. Fabiana Cozza, Pastor Henrique Vieira e Pastoras do Rosário) - Emicida
12/23/202046 minutes, 14 seconds
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Observatório de Educação: Ensino Médio e Gestão – Desigualdade

12/21/20201 hour, 7 minutes, 27 seconds
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Guilhotina #97 – José Paulo Netto

O convidado deste episódio passou 18 meses escrevendo e os últimos 60 anos pesquisando para escrever sua última obra, “Karl Marx: uma biografia” (http://bit.ly/3oRmsLE), livro de 816 páginas lançado pela Boitempo em dezembro. Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o professor José Paulo Netto para uma viagem de mais de 2 horas ao século XIX e às raízes do comunismo e do capitalismo. Zé Paulo é professor titular da Escola de Serviço Social da UFRJ, professor emérito da instituição e professor da Escola Nacional Florestan Fernandes. Tem graduação em Serviço Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora e doutorado pela PUC-SP, e é doutor honoris causa pela Universidad Nacional do Centro da Província de Buenos Aires e pela Universidade Lusíada de Lisboa. Conversamos sobre como o desenrolar da história influenciou a obra de Marx: os primeiros anos na Alemanha feudal das décadas de 1820 e 1830, a ida a Paris e a sua inflexão comunista, a simbiose com Friedrich Engels, sua relação com o proletariado da época, a Revolução de 1848 e a Primavera dos Povos, a redação de suas principais obras, a Comuna de Paris, a vida privada da família Marx, os diferentes modos como as elites o encaravam em vida e a importância da biografia para a atualidade da sua obra. *Trilha: Dolly Parton, “9 to 5”; e Milton Nascimento e Beto Guedes, “Nada será como antes” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos).
12/18/20202 hours, 16 minutes, 15 seconds
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Cidade livre #10 – Clarisse Linke e Jessica Lima

O futuro dos transportes
12/17/20201 hour, 7 minutes, 31 seconds
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Observatório de Educação: Ensino Médio e Gestão – Orçamento

Neste episódio especial, que conta com o patrocínio do Instituto Unibanco, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam sobre o orçamento da educação com Nalu Farenzena e Rita Jobim. Nalu é doutora em Educação, professora titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e presidenta da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação. E Rita, formada em Produção Editorial pela UFRJ e em Letras pela PUC-Rio, com mestrado em Literatura Brasileira, é coordenadora de Políticas do Ensino Médio do Instituto Unibanco, foi gerente de projetos na ONG Recode, diretora de formação no Ensina Brasil e assessora especial de planejamento e gestão na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, onde era responsável por um programa de Ensino Médio integral. Na pauta, o funcionamento do orçamento da educação no Brasil, o gasto por aluno, a comparação internacional, os desafios da gestão, os impactos da emenda do teto de gastos, o novo Fundeb e a meta, cada vez mais distante, de investir 10% do PIB em educação até 2024. *Links: Observatório de Educação: Ensino Médio e Gestão https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/; “Impacto Fiscal da Covid-19 na Educação Básica” webnário https://bit.ly/3qIxODv e relatório https://bit.ly/2IE3Hf4. *Trilha: Shallow – Tang Jia
12/15/20201 hour, 7 minutes, 32 seconds
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Impactos da pandemia nos povos do Cerrado e na biodiversidade

Episódio especial do Guilhotina com a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado e a ActionAid Brasil discute os impactos da pandemia nos povos do Cerrado e na biodiversidade. Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem Maria do Socorro Teixeira, Helena Lopes e Maurício Correia. Quebradeira de coco babaçu e agricultora familiar da região do Bico do Papagaio, em Tocantins, Socorro é presidenta da Rede Cerrado e da Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio e integra o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu. Helena é especialista em agroecologia e justiça climática da ActionAid e doutoranda no Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. E Maurício é advogado popular, membro da coordenação da Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR) na Bahia e especialista em Direitos Sociais do Campo pela Universidade Federal de Goiás. Falamos sobre o livro “Saberes dos povos do Cerrado e biodiversidade” (campanhacerrado.org.br/saberespovoscerrado), publicado pela Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, e outras pautas importantes para os povos e comunidades tradicionais desse bioma. Em pauta, a importância do Cerrado no equilíbrio ambiental de todo o Brasil, as pressões exercidas pelo agronegócio na região, os impactos da pandemia e muito mais! *Links: Especial Diplo Brasil (https://diplomatique.org.br/especial/os-saberes-dos-povos-do-cerrado-e-a-biodiversidade/); artigo Maurício sobre estudo da AATR: https://diplomatique.org.br/grilagem-e-desmatamento-no-cerrado-um-olhar-sobre-a-regiao-matopiba/. Trilha: Abertura: XOTE DAS QUEBRADEIRAS DE COCO - letra e música: João Abelha; Interpretação: Quebradeiras de Coco Babaçu/MIQCB.Encerramento: VALE DO JUCÁ - Metá Metá, letra de Sergio Roberto Veloso de Oliveira. https://www.youtube.com/watch?v=XjFqxMTObdQ
12/15/20201 hour, 35 minutes, 27 seconds
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Guilhotina #96 – Preta Ferreira

Em 24 de junho de 2019, a cantora, compositora e atriz Preta Ferreira, uma das lideranças do movimento de moradia de São Paulo, foi presa, junto com outros treze militantes, em um processo que os ligava ao desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandú, em 1º de maio de 2018. Baseada […]
12/11/202048 minutes, 52 seconds
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Cidade livre #09 – José Jairo Varoli e Márcia Sandoval Gregori

Os significados e horizontes da tarifa zero são tema deste penúltimo episódio da série especial Cidade livre, parceria do Guilhotina com a Fundação Rosa Luxemburgo (FRL). Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o economista José Jairo Varoli, que na gestão de Luiza Erundina na Prefeitura de São Paulo foi diretor de gestão da Companhia Municipal […]
12/9/202055 minutes, 37 seconds
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Guilhotina #95 – Graça Druck e Luiz Filgueiras

O Brasil nas trevas: do golpe neoliberal ao neofascismo
12/4/20201 hour, 31 minutes
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Cidade livre #08 – Ana Carolina Nunes e Rafael Calabria

Retrocessos à vista nos transportes
12/3/20201 hour, 2 minutes, 8 seconds
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Guilhotina #94 – João Peres e Victor Matioli

Como os grandes supermercados exploram trabalhadores, fornecedores e a sociedade
11/27/20201 hour, 43 minutes, 43 seconds
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Cidade livre #07 – Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho e Kelly Fernandes

Para debater possibilidades de financiamento de uma política de passe livre nos transportes, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o engenheiro Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, do Instituto de Pesquisa Ecômica Aplicada (Ipea), e com a arquiteta e urbanista Kelly Fernandes, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). Eles são os convidados do sétimo episódio da série especial Cidade livre, uma parceria do Guilhotina com […]
11/25/20201 hour, 6 minutes, 13 seconds
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Guilhotina #93 – Marco José de Oliveira Duarte e Thais Felipe Silva dos Santos

População LGBTI+, vulnerabilidades e pandemia da covid-19
11/20/20201 hour, 21 minutes, 14 seconds
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Cidade livre #06 – Galo e Ludmila Costhek Abílio

Uberização.
11/18/20201 hour, 14 minutes, 25 seconds
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Guilhotina #92 – Gabriel Landi

Raça, classe e revolução: a luta pelo poder popular nos EUA
11/13/20201 hour, 12 minutes, 8 seconds
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Cidade livre #05 – Cleo Manhas e Rafaela Albergaria

Articulação política e participação social nos transportes
11/11/20201 hour, 9 minutes, 41 seconds
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Guilhotina #92 – Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto

Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem os historiadores Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto, professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e coordenadores, respectivamente, da rede de pesquisa Direitas, História e Memória e do Observatório da Extrema Direita da UFJF. Eles lançaram este ano pela FGV Editora o livro “O fascismo em […]
11/6/20201 hour, 35 minutes, 14 seconds
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Cidade livre #04 – Jô Pereira e Letícia Birchal

O colapso das cidades baseadas em transporte privado
11/4/20201 hour, 10 minutes, 54 seconds
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Guilhotina #90 – Selma dos Santos Dealdina e Vercilene Francisco Dias

Mulheres quilombolas: territórios de existências negras femininas
10/30/20201 hour, 8 minutes, 40 seconds
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Periferias de São Paulo #03 – Luiz Paulo Ferreira Santiago e Artur Santoro

Série especial de três episódios analisa as mudanças que ocorreram nas periferias de São Paulo nas últimas décadas
10/28/202056 minutes, 56 seconds
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Cidade livre #03 – Daniel Santini e Washington Quaquá

Experiências concretas de tarifa zero: de Talim a Maricá
10/27/20201 hour, 10 minutes
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Guilhotina #89 – Luiz Eduardo Soares

Dentro da noite feroz: o fascismo no Brasil
10/22/20201 hour, 7 minutes, 38 seconds
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Periferias de São Paulo #02 – Mayara Amaral e Renata Adriana de Sousa

Série especial do Guilhotina, feita em parceria com a Fundação Tide Setubal, reúne as autoras e autores da pesquisa “Periferias de São Paulo: heterogeneidade e novas formas de vida coletiva”. Neste segundo episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam a socióloga Mayara Amaral, pesquisadora do Projeto Observatório de Direitos Humanos em Escolas do Núcleo de […]
10/21/20201 hour, 4 minutes, 34 seconds
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Cidade livre #02 – Lucio Gregori e Luiza Erundina

A experiência de São Paulo com a tarifa zero
10/20/20201 hour, 15 minutes, 5 seconds
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Guilhotina #88 – Marcos Nobre

A guerra de Bolsonaro contra a democracia
10/15/20201 hour, 13 minutes, 29 seconds
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Periferias de São Paulo #01 – Kátia Ramalho Gomes e Teresa Caldeira

Série especial de três episódios analisa as mudanças que ocorreram nas periferias de SãoPaulo nas últimas décadas
10/14/202047 minutes, 18 seconds
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Cidade livre #01 Chico Whitaker e Gabriella Dantas

Passe livre e a mobilidade como um direito
10/13/20201 hour, 11 minutes, 11 seconds
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Guilhotina #87 Bruno Paes Manso

Entrevista com o autor do livro "A república das milícias: dos esquadrões da morte à era Bolsonaro"
10/9/20201 hour, 3 minutes, 42 seconds
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Guilhotina #86 – Carla Borges e Tatiana Merlino

Heroínas desta história: mulheres em busca de justiça por familiares mortos pela ditadura
9/30/20201 hour, 21 minutes, 57 seconds
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Guilhotina #84 – Sidnei Nogueira

Intolerância religiosa
9/18/20201 hour, 16 minutes, 51 seconds
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Guilhotina #83 – Flávia Biroli

Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a cientista política Flávia Biroli, autora, com Maria das Dores Campos Machado e Juan Marco Vaggione, do livro “Gênero, neoconservadorismo e democracia: disputas e retrocessos na América Latina” (boitempoeditorial.com.br/diplomatiquebr), lançado este mês pela Boitempo. Fruto de uma investigação transnacional realizada no decorrer de 2018 e 2019, a obra […]
9/11/20201 hour, 24 minutes, 57 seconds
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Guilhotina #82 – Beatriz Pedreira

Mulheres na política
9/4/20201 hour, 36 minutes, 56 seconds
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Guilhotina #81 – Juliano Giassi Goularti

Política fiscal e desoneração tributária no Brasil
8/28/20201 hour, 11 minutes, 4 seconds
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Guilhotina #80 – Allan Rodrigo de Campos Silva

O agronegócio está profundamente relacionado com o surgimento do novo coronavírus e de diversas outras epidemias. Essa associação é demonstrada em detalhes no livro do epidemiologista evolutivo Rob Wallace, “Pandemia e agronegócio: doenças infecciosas, capitalismo e ciência” (https://bit.ly/3iXaUDB), lançado este mês pelas editoras Elefante e Igra Kniga. Neste episódio, Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam […]
8/21/20201 hour, 9 minutes, 35 seconds
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#79 – Aparecida Vilaça

Morte na floresta: indígenas e pandemia
8/14/20201 hour, 12 minutes, 20 seconds
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Guilhotina #78 – Charles Trocate

Quando vier o silêncio: o problema mineral brasileiro
8/7/20201 hour, 30 minutes, 2 seconds
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Guilhotina #77 – João Cezar de Castro Rocha

Guerra cultural bolsonarista e a retórica do ódio
7/31/20202 hours, 4 minutes, 18 seconds
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Guilhotina #76 – Roberto Leher

Autoritarismo contra a universidade
7/24/20201 hour, 46 minutes, 39 seconds
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Guilhotina #75 – Marcelo da Silveira Campos

A lei de drogas no Brasil
7/17/20201 hour, 26 minutes, 35 seconds
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Guilhotina #74 – Najara Lima Costa

Quem é negra ou negro no Brasil?
7/12/20201 hour, 3 minutes, 36 seconds
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Guilhotina #73 – Helena Martins

Comunicações em tempos de crise
7/3/20201 hour, 13 minutes, 34 seconds
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Guilhotina #72 – Natália Lago

Tensões, relações e movimentos de familiares nos arredores da prisão
6/25/20201 hour, 44 minutes, 27 seconds
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Guilhotina #71 – Raquel Barreto

Partido Panteras Negras
6/19/202059 minutes, 2 seconds
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Guilhotina #70 – Winnie Bueno

Imagens de controle e o pensamento de Patricia Hill Collins
6/12/20201 hour, 23 minutes, 3 seconds
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Guilhotina #69 – Alysson Leandro Mascaro

Crise e pandemia
5/28/20201 hour, 3 minutes, 20 seconds
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Guilhotina #68 – Boaventura de Sousa Santos

A cruel pedagogia do vírus
5/8/20201 hour, 1 minute, 28 seconds
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Guilhotina #67 – Douglas Belchior

O enfrentamento ao coronavírus nas periferias
4/15/202045 minutes, 49 seconds
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Guilhotina #66 – Mariana Vieira Galuch

Do assentamento ao agronegócio: uma etnografia das migrações, políticas e dinâmicasterritoriais em Apuí (Amazonas)
3/31/20201 hour, 4 minutes, 53 seconds
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Guilhotina #65 – Lidiane Soares Rodrigues

A revolução conservadora dos colunistas de direita.
3/19/202058 minutes, 21 seconds
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Guilhotina #64 – Eliete Barbosa

Negras lideranças
3/12/202057 minutes, 35 seconds
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Guilhotina #63 – Maria Rita Kehl

Bovarismo brasileiro e Ressentimento
3/5/20201 hour, 2 minutes, 38 seconds
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Guilhotina #62 – Juliano Medeiros

A nova esquerda na América Latina: movimentos sociais e crise do progressismo
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Guilhotina #61 – Deivison Nkosi

Frantz Fanon – um revolucionário, particularmente negro
2/20/20201 hour, 9 minutes, 14 seconds
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Guilhotina #60 – Leonardo Sakamoto

O trabalho escravo contemporâneo
2/13/202056 minutes, 6 seconds
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Guilhotina #59 – Daniel Hirata

Violência de Estado: operações policiais no Rio de Janeiro
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Guilhotina #58 – Marina Yukawa

Sorrisos amarelos: história de jovens mulheres orientais no Brasil.
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Guilhotina #57 – Rodolfo Vianna

A cobertura da reforma da Previdência na mídia tradicional
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Guilhotina #56 – Ricardo Abramovay

Amazônia, por uma economia do conhecimento da natureza
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Guilhotina #55 – Patrícia Maeda

Contrato de trabalho intermitente e precarização
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Guilhotina #54 – Helena Silvestre

Notas sobre a fome
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Guilhotina #53 – Larissa Pelúcio e Richard Miskolci

Tinder, happn e Adote um Cara: o amor em tempos de aplicativos
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Guilhotina #52 – Raquel Rolnik

A financeirização da terra e da moradia no Brasil e no mundo
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Guilhotina #51 – Daniel Santini

Passe livre: as possibilidades da tarifa zero contra a distopia da uberização
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Guilhotina #50 – Armando Boito

Os conflitos de classe nos governos Lula e Dilma
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Guilhotina #49 – Álvaro Borba e Ana Lesnovski (Meteoro Brasil)

Tudo o que você precisou desaprender para virar um idiota
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Guilhotina #48 – Daniela Fernandes Alarcon e Glicéria Tupinambá

O retorno da terra: as retomadas na aldeia tupinambá da Serra do Padeiro
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Guilhotina #47 – Gabriel Feltran

Uma história do PCC
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Guilhotina #46 – Paulo Nogueira Batista Jr.

A vida de um economista brasileiro no FMI e no Banco dos Brics
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Guilhotina #45 – Natalia Timerman

Histórias de um hospital-prisão e mais
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Guilhotina #44 – Edson Teles

O abismo na história
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Guilhotina #43 – Natália Neris

A voz e a palavra do Movimento Negro na Constituinte de 1988
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Guilhotina #42 – Gabriel Ferreira Zacarias

No espelho do terror: jihad e espetáculo
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Guilhotina #41 – Weber Lopes Goés

Racismo e eugenia no pensamento conservador brasileiro
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Guilhotina #40 – Suely Rolnik

Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada
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Guilhotina #39 – Eduardo Reina

As histórias dos bebês sequestrados pela ditadura militar no Brasil
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Guilhotina #38 – Maíra Marcondes Moreira

O feminismo é feminino?
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Um perfil de Paulo Freire: o educador
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Guilhotina #36 – Joana Barros e Gustavo Prieto

Sertão, sertões: Canudos e a barbárie no campo
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Guilhotina #35 – Natasha Neri

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Guilhotina #34 – Fabio Luis Barbosa dos Santos

A onda progressista sul-americana (1998-2016)
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Guilhotina #33 – Carlos Rittl

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Reforma da Previdência: o debate desonesto
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Guilhotina #31 – Bianca Santana

Vozes insurgentes de mulheres negras
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Guilhotina #30 – José Paulo Guedes Pinto

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Guilhotina #29 Sávio Cavalcante

Meritocracia, corrupção e classe média
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Guilhotina #28 – Katia Maia

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Os direitos LGBT sob governo Bolsonaro
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Bolsonaro, o ultraliberalismo e a crise do capital
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Sintomas mórbidos: a encruzilhada da esquerda brasileira
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Guilhotina #23 – Ana Paula Corti e Fernando Cássio

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Guilhotina #21 – Grazielle Albuquerque

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Guilhotina #19 – Vinicius Valle

A atuação política de uma Assembleia de Deus e seus fiéis
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Guilhotina #18 – Julián Fuks

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Tempos de dizer, tempos de escutar: testemunhos de mulheres no Brasil e na Argentina
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Guilhotina #16 – Eliza Capai

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Dia Internacional das Mulheres
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Guilhotina #11 – Henrique Carneiro

Drogas: a história do proibicionismo
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Guilhotina #10 – Thiago B. Mendonça

Jovens infelizes ou um homem que grita não é um urso que dança
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Guilhotina #09 – Marcia Tiburi

Papo com a filósofa Marcia Tiburi sobre seus dois últimos livros.
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Guilhotina #08 – Rogério de Campos

Super-Homem e o romantismo de aço
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Guilhotina #07 – Fábio Mallart

A rota das prisões brasileiras
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Guilhotina #06 – Ladislau Dowbor

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Guilhotina #05 – Rosana Pinheiro-Machado

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Guilhotina #04 – Luciana Zaffalon

A política da Justiça: blindar as elites, criminalizar os pobres
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Guilhotina #03 – Jessé Souza

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Guilhotina #02 – Henrique Costa

Entre o lulismo e o ceticismo
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Guilhotina #01 – Esther Solano

O podcast de estreia do Le Monde Diplomatique Brasil
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