Carminho representa o que de melhor temos em Portugal e toda a gente sabe, de Chico Buarque a Taylor Swift, passando pelo Papa Francisco. Nesta conversa falámos do filho de três anos, da desigualdade de género no mundo do fado, do filme "Poor Things" e da fé como pilar base de uma vida cheia de trabalho e sorte.

Nasceu no Brasil e cresceu em Ferreira do Alentejo. Primeiro veio o rap e só depois a dança. Foi a primeira mulher como membro oficial dos Buraka Som Sistema. Coleciona tatuadores e é incapaz de dizer não a quem lhe pede ajuda.Tem dois filhos e há quem diga que é a "rainha do funk" em Portugal.

Falar de Rita Pires é falar de Bodyboard. E vice-versa. Onze vezes campeão nacional só deixou a competição este ano, quando estava no topo do ranking actual. Formada em arquitetura, nunca parou de estudar e está agora a terminar o curso de Neurociência. Viveu em Bali e, apesar de adorar a rotina, nunca para quieta.

Foi com a música que a escritora mais lida do Brasil se apaixonou pelas palavras. Rita Lee, Chico Buarque, Caetano Veloso. Nesta conversa, Carla Madeira, falou-no da infãncia, do livro que vai virar série, do estrondoso sucesso e das críticas à sua primeira obra, "TUDO É RIO".

19 livros publicados e um Prémio Saramago depois, o João sabe que quando não escreve a sua cabeça não é lá muito saudável. Crescer com um pai famoso foi sempre um ponto de nervos mas "só o fim do mundo é que é o fim do mundo". Tudo o Resto inclui uma irmã gémea, um coro clássico e o guionismo da série portuguesa com maior sucesso internacional de sempre, Rabo de Peixe.

É a primeira vez que a Seleção Feminina de Futebol vai ao Mundial e a Jéssica carrega o número 10 nas costas dessa equipa . Também carrega a ambição e a coragem que lhe permitiram tornar-se jogadora profissional e ultrapassar lesões graves. A história da Jéssica inclui laranjas verdes a fazer de esférico, Deus, música alternativa, livros e a certeza de que na hora de rematar, futebol é futebol, sem género.

A Inês é do bem. Das que agrega, das que dançam, das que conversa. De preferência com tinto na mão e Rádio no ouvido. Não é ambiciosa, não compra guerras nem se rende ao minimalismo. É mãe da Maria Inês e esposa de Tozé Brito.

"Tenho uma história engraçada com o meu pai...", foi a frase mais proferida nesta entrevista. Do pai herdou o nome e o gosto pelo jornalismo e pelo desporto. Sabe nomes e números de cor, extravasa o conhecimento nas crónicas, nos livros e a reviver o passado com os amigos.Dizem que é uma pessoa rara porque, apesar de ser ótimo a contar o que se passou, vive no presente.

Veste-se de personalidade, cozinha por intuição e consagra-se em palco. A Joana é um mix original e intemporal sempre aberta a fazer tudo o que ainda não fez. Segue livre desde que saiu da sua aldeia, Santiago do Escoural, para estudar teatro e mais tarde crítica de cinema e música pop. Nesta convera emocionou-se porque “o teatro abre portas e deixa refletir e emana coisas que não apanhas noutro sítio”. É arte, não é entretenimento. Tudo o resto é uma história de amor e foco no meio do marido e dos dois filhos e da maior arte de todas: ser feliz todos os dias.

Dispensa o título de rainha dos reality shows porque a sua carreira é muito mais do que isso. Produtora dos maiores formatos de sucesso televisivo em Portugal, comunicadora nata, mulher que olha sempre em frente e sempre sem medo.

Ao telefone, por causa da voz “de peito”, achavam sempre que era um homem… e a verdade é que cresceu rodeada deles. Irmão gémeo incluído. Hoje lá em casa também é mãe de três rapazes, frutos de uma história de amor longa onde o segredo é a comunicação. Guionista de telenovelas entrou na Rádio pela porta grande: ganhou um casting para ocupar a cadeira da Carla Rocha nas manhãs da RFM. Estávamos em 2009. Nunca se cala especialmente se a conversa meter livros. Mariana Alvim é bookaholic e tem um podcast só sobre o assunto, onde entrevista pessoas ilustres que lhe recomendam o que andam a ler. De caminho ainda nos dá truques para nos tornarmos nos leitores que sempre sonhámos.

Em 2014 o Luís tinha acabado de perder os pais e todo ele era trabalho. Prodígio das imitações, foi deixando as vozes dos outros pelo caminho para usar cada vez mais a sua. Seja na rádio ou no palco, é movido pelo perfecionismo e a auto-crítica constantes. Racionaliza tudo, seja o luto ou as piadas. É um dos humoristas com mais notoriedade do nosso país (“segundo um estudo da marktest”) mas é também: consumista inveterado, pai babado e namorado super apaixonado. É, na verdade, um gosto poder acompanhar o caminho de Luís Franco-Bastos, um homem que não está dependente do talento para ser enorme e que nunca vamos ver a misturar adidas com nike.

A Iryna nasceu na Ucrânia há 31 anos. É lá que está a família e muitos dos seus amigos. Mas a Iryna também é portuguesa e uma jornalista muito aplaudida pelos pares. Este tudo o resto é, no fundo, uma reflexão sobre a guerra, a crise de identidade do jornalismo e os entretantos na vida da Iryna - que incluem comer tomate com açúcar e voltar a correr. Não sabe pronunciar a palavra Alemanha e afiança que a língua ucraniana não é parecida com a russa. Nós acreditamos. E também sabemos o que a Iryna nos conta: a guerra não é só lá longe.

Passou a infância e a adolescência no Algarve, onde foi guia intérprete e começou a fazer teatro amador. Criado por duas mulheres – a mãe e a avó – só conheceu o pai aos 34 anos. E também foi só nos 30’s que começou a praticar hipismo e a participar em concursos de saltos. Adora chapéus de chuva e a sua voz, mas esta última foi um gosto adquirido e treinado porque, segundo nos conta, tinha a voz demasiado aguda. Quem diria?! Com o Diogo, a sorte é a nossa que conseguimos ter acesso a todas as formas de se ser ator. Um dos mais reconhecidos e premiados da sua geração. Neste Tudo o Resto ainda nos fala de como olha para o seu filho Filipe, de 19 anos, e para a nova geração de atores em Portugal.

Aos 27 anos, João Kopke é surfista profissional. Mas também é cantor lírico, contrabaixista, contador de histórias e irrequieto por natureza. Filho de pais brasileiros, sofreu de bullying à conta disso e fala pela primeira vez do assunto. Tudo o Resto passa pela Costa Rica e dá ainda uma voltinha pelos bares de Lisboa onde o João reúne amigos e desconhecidos para viver a música em pleno.

Aprendeu sozinha isto da análise desportiva. Deixou de ser fanática pelo Sporting para ser uma amante de futebol, esse desporto altamente complexo de analisar. Tocou clarinete na banda do Samouco, quer muito escrever um livro mas enquanto isso não acontece vai escrevendo belas cartas de amor. Adora conhecer as pessoas a fundo, quase tanto como adora tirar pelos das sobrancelhas. A Sofia tem plena confiança da sua competência e acredita que isso pode ser determinante para influenciar quem a vê como referência. É ouvir Tudo o Resto para ter a certeza de que isso já está a acontecer.

Se todas as suas competências não fossem apenas medianas, a Inês até gostava de ser médica. Em vez disso vai aproveitando todas as oportunidades que lhe aparecem à frente. Agora, n'As Três da Manhã é aquela que põe “mangueiradas” na fervura a toda a hora. Desaparece das festas sem dizer nada a ninguém mas diz que é boa gente e até tem bons truques para manter os filhos, gémeos, de 7 anos, afastados dos ecrãs. Mantém-se descomprometida até que lhe acenem com coisas novas para fazer. É para ir amanhã não sei para onde? Bora já!

Não se leva a sério mas deixa-se levar por quem a faz rir. Lady Gaga e Joana Marques estão no lote de preferências. Vive numa dor física constante, culpa da fibromialgia, e o seu sonho é ganhar o Euromilhões para nunca mais ter de fazer nada. Nem música. Orgulhosa da sua voz única e do seu caminho com os Gift, está sempre atenta ao que é novo e, neste episódio, dá-nos boas sugestões para ouvir – e para ler! De caminho espalhou gargalhadas e leveza. Além disso, ainda nos conta como é ser mulher de um Fernando e mãe de um Fausto.

Fã incondicional de metal. Viajante profissional. Escritor a tempo inteiro. Nascido e criado no Alto Alentejo, do seu sucesso reconhece que há ali muita sorte. Não chega o trabalho, não chega a vontade. É sorte mesmo. Viaja mais que muitos pilotos e não escreve nenhum livro sem pensar conscientemente em quem o vai ler. Mas ler dá muito trabalho, diz ele, e é por isso que neste mundo que nos engole com tantas e tão rápidas distrações, são poucos os que se dedicam à leitura. Como escreve, o que lê, o que ouve, o que ama, e tudo o resto é para descobrir neste episódio.

Filho de pais hippies, é na mesma base que Tatanka educa os dois filhos. Tenho valores muito ligeirinhos, diz ele. Alma dos Black Mamba, foi como parte integrante da banda de Richie Campbell que começou a trilhar seriamente o seu caminho profissional na música. Só se veste bem para aparecer e não dispensa o whisky seco antes de subir ao palco. Homem do rock, homem da luta, homem artista, casado com uma Joaninha advogada que o levou pela primeira vez a Roterdão. A segunda foi para nos representar na final da Eurovisão. Jurado do Ídolos, tem a certeza que ser artista não se aprende na escola e explica porquê .

A Isaura foi a primeira convidada do Tudo o Resto, em 2018. Na altura, em Portugal vivíamos um espetáculo inédito com a final do Festival da Eurovisão, e era ela quem nos estava a representar. Ficou em último mas é tão redutor dizê-lo de uma música que extrapola qualquer espetáculo de entretenimento. A bióloga molecular que trabalha para uma empresa norte-americana, mudou muito nos últimos 4 anos. Travou uma luta contra o cancro em plena pandemia, recolheu-se mas não parou e vai lançar novo disco. É favor não confundir visibilidade com sucesso, diz ela. Se pudesse criar uma lei seria algo que limitasse o número de caracteres que podemos usar nos comentários online. Tudo o resto é para ouvir neste episódio.