Histórias reais, de gente como a gente, para você ouvir e se inspirar enquanto da uma geral na sua cozinha. Um podcast do ter.a.pia!
Eu adotei uma criança anencéfala abandonada no hospital
Dabienne não pensava em se tornar mãe novamente, mas conhecer João, uma criança anencéfala abandonada no hospital em que ela trabalhava, a fez rever todos seus planos.
Dabienne trabalhava como técnica de enfermagem na Santa Casa de Belo Horizonte e foi chamada para buscar um recém-nascido abandonado no berçário para uma cirurgia.
Quando chegou ao berço, encontrou João, uma criança abandonada, nascida com hidranencefalia – uma condição em que o cérebro não se desenvolve completamente e o crânio do bebê fica preenchido de água.
A cena tocou profundamente Dabienne, e mesmo sem saber o que o futuro traria, ela tomou a decisão: "A partir de hoje, eu vou cuidar dessa criança."
Os médicos não tinham esperanças. A condição de João era delicada, e uma cirurgia arriscada foi necessária para drenar a água acumulada em sua cabeça. Eles disseram que ele não sobreviveria muito tempo, e que Dabienne estaria "pegando amor para depois enterrar".
Mas ela não hesitou. Mesmo que ele vivesse apenas um dia, seria o dia mais amado da vida dele.
Quando o menino voltou para a cidade dele, Betim, para ficar em um abrigo, Dabienne perdeu o chão e resolveu que iria tentar adotá-lo. Ela sentia uma conexão profunda com João.
Alguns meses depois ela pôde abraçar e levar João para casa.
O menino que não sobreviveria por muito tempo hoje tem 6 anos e é muito amado por sua mãe, Dabienne, e suas irmãs. Desde então, eles vivem um dia de cada vez, unidos por uma frase que se tornou o lema de suas vidas: "Ninguém solta a mão de ninguém."
João não enxerga, não anda, nem fala por conta da sua condição. Ele apenas desenvolveu um pedaço do cérebro, e é este pedacinho que permite o garoto ouvir e se comunicar com algumas expressões como a risada. E é cada sorriso desse que mostra o quanto ele sente o amor ao seu redor.
Contra todas as expectativas médicas, ele continua vivendo, sendo o "homem da casa", a alegria dos dias dela e a razão pela qual ela acredita em dias melhores.
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10/24/2024 • 7 minutes, 21 seconds
Cheguei a dever 400 mil para agiotas por conta dos jogos online
Sheilla nunca imaginou que as apostas online mudariam sua vida para sempre. Pelo menos não de forma tão negativa.
Quando Sheila começou a apostar, parecia apenas uma forma de ganhar um dinheiro extra. Na época, ela trabalhava como auxiliar administrativa e ganhava R$ 800, mas a primeira aposta que fez já trouxe uma sensação de euforia: ela ganhou R$ 200, um quarto do que recebia no mês.
A partir desse momento, a expectativa de "mudar de vida" tomou conta da sua mente.
Aos poucos, a diversão das apostas foi se transformando em algo muito mais perigoso. As publicidades de influenciadores que mostravam apenas os ganhos também contribuíram para ela acreditar que aquele era o caminho certo.
Com o passar do tempo, a rotina de Sheila se tornou insustentável. Ela passou a jogar o dia inteiro, sem dormir e sem render no trabalho. Seu humor variava conforme seus ganhos e perdas, e ela começou a se afastar de amigos e familiares, trancada em seu quarto, vivendo em função das apostas.
Quando o dinheiro do salário já não era suficiente, ela começou a pegar empréstimos e, pouco depois, entrou no ciclo perigoso de pedir dinheiro a agiotas.
Sheila viu sua dívida se acumular e ela chegou a dever R$ 400 mil a mais de 40 agiotas, além de ter perdido 11 cartões de crédito e contraído dívidas com amigos e familiares.
O fundo do poço chegou quando Sheila, sem mais ter de onde tirar dinheiro, pediu demissão do emprego para pegar a rescisão e tentar quitar parte das dívidas. Em vez de aliviar o fardo, ela perdeu todo o valor da rescisão em apenas 14 minutos de apostas. Nesse ponto, já não conseguia mais esconder a situação de seus familiares, que intervieram ao saber da gravidade do problema.
Mesmo com o apoio financeiro da família, Sheila ainda enfrentava as consequências emocionais e psicológicas do vício. Ela entrou em depressão profunda, desenvolveu síndrome do pânico e ficou meses sem conseguir sair de casa. O tratamento psicológico veio como um alívio, mas o impacto do vício levou tempo para ser superado.
Hoje, Sheila faz tratamento contínuo no CAPES e ainda lida com as cicatrizes deixadas por esse período.
A história da Sheilla faz parte da campanha #ApostaSemInfluência,
uma iniciativa do Histórias de Ter.a.pia que visa mobilizar a sociedade civil e a Creator Economy pela proibição da publicidade de casas de apostas online, as conhecidas BETs. A campanha busca conscientizar sobre os impactos devastadores do vício em jogos de azar e a influência nociva da promoção dessas plataformas por influenciadores digitais. Acesse historiasdeterapia.com/ApostaSemInfluencia e saiba mais.
Este episódio tem áudios da novela Órfãos da Terra, Jornal da Globo, Jornal da Record, Canal Tempero Drag, Podcast Agência Pública, Podcast O Assunto, Rádio EBC.
Os links de referência para o episódio, encontram-se abaixo:
Órfãos da Terra, Globoplayhttps://bit.ly/485o648
Na Telinha, Uolhttps://bit.ly/489nPNn
Memórias Globo, Globohttp://glo.bo/3U4YZsr
Jornal da Globo, Globoplayhttps://bit.ly/3YlrF2T
Jornal da Record, Recordhttps://bit.ly/483cxdP
Canal Tempero Draghttps://bit.ly/3YlqS1M
G1, Globohttp://glo.bo/3YlrFQr
SBT News, SBThttps://bit.ly/3YlrGDZ
Agência Brasil, EBChttps://bit.ly/485FpSG
Uolhttps://bit.ly/3A0ilbq
Agência Brasil, EBChttps://bit.ly/3Yp0xQH
G1, Globohttp://glo.bo/4894Rqh
Podcast Agência Públicahttps://spoti.fi/3YlXOr8
Nexo Jornalhttps://bit.ly/405IEHQ
Podcast O Assunto, Globoplayhttps://spoti.fi/484gnTX
G1, Globohttp://glo.bo/3Yoftyk
Agência Brasil, EBChttps://bit.ly/483Esdv
Nexo Jornalhttps://bit.ly/3YmXvfu
Uolhttps://bit.ly/3YmLw1v
Estadãohttps://bit.ly/48eBi6U
Rádio EBChttps://bit.ly/3BGXYk3
Jornal O Globohttp://glo.bo/488quHl
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10/15/2024 • 42 minutes, 41 seconds
Minha mãe morreu no meu parto, mas eu realizei o sonho dela
Cleide Evelin nasceu carregando uma marca trágica: sua mãe, Cleide, morreu em seu parto. O sonho da mãe, de ter uma filha, foi interrompido no momento em que Evelin veio ao mundo. A dor dessa perda foi tão grande que o pai, incapaz de lidar com o luto, decidiu deixá-la no hospital, rejeitando-a antes mesmo de conhecê-la.
A @cleide_evelin foi adotada pelos tios, por parte de pai, que lhe deram o amor e o acolhimento que seu pai biológico não conseguiu oferecer. Apesar da tragédia, seus tios nunca esconderam a verdade. Evelin cresceu sabendo de toda a história - da morte precoce da mãe até o abandono pelo pai, a quem, mais tarde, ela escolheria perdoar.
Carregando o nome de sua mãe como uma homenagem, Evelin cresceu cercada por amor, mas também pela sombra de uma rejeição que poderia tê-la esmagado. Ao invés disso, ela transformou a dor em força. Mesmo sabendo do passado, dos momentos mais duros, ela escolheu olhar para frente.
Estudou, superou os obstáculos que a vida lhe impôs e se tornou uma agente de mudança. Através do Instituto Juntos Brasil, Evelin impacta vidas que, como a sua, foram marcadas pela rejeição, levando esperança e cuidado às comunidades mais vulneráveis no Brasil e também na África.
Nos últimos momentos de vida de seu pai biológico, Evelin o perdoou com apenas 13 anos. Ela entendeu que ele também havia sido uma vítima do luto, da dor profunda que o fez incapaz de cuidar dela. Esse ato de perdão foi o ponto de virada em sua história — não como um fim, mas como o início de sua missão de transformar a rejeição em acolhimento.
Hoje, Evelin honra o legado da mãe que sonhava com ela e resgata outros que, como ela, também foram deixados para trás. São mais de 7000 pessoas que ela já transformou a vida de alguma forma com seu trabalho, e isso é só o começo!
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10/3/2024 • 8 minutes, 7 seconds
Indígena Urbana: Demorei muito tempo para encontrar minha origem
A história de Tania começa antes mesmo dela nascer. Apesar de ter crescido em um ambiente urbano, foram necessários muitos anos até ela encontrar sua origem indígena.
Anos atrás, sua avó precisou fugir após a aldeia em que morava com os filhos, com os filhos, ser incendiada por homens armados. Expulsos de sua terra no meio da noite, ela perdeu o contato com o restante do seu povo.
A avó de Tania levou a família para Minas Gerais, mas o medo do que haviam vivido era tão grande que ela decidiu esconder sua ancestralidade, temendo mais perseguições e preconceitos. Com isso, a conexão com suas raízes foi silenciada.
Crescendo na cidade, Tania ouvia fragmentos de sua história, mas nunca com clareza. Sabia que tinha herança indígena, mas essa parte de sua identidade era tratada como algo perigoso de se reconhecer. Sua família, como muitas outras, focava apenas em sobreviver no ambiente urbano, sem espaço para reivindicar a própria cultura.
Já adulta, Tania decidiu buscar sua origem indígena. Após anos de pesquisa, ela descobriu que sua família pertencia ao povo Pataxó. Essa descoberta a levou a uma aldeia em Paraty, onde, ao olhar para as pessoas, sentiu uma conexão imediata.
O rosto de cada membro da comunidade parecia familiar, como se finalmente tivesse encontrado seu lugar. Ali, Tania descobriu que muitos dos indígenas da aldeia eram seus parentes de sangue.
Assim como a história indígena desde 1500, a história da Tania é uma luta contra o apagamento e o silenciamento forçado.
Hoje, Tania vive na cidade, mas se orgulha de sua identidade como uma mulher indígena, lésbica e mãe de um filho com Síndrome de Down. Ela carrega em si a força de sua avó, que sobreviveu à destruição de sua aldeia e à perda de sua terra.
Para Tania, a luta pelo reconhecimento da identidade indígena não é apenas pessoal, mas uma forma de garantir que sua história e a de seu povo nunca mais sejam esquecidas. Ela representa a força de uma ancestralidade que, apesar de todas as adversidades, continua viva.
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9/26/2024 • 9 minutes, 42 seconds
Provei que posso dirigir mesmo sendo cega de um olho
“Você não vai conseguir” foi uma frase que acompanhou a Nara desde muito nova. Aos três anos, um acidente em casa fez com que ela ficasse cega de um olho. Embora não se limitasse, Nara logo percebeu que sua deficiência seria usada como barreira pelos outros.
Assim que completou 18 anos, Nara quis tirar sua carta de motorista. Era seu sonho poder dirigir, mas isso foi ficando cada vez mais distante quando amigos e familiares a desmotivaram.
"Você não vai conseguir, você não enxerga de um olho", era o que Nara sempre ouvia. E, por muitos anos, ela acreditou nisso.
Por 20 anos a Nara ficou dependente de outras pessoas para fazer coisas cotidianas, como ir ao mercado.
Quando não tinha uma carona, ela carregava sacolas pesadas, chorava no caminho de volta para casa, sentindo o peso não só das compras, mas também da frustração de depender de alguém.
Só aos 48 anos que Nara decidiu enfrentar seus medos e o preconceito. Sem contar a ninguém, foi até uma autoescola perguntar se era possível tirar a carteira de habilitação, mesmo com visão monocular.
Para sua surpresa, a resposta foi um simples e direto "sim". Naquele momento, toda a crença que ela alimentou por décadas foi desfeita em segundos.
Nara passou pelas aulas de direção com o instrutor, que a ensinou a se adaptar às limitações de sua visão, e conquistou sua tão sonhada CNH.
O sentimento de liberdade que ela sentiu foi indescritível. Agora, Nara podia ir e vir sem depender de ninguém. Seu sonho finalmente se tornou realidade.
Dirigir para Nara não é apenas sobre estar no volante. É sobre liberdade, superação e a prova de que, mesmo com uma deficiência, é possível conquistar seus sonhos, contanto que você acredite em si.
• O vídeo com a história da Nara contada no Gringo, no Mês das Mulheres, é esse aqui:
https://www.instagram.com/reel/C4QPIjzOTCI/?igsh=MW15YmtvYXZ1NGp3Zw%3D%3D
• O perfil do João, que comentamos no podcast é este aqui: https://www.instagram.com/fotografiacega_/
• O vídeo dele contando sobre seu trabalho é esse: https://www.instagram.com/reel/C_giIUOu4oB/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA%3D%3D
A história da Nara foi contada em parceria com o @chamaogringo. No Super App do Gringo você paga licenciamento, multas e cuida do seu veículo em um só lugar. O Gringo tá aqui pra simplificar, sem burocracia, com soluções pro seu veículo na palma da mão.
Acesse o site e saiba mais https://gringo.com.vc/
9/24/2024 • 21 minutes, 2 seconds
"Você é o primeiro médico preto que eu vejo"
Você pode conhecer o Fred Nicácio do BBB 23, ou do Queer Eye Brasil, mas não provavelmente a história do garoto da periferia do interior do Rio, que se tornou médico e logo depois uma personalidade da mídia.
Fred nasceu em uma família pobre, que vivia na periferia de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro. Mas sua origem humilde não significava que sua família não tinha letramento racial. Desde cedo, ele ouviu do pai que não seria tratado da mesma forma que os filhos brancos dos vizinhos.
Esse ensinamento se tornou ainda mais latente quando Fred e sua família ascendem e vão morar no centro da cidade. Eles eram a única família preta daquela rua, da igreja e dos ambientes sociais que frequentavam.
Se o racismo era uma pauta dentro de casa, para driblá-lo Fred e seus irmãos foram ensinados pelos pais a estudar. Logo após concluir o Ensino Médio, Fred entra para a faculdade de fisioterapia e se forma.
Trabalhando na UTI de um hospital, ele se encanta pela medicina e como essa profissão pode salvar vidas. Quando comentou com uma colega de trabalho que ficou muito animado com um procedimento que um médico fez, ela desdenhou dele: "Isso é só para um doutor".
Fred sentiu o olhar de desprezo da colega e sabe que se ele fosse um homem branco, ela o incentivaria a se formar nessa profissão.
Mas com incentivo ou não, ele sabia o que queria e anos depois se formou em medicina e foi trabalhar em um hospital público em outra cidade do interior do Rio. Foi nesse hospital que sua vida se transformou por completo.
Em um atendimento de plantão pediátrico, Fred recebe dona Eunice, de 74 anos, e seu neto, de 9. Ele notou que a senhora não parava de olhar para ele durante toda a consulta, mas seguiu o atendimento com o neto dela.
No final da consulta, ela pergunta se poderia tirar um retrato com Fred. Nos mais de 70 anos de dona Eunice, ela nunca havia sido atendida por um médico preto, como ela. Além da foto, ela pediu para ele publicar a foto na internet porque outra neta dela tinha acesso à internet também.
Quando Fred publicou, não imaginava que essa foto fosse mudar tudo. A publicação viralizou, foi parar em jornais, ele foi convidado a dar entrevistas... e virou o Fred Nicácio que conhecemos hoje nas redes e dos programas de TV, como Queer Eye e Big Brother Brasil.
A representatividade que ele tinha ali naquele hospital no interior do Rio de Janeiro foi potencializada após seu encontro com dona Eunice. Tudo porque ela pediu para postar nas redes aquele encontrou que mudou não só a vida do Fred, mas da Eunice também.
Hoje Fred sabe da importância de ter um homem preto, gay, macumbeiro e fashionista com visibilidade nas redes, na TV ou onde for. Para que mais Eunices não precisem esperar até seus 70 anos para se sentirem representadas.
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9/19/2024 • 7 minutes, 3 seconds
Forçado a fugir: ser uma pessoa trans é crime no meu país
Matheus Jade nasceu na Tunísia, um país do norte da África, onde ser uma pessoa trans é considerado um crime.
Desde a infância, ele sabia que algo estava diferente em sua vida, mas não conseguia entender o que era. Crescendo em uma família muçulmana, Matheus se viu preso em uma realidade onde não podia expressar sua verdadeira identidade, o que gerava conflitos tanto em casa quanto dentro de si.
Durante a infância e adolescência, Matheus sofria repressões constantes. Esses momentos de repressão reforçavam a sensação de que havia algo errado com ele.
Matheus começou a questionar sua existência e a lutar contra sua própria identidade, acreditando que talvez, se seguisse fielmente os preceitos religiosos, Deus o ajudaria a superar essa "fase".
Com o tempo, a repressão e o sofrimento se tornaram insuportáveis. Matheus percebeu que continuar na Tunísia significaria arriscar a própria vida todos os dias, simplesmente por existir.
Diante dessa realidade, Matheus foi forçado a fugir e deixar sua terra natal. Ele escolheu o Brasil como refúgio por saber que aqui poderia viver com mais liberdade e segurança.
A decisão foi influenciada pela imagem do Brasil como um país multicultural e mais acolhedor para pessoas LGBTQIA+, onde ele teria a chance de viver de acordo com sua verdadeira identidade sem o constante medo de ser perseguido ou morto.
Agora, como refugiado no Brasil, Matheus pode finalmente ser quem ele é, encontrando forças para seguir em frente, enfrentando os desafios de construir uma nova vida em um país distante de sua origem.
Essa é uma parceria do Ter.a.pia com o Acnur, agência da ONU para refugiados. O Acnur junto a seus parceiros oferece ajuda financeira, proteção, abrigo e itens de emergência para pessoas em busca de proteção internacional.
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9/12/2024 • 7 minutes, 23 seconds
Encontrei o amor aos 70 anos em um site de relacionamentos
A Liça nem imaginava que poderia viver um novo amor aos 70 anos, muito menos que ele nasceria em um site de relacionamentos! Mas foi assim que o destino colocou o Luiz em sua vida, seu atual marido, com quem está casada há 14 anos.
A Liça foi casada por 32 anos e teve 4 filhos. Quando seu ex-marido faleceu, ela jamais imaginaria que poderia viver outro romance. Para ser sincero, ela nem estava atrás de um.
Ela ficou 13 anos viúva e chegou aos 70 anos com a vida ótima, os filhos já estavam todos criados, trabalhando, saindo com os amigos e um romance não estava em seus planos.
Até que uma de suas filhas quis criar um perfil em um site de relacionamento para a Liça. Ela não quis de começo, mas depois de entender como funcionava aquele mundo virtual, topou a ideia.
Liça conheceu muitos homens por meio do site. Uns que lhe mostravam poemas (que não eram para ela), outros que lamentavam suas dores como se ela fosse a sua psicóloga. Ela até saiu com alguns para tomar café, mas nenhum chamava sua atenção.
Até que ela conheceu o Luiz. Antes, deixa a gente explicar como ela descrevia o homem ideal no site: até 78 anos e com 1,70 cm de altura. Luiz tinha 79 e 1,69 cm.
Ele brincou com essas características, dizendo que se fosse um ano mais novo e um centímetro mais velho, tentaria algo com Liça.
Aquela brincadeirinha foi o empurrão para os dois começarem a conversar pelo site. Depois trocaram e-mail, telefones, até que se encontraram pessoalmente.
A química já havia batido, só que o Luiz, viúvo há dois anos, estava querendo casar e a Liça queria só se divertir. Mas ela acabou cedendo 9 meses depois e os dois foram moram juntos e se casaram!
14 anos se passaram desde que eles se conheceram pelo site de relacionamento e estão muito felizes. Liça com seus 84 anos e Luiz com 93 vêm mostrando que o amor não tem idade, nem jeito certo de acontecer. Ele só acontece!
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9/5/2024 • 6 minutes
Edu Lyra e a potência das favelas
Edu Lyra nasceu e cresceu em um barraco de chão de terra batida em uma favela de Guarulhos e foi nesse ambiente, anos depois, que ele descobriu que havia uma potência infinita de transformação. Ali ele cria a Gerando Falcões, uma ONG com foco no combate à pobreza.
Com uma infância difícil, Edu cresceu com o pai envolvido no crime organizado e sua mãe, Maria Gorete, se virando em mil para poder dar conta das coisas em casa.
Apesar da dificuldade e da violência cotidiana no lugar onde moravam, Edu cresceu ouvindo de sua mãe a seguinte frase: "Não importa de onde você vem, mas sim para onde você vai". E isso foi fundamental para que aquele menino crescesse com vontade de mudar sua vida e das pessoas que estavam à sua volta.
Ainda bem jovem, Edu percebeu que as pessoas, principalmente os jovens, não sabiam das suas potências. Então, ele decide escrever o livro "Jovens Falcões", contando a história de jovens que saíram do nada e se transformaram em agentes de mudança.
Ao lado de 30 amigos, ele foi vendendo esse livro em sua comunidade e assim nasceu a Gerando Falcões, que além do livro, rodava por escolas públicas de São Paulo dando palestras, aulas de rap, funk, skate, futsal e tênis para crianças e adolescentes.
O sonho do Edu era provar para o jovem da favela que existem outras possibilidades, como ser programador, designer, fotógrafo ou empreendedor e transformar a sua realidade e, como consequência, a vida das pessoas.
Hoje o Edu, que se considera um homem de muita fé, tem o sonho de transformar a pobreza da favela em uma peça de museu. Para ele, não faz sentido a humanidade ter o objetivo de colonizar Marte, mas não de dar dignidade para todas as pessoas.
Se para muita gente o sonho do Edu é uma "utopia", para ele é um norte de como ele quer caminhar enquanto estiver aqui. Tudo que aconteceu na vida dele foi um milagre, segundo ele mesmo, então, ele sabe que o impossível acontece.
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8/29/2024 • 5 minutes, 41 seconds
Ele ficou 40 anos procurando a filha desaparecida
Frank ficou 40 anos sem saber onde sua filha estava. Aos 24 anos, ele teve um breve relacionamento com uma mulher, do qual nasceu sua filha. Frank registrou a menina e esteve presente durante os seis meses que pôde ficar com ela.
Recém-chegado do Rio Grande do Norte, ele morava em uma favela na Baixada Santista e ganhava pouco, mas isso não o impedia de aproveitar os passeios com sua filha pela cidade.
Quando a bebê tinha 6 meses, os avós maternos informaram a Frank que a mãe da criança se mudaria para o Sergipe com a filha. Frank aceitou a mudança, o combinado era manter contato.
No entanto, sua primeira tentativa de comunicação, com uma carta e um presente, não teve resposta. Ao longo dos anos, Frank continuou enviando cartas, mas todas voltavam.
Com a chegada da internet nos anos 2000, Frank começou a pedir ajuda aos colegas de trabalho que sabiam usar computadores para procurar por sua filha pelo nome do registro de nascimento. Ninguém conseguiu encontrá-la.
Ele até voltou ao cartório onde registrou a menina, mas descobriu que não haviam outros rastros do que aconteceu depois. A hipótese era que ela não existia mais com aquele nome.
A angústia de Frank persistiu por décadas. Em 2018, ele pediu ajuda à sua sobrinha, Daniele, recém-formada em Direito, para encontrar sua filha. Daniele usou todos os recursos disponíveis, mas sem sucesso.
Até que um dia, Frank lembrou de um documento original da mãe da menina, que ele havia guardado quando ela estava grávida e precisou usar seu plano de saúde.
Com essa pista, Daniele e seu esposo viajaram para a Bahia, onde localizaram a mãe da menina. Após muita insistência, ela revelou que havia trocado o nome da filha e que outro homem tinha assumido a paternidade.
No dia seguinte, Daniele encontrou a filha de Frank e, durante um jantar, revelou que ela era sua prima. Apesar do choque, foi um momento de grande emoção. Frank, embora não estivesse presente, participou da descoberta via chamada de vídeo.
Logo após esse reencontro, veio a pandemia. Frank e sua filha se comunicaram por vídeo chamadas durante dois anos. Para quem esperou 40 anos, dois anos a mais não foram tão difíceis. Finalmente, a filha de Frank veio para São Paulo e eles puderam se encontrar pessoalmente.
Depois de 40 anos de incertezas, Frank, agora com 73 anos, se sente completo e disposto a recuperar todo o tempo perdido com sua filha.
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8/22/2024 • 5 minutes, 34 seconds
De freira a homem trans: uma trajetória de descobertas e aceitação
Túlio, um homem trans, encontrou sua verdadeira identidade após passar cinco anos em um convento. Nascido no interior de SP, ele cresceu frequentando a igreja e, ao atingir a maioridade, decidiu se tornar freira, acreditando ter uma vocação religiosa.
Durante seu tempo, Túlio enfrentou grandes dificuldades nas relações afetivas, principalmente por estar cercado de mulheres. Esse conflito constante acabou em um relacionamento secreto com outra garota do convento, que foi o ponto de virada para ele deixar a vida religiosa e buscar seu verdadeiro eu.
Após retornar para casa, Túlio passou quatro anos se aceitando como uma mulher lésbica. Durante esse período, ele ainda frequentava a igreja, mas sentia muita culpa por ser quem é. Com o tempo, percebeu que suas afinidades e sentimentos permaneciam, levando-o a questionar ainda mais sua identidade.
A virada de chave acontece quando ele conhece sua atual esposa. A criação aberta e inclusiva dela contrastava com a experiência de Túlio e o encorajou a explorar sua identidade. Aos 33 anos, ele iniciou sua transição de gênero, passando a tomar hormônios e, eventualmente, realizando a mastectomia.
Durante sua transição, Túlio teve muito acolhimento da esposa e de sua enteada, que acompanhou todo o processo desde os seus 3 anos e nunca questionou ou errou seu pronome. Ele sempre foi o Tutu, seu padrasto.
A trajetória de Túlio reforça, mais uma vez, a importância da representatividade. Ele acredita que, se tivesse tido mais referências e contato com pessoas trans no passado, seu caminho poderia ter sido menos doloroso.
Hoje ele utiliza seu corpo e sua voz para ajudar outras pessoas transexuais através do @empregatodes, projeto destinado a ajudar pessoas trans e travestis a se inserirem ou se recolocarem no mercado de trabalho.
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8/15/2024 • 5 minutes, 58 seconds
Ela encontrou o prazer numa casa de swing
Muitos tabus envolvem a sexualidade das pessoas, principalmente quando falamos do prazer feminino. Quando uma mulher assume que pratica swing com seu marido, como encaramos isso? Essa é a história da Marina, que descobriu o prazer numa casa de swing, com seu marido.
Marina e Márcio são casados há 25 anos e há 16 são praticantes de swing, no popular, troca de casais. Os dois se conheceram na igreja e casaram rapidinho. Desse casamento, tiveram dois filhos e a vida seguiu o fluxo.
Só que em algum momento do casamento, Marina começou a se questionar se aquela relação já tinha chegado ao seu ápice. Os dois se amavam, os dois se davam bem na cama, mas as coisas começaram a ficar muito protocolares.
Isso porque, assim como grande parte dos casais, não havia conversa sobre sexo no casamento deles. Eles não exploravam outras possibilidades, seja um lubrificante novo ou ir a uma casa de swing.
Até que em um aniversário de casamento, sem saber para onde ir, os dois começaram a falar sobre ir em uma festa. Alguém próximo já havia cantado a bola da casa de swing, mas os dois nunca tocaram no assunto.
Curiosos, eles foram até lá e se surpreenderam porque antes mesmo de eles toparem transar com outro casal, os dois se conectaram como nunca havia acontecido.
Aliás, demorou 3 anos para a Marina e o Márcio se relacionarem sexualmente com outras pessoas na casa de swing que eles frequentavam. Quando eles iam, era para um curtir o outro naquele espaço.
Os dois frequentaram a casa de swing em segredo por mais de 10 anos, até que na pandemia, após participarem de uma reportagem, pessoas próximas os reconheceram.
Com o segredo vindo à tona, o medo da Marina era dos filhos reagirem de uma maneira negativa. Mas para surpresa dela, eles foram muito respeitosos com a escolha dos pais. Marina comenta que ficou orgulhosa porque sabe que criou eles muito bem por abraçarem a diversidade sem problemas.
Infelizmente, a reação dos filhos não foi a mesma de outras pessoas próximas. As reações eram diversas, mas muitas delas eram apontando o dedo para a Marina. Seu marido saia como o garanhão, enquanto ela era a vagabunda.
Mas a Marina não liga. Ela sabe que não dá para ficar vivendo de acordo como as pessoas querem que você seja. Ela é uma pessoa não-monogâmica, sempre foi, e isso só aflorou quando ela descobriu a prática do swing.
E mais, a partir da prática liberal foi que ela descobriu o seu corpo, descobriu o que ela gosta e o que ela não gosta. Foi na prática liberal que a Marina descobriu o prazer.
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8/8/2024 • 7 minutes, 29 seconds
Sentia o cheiro do churrasco do vizinho sem poder oferecer aos meus filhos
Imagine você e seus filhos sentindo o cheiro do churrasco do vizinho no Natal, mas sem condições financeiras para fazer um em sua própria casa. Essa era a situação da Josi, mãe de cinco filhos.
Josi se casou duas vezes e teve 5 filhos, seu segundo relacionamento era ótimo: ela dona de casa enquanto o marido trabalhava fora.
Mas as coisas começaram a desandar: seu marido se tornou dependente químico e, após o nascimento do filho mais novo, a abandonou em pleno Natal.
Quando ela foi abandonada, além de ir morar em uma casa de dois cômodos com seus 3 filhos pequenos (os outros 2 já eram maiores de idade), ela também começou a achar que não era digna de ser amada.
Com a autoestima baixa e problemas financeiros, Josi, aos 41 anos, se sentiu desesperada por não ver como poderia refazer sua vida.
Sem conseguir emprego, sem rede de apoio, ela passou a depender de doações da igreja e de vizinhos. Roupa, comida, tudo era doado para que ela conseguisse se manter com as crianças, uma delas bebê, vale lembrar.
Foram 2 anos nessa situação, e foi nesse período que Josi passou a perceber como o mínimo faz falta para uma família.
O Natal era a data mais difícil. Ela e seus filhos sentiam o cheiro do churrasco do vizinho, mas não tinha condições de oferecer o mesmo. Era desesperador.
As coisas começam a mudar para a Josi quando uma amiga apresentou o projeto ASMARA, da Gerando Falcões. Nesse momento, ela começou a redescobrir a felicidade, a produtividade e a beleza em si.
O projeto busca dar autonomia para as mulheres que moram nas favelas, trazendo independência financeira, e foi um grande incentivo para que a Josi voltasse a sonhar.
A partir dessa guinada, ela decidiu deixar a Josi do passado para trás e revolucionar. Cortou o cabelo, assumiu os grisalhos que sempre quis, mas nunca teve coragem.
Esse gesto simples simbolizou a profunda transformação interior que ela estava vivendo.
Hoje, Josi está decidida a deixar para trás a depressão, e quer agora ajudar outras mulheres que, como ela, precisam de um empurrão inicial.
“Chega de me anular. Hoje, quero me ajudar e ajudar as pessoas ao meu redor. Sou uma MARA e quero que mais mulheres se sintam MARA.”
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8/1/2024 • 7 minutes, 9 seconds
De dependente química a empreendedora: como um projeto social salvou a vida dela
Crescer em um ambiente desestruturado não é fácil, e @viihnunes07 sentiu isso na pele. Desde cedo, ela foi cercada por um cenário caótico que a levou ao mundo da dependência química, iniciando um ciclo que parecia impossível de romper.
Desde pequena, Virgínia presenciou dentro de casa discussões, agressões, drogas e o abandono. Aos 13, ela se tornou uma dependente química; aos 18 anos, engravidou pela primeira vez; aos 24, uma segunda gravidez tornou tudo mais difícil.
A depressão e a ansiedade eram constantes, e sem condições psicológicas para manter um trabalho fixo, ela lutava para dar uma vida digna aos filhos. O problema é que sua dependência também a mantinha presa em um ciclo de autossabotagem.
A vida da Virgínia dava um passo para frente e, na sequência, vários para trás. Houve momentos de desespero, quando Virgínia pensou em desistir de tudo, mas a responsabilidade por seus filhos pequenos a fez buscar forças.
Em um momento de desesperança, Virgínia conheceu o projeto @asmara.gerandofalcoes da @gerandofalcoes. No início, ainda desanimada, não se dedicou totalmente. Mas um convite para ir ao campo do Itaquerão mudou tudo. Aquele dia maravilhoso encheu seus olhos e despertou uma nova determinação. Ela voltou empolgada, desejando viver mais momentos como aquele.
Por mais simples que possa parecer visitar um estádio de futebol, essa possibilidade conquistada por ser uma participante do projeto ASMARA trouxe a ela um respiro.
Desde então, sua vida começou a mudar. Com a força e a motivação encontradas pelo projeto, Virgínia passou a fazer vendas via WhatsApp. ASMARA a tirou do sofá, da solidão e da fome, dando-lhe uma nova perspectiva de vida.
Hoje, ela é uma vendedora dedicada porque sabe que é através do seu trabalho que pode transformar a própria vida e oferecer um futuro melhor para os filhos.
Essa é uma parceria com ASMARA, projeto que busca dar autonomia para as mulheres que moram nas favelas, trazendo independência de vida e financeira e o melhor: o incentivo para que elas realizem os seus sonhos que estavam há anos em um baú.
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7/25/2024 • 6 minutes, 42 seconds
Ele foi obrigado a fugir da Síria para salvar sua vida
Abdul é um refugiado sírio no Brasil desde 2014. Ele foi forçado a fugir da Síria após o país entrar em uma guerra civil, em 2011, e desde então tenta reestruturar sua vida do zero.
Quando a Síria entrou em uma guerra civil, Abdul estava cumprindo seu período militar obrigatório. Ali ele perdeu muitos amigos, se separou da família e acabou ferido gravemente num ataque-bomba.
Decidido a não ficar mais ali, ele descobre que o Brasil oferecia visto humanitário para pessoas em busca de proteção internacional. Chegando aqui, ele se depara com a dificuldade de recomeçar em um lugar estranho.
Sem falar português e sem rede de apoio, a primeira coisa que @abduljarour ouviu no aeroporto foi: “Aqui no Brasil, você tem que se virar”. Apesar da decepção com a falta de acolhimento, foi o que ele fez.
Abdul conseguiu se reerguer no Brasil, mas nunca se esqueceu das suas origens. Ele logo começou a ajudar outras pessoas a virem para cá e se estabelecerem.
Abdul também tinha o sonho de resgatar sua família. Algumas irmãs dele tinham conseguido sair da Síria, mas sua mãe, uma irmã e o irmão mais novo, não. Eles ficaram anos vivendo o horror da guerra síria.
Junto a organizações como a @acnurbrasil, Abdul conseguiu organizar a vinda de sua mãe e irmãos, mas estar em situação de refúgio não é zerar sua vida e recomeçar.
Além de traumatizada, sua família também sofreu muito no Brasil com o preconceito. Houve um episódio em que Abdul e sua família foram hostilizados no shopping, chamados de “terroristas”.
Mas Abdul não abaixou a cabeça, hoje ele é uma figura importante na comunidade de refugiados no Brasil, ajudando a construir uma rede de apoio para aqueles que, como ele, buscam um novo começo em terras brasileiras.
Essa é uma parceria do Ter.a.pia com a Acnur, agência da ONU para refugiados. O Acnur junto a seus parceiros oferece ajuda financeira, proteção, abrigo e itens de emergência para pessoas em busca de proteção internacional. Acesse acnur.org
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7/18/2024 • 6 minutes, 18 seconds
Ex-presidiária, ela decidiu se tornar advogada para sair do mundo do crime
A Márcia entrou para o mundo do crime ainda muito jovem e foi presa 3 vezes. Na última passagem pela prisão, ela resolveu traçar outro rumo para sua vida: depois de cumprir sua pena, ela decidiu estudar direito e ajudar outras pessoas que buscam por ressocialização.
Aos 18 anos, ela entrou pela primeira vez em um presídio. Não para cumprir pena, mas levando telefones para os presidiários. Logo depois ela entrou para o tráfico de drogas e assim ela volta para a cadeira, dessa vez como presidiária.
Márcia saiu e voltou para o presídio mais 2 vezes, uma por envolvimento com tráfico novamente e outra por ter fugido da prisão. Entre uma prisão e outra, ela sempre tentava sair do mundo do crime, mas as oportunidades não chegavam.
Aqui a gente abre um espaço para a discussão sem moralismo. Márcia sabe que o caminho que optou não era o correto, mas era o que dava a ela a chance de pagar suas contas, já que por ter passagem pela prisão, suas chances de ser contratada por uma empresa eram muito baixas.
O Alex, que já contou sua história aqui no canal, uma vez disse: "quem vai dar a mão para um ex-presidiário?". O mesmo serve para a Márcia e para outras pessoas egressas. A ressocialização é um discurso muito bonito, mas na prática ninguém enxerga um ex-presidiário com confiança. É comum inclusive encontrarmos comentários em histórias desse tema apoiando pena de morte... vale a reflexão: um crime justifica o outro?
Pois bem, na sua terceira passagem pela prisão, Márcia quis mudar de vida. Ela estava nessa de ir e vir da cadeira há mais de 10 anos, tinha dois filhos e um marido sem culpa do seu passado, mas veio outro baque: seu advogado largou seu caso e ela precisou se defender sozinha.
A próprio punho, ela escreveu ofícios para a juíza, que acatou seus argumentos. Márcia pagou sua dívida com a sociedade e estava livre. Ela gostou tanto de fazer sua autodefesa que decidiu que sua mudança de vida viria pelo direito.
Ela enfrentou muitos desafios na sala de aula quando descobriram suas passagens, mas ergueu a cabeça e foi em frente. Na rua também não era fácil ser vista como "a ex-presidiária" e ser motivo da fofoca da vizinhança.
E para enfrentar o tititi, nada melhor do que deixar tudo às claras: Marcia decidiu criar um podcast, o @PodDaBernardes , para contar sua história e de outras pessoas egressas do sistema prisional.
Hoje ela está prestes a se formar, é estagiária em um escritório de advocacia e trabalha com atendimentos sociais para pessoas que precisam de ajuda jurídica na área criminal, além de comunicadora sobre o assunto que é tratado como tabu ainda na sociedade.
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7/11/2024 • 8 minutes, 54 seconds
Ela fez terapia de conversão por acreditar que ser trans era uma doença
A Fe Maidel cresceu achando que era doente por ser uma mulher trans. Na adolescência, ela procurou uma terapia de conversão para tentar ser curada e ficou 17 anos acompanhada de uma “profissional” que acreditava na “cura gay”.
Desde os 8 anos de idade, Fe se sente feminina, mas se assumir como uma mulher trans não era uma possibilidade. Até porque a própria Fe achava que estava doente.
A vontade de usar roupas femininas, aquela tristeza por se olhar no espelho e não se reconhecer a consumia por dentro, ao ponto dela procurar uma ajuda profissional (se podemos chamar assim). Ela achava que havia uma cura para toda aquela angústia.
Uma psicóloga a convenceu de que a terapia de conversão poderia curá-la. E assim foram 17 longos anos da vida da Fe sendo atendida por alguém que tentou fazê-la acreditar que ela estava doente por se identificar pelo gênero feminino.
Nessas quase duas décadas, Fe nunca se sentiu bem. Sua vida era uma montanha-russa com altos, muito altos e baixos a nível pré-sal. Mas independente de como ela se sentia, as roupas femininas sempre estavam escondidas para ela poder vestir quando o desespero batesse. Ainda assim, ela continuou na terapia de conversão. Ela foi levada a acreditar que estava doente.
A angústia a fez procurar o curso de psicologia e ali as coisas começaram a fazer mais sentido pra ela. Em um dia bastante deprimido, Fe foi acolhida por um colega de classe que entendia o que ela estava passando. Ele era um homem trans.
Ali foi o primeiro passo para ela entender que não estava triste por “estar doente”, mas porque ela não podia ser ela em sua essência: uma mulher trans.
Quando entendeu isso, Fe se afastou da terapia de conversão, formou-se psicóloga e começou sua transição de gênero e se libertou de uma mentira: a cura.
Hoje ela continua junto a sua esposa, com quem casou antes da transição, e as duas têm uma filha. Fe trabalha com foco no atendimento a pessoas trans e também com políticas públicas LGBT.
Essa é uma parceria editorial com o projeto @fimdacura, que denuncia métodos de conversão de orientação sexual e identidade de gênero, informalmente chamados de “cura gay”.
Apoiamos o projeto de lei 5034/2023, que equipara a prática da "cura gay" ao crime de tortura. Você também pode mostrar o seu apoio participando da petição no site fimdacura.com.br. Deixe sua assinatura e contribua com o #FimDaCura
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7/4/2024 • 8 minutes, 23 seconds
ESTAMOS DE VOLTA! Em novo formato e com novas histórias! ♥
Ollha só quem tá de voltaaaa!
Sentimos tanta falta de vocês que decidimos voltar. E não é qualquer volta, não. Estamos chegando com uma nova proposta!
Agora, as nossas histórias em vídeo vêm aqui para o podcast semanalmente. Então, se preparem para continuar ouvindo histórias incríveis enquanto lavam a louça, dirigem, ou fazem qualquer outra coisa.
E calma, que tem mais! O formato clássico "Histórias para Ouvir Lavando Louça", comigo e com o Lucas narrando com nossos convidados, vai voltar em episódios especiais e pontuais.
Foi tanta saudade de acompanhar vocês na beira da pia que a gente não resistiu!
Então, preparem-se para muitas emoções e histórias que vão continuar te inspirando. Queremos estar com vocês em cada momento, trazendo aquelas histórias que aquecem o coração.
Então, fica atento que tem novo dia de podcast aqui: toda quinta, vocês vão conhecer a história de uma pessoa inspiradora, do jeitinho que a gente gosta!
Até lá, continuem lavando a louça e ouvindo boas histórias. Porque aqui, o que não falta é história boa para contar!
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7/2/2024 • 1 minute, 28 seconds
Encontrei meu irmão italiano depois de 45 anos
Bruno, o pai da Assunta, veio da Itália para o Brasil em meados dos anos 1940, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ele era casado e tinha um filho que ficou com a mãe no país por decisão dela.
Bruno voltou em 1954 para tentar convencê-los, mas a sua esposa não quis vir para o Brasil. Ele então retornou sozinho e algum tempo depois conheceu a mãe da Assunta. Os dois se apaixonaram e começaram um romance, que só não virou casamento de papel passado porque Bruno não havia se divorciado.
Os dois ficaram juntos por 28 anos e tiveram a Assunta, que cresceu sem saber do meio irmão italiano… até que ela descobriu uma foto dele nas coisas do pai, e o confrontou.
Descobrir um irmão fez com que ela quisesse encontrá-lo, então, na sua primeira viagem à Itália, em 1973, para conhecer sua família paterna, ela tentou contato com Mario. Mas ele se recusou a receber a irmã mais nova. Ela ficou triste, mas seguiu a vida.
Em 1983, ela volta para a Itália e tenta contato novamente com o irmão que de novo se recusa a encontrá-la. Isso se repetiu mais uma vez em 1998. Assunta já tinha quase desistido de tentar uma aproximação. Até porque o elo entre eles dois, seu pai, já não existia porque Bruno havia falecido.
Mas na era das redes sociais, todo mundo é um possível stalker hehe e, em 2013, Assunta foi caçar o perfil do irmão no Facebook e achou! Ela tentou contato com ele e conseguiu. Mario não estava muito a fim de papo, mas foi cedendo aos poucos e quando foi ver, os dois estavam muito entrosados.
Mario nunca quis encontrar a irmã por mágoa do pai, uma justificativa bastante plausível. Assunta compreendia o irmão, mas sabia que a relação deles poderia crescer independente das questões do pai.
Dito e feito. Os dois passaram a se falar com bastante frequência por chamadas de vídeo, ligações e mensagens, até que em 2018, Assunta vai novamente para Itália e conhece, finalmente, seu irmão.
Os dois continuam se falando com bastante frequência e as famílias puderam se unir, finalmente.
4/23/2024 • 22 minutes, 58 seconds
AS RELAÇÕES SÃO COMO PLANTINHAS
Essa foi a reação da Cris ao ouvir nós dois, Alexandre e Lucas, lendo a sua história de amizade com a Edenilde no livro A HISTÓRIA DO OUTRO MUDA A GENTE, primeiro livro do ter.a.pia.
Para relembrar e se emocionar com outras histórias contadas no livro A HISTÓRIA DO OUTRO MUDA A GENTE, garanta sua edição no link: https://amzn.to/3CGZkc5
Relembre a Edenilde contando a história pela primeira vez aqui: https://www.youtube.com/watch?v=G_KMwvWycAY
O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com.
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Edição: Ricardo Babachinas
Roteiro: Alexandre Simone e Lucas Galdino
2/8/2023 • 9 minutes, 57 seconds
ADOTAR UMA CRIANÇA DEU A ELA VONTADE DE VIVER
Sempre foi o sonho da Elaine ser mãe, mas por questões de saúde ela não poderia gerar uma criança e esse fato levou ela a entrar em uma depressão profunda. Essa tristeza crônica quase a fez desistir de viver. Mas quando isso passou pela cabeça dela, ela dá de cara com uma faculdade oferecendo cursos de adoção. Nesse momento um outro mundo se abriu para ela, que agora poderia voltar a sonhar em ter um filho para chamar de seu.
Foram 6 anos esperando pelo Nicolas, seu filho tão amado e esperado. Toda essa espera compensou quando ela pegou ele no colo e ele olhou em sua alma, como ela mesma diz.
"A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: https://amzn.to/3CGZkc5
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo
2/7/2023 • 20 minutes, 36 seconds
OPORTUNIDADE PARA MUDAR
Essa foi a reação da Silvana ao ouvir Alexandre e Lucas lendo a sua história no livro A HISTÓRIA DO OUTRO MUDA A GENTE, primeiro livro do ter.a.pia.
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Relembre a Silvana contando a história pela primeira vez aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZAlIzSGkhxA
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Edição: Ricardo Babachinas
Roteiro: Alexandre Simone e Lucas Galdino
2/1/2023 • 13 minutes, 32 seconds
COMPREENDER PARA PODER PERDOAR
Essa foi a reação da Adriana ao ouvir nós dois, Alexandre e Lucas, lendo a sua história no livro A HISTÓRIA DO OUTRO MUDA A GENTE, primeiro livro do ter.a.pia.
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Relembre a Adriana contando a história pela primeira vez aqui: https://youtu.be/BXqKBPWurYI
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Edição: Ricardo Babachinas
Roteiro: Alexandre Simone e Lucas Galdino
1/25/2023 • 14 minutes, 25 seconds
SAÍ DO INTERIOR DO MARANHÃO PARA GANHAR O MUNDO
Da extrema pobreza no interior do Maranhão para uma carreira de sucesso em Dublin, a Dávilla é uma dessas pessoas que vemos sempre nos noticiários sobre superação através da educação.
De fato, a educação transformou a vida dela da água para o vinho, mas nada foi tão simples e foi necessário ela se esforçar 3x mais para conquistar uma vida mais tranquila fora do país.
Outro ponto crucial para o sucesso da Dávilla foram as políticas públicas de incentivo educacional para jovens de baixa renda. Sem elas, talvez ela não estaria contando sua história aqui!
Mas é bonito ver o brilho no olho da Dávilla contando sobre toda a sua trajetória, que por mais difícil que tenha sido, é cheia de vitórias!
Agora, indo para um contexto geral, sabemos o tamanho da desigualdade social no Brasil, mas é com histórias como a da Dávilla que conseguimos enxergar um pouco mais desse abismo.
Por mais merecedora que ela seja, ninguém deveria ter que se esforçar mil vezes mais para conseguir uma vida digna. Para alcaçarmos um mundo justo e acolhedor, temos que caminhar muito e igualar os pontos de partida de todos para, só assim, vermos todos no mesmo ponto de chegada também.
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Roteiro: Luigi Madormo
Edição: Felipe Dantas
8/3/2021 • 23 minutes, 18 seconds
OS 18 MINUTOS DE VIDA DA MINHA FILHA SERÃO ETERNOS
A Natália descobriu ainda grávida que sua filhinha, Elis, poderia não aguentar todo o período da gestação e se aguentasse, viveria por algumas horas ou dias. Apesar de ser uma decisão difícil, a Natália optou por continuar com a gravidez até onde pudesse e conseguiu dar à luz à pequena Elis, que viveu os 18 minutos da sua vida no colo da mãe.
Só que esses poucos minutos da Elis foram o suficiente para ela fazer a diferença no mundo. Após sua partida, a Natália decidiu doar o leite e encontrou inúmeros empecilhos burocráticos para fazer isso sem sua filha estar viva. Mas ela não se deixou convencer e foi até o fim para fazer a doação do seu leite em memória de sua filha.
Essa ação da Natália foi tão potente que ela conseguiu ser notada pelo poder público e ter a Lei Elis, que aborda a conscientização da perda gestacional e neonatal, aprovada na câmara de Uberlândia. Para ter mais informações sobre a Lei, acesse https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2021/05/14/lei-elis-e-aprovada-em-uberlandia-para-conscientizacao-da-perda-gestacional-e-neonatal.ghtml
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6/29/2021 • 27 minutes, 7 seconds
SOU UMA NOVA MULHER DEPOIS DE COMEÇAR A CORRER
A Bete é uma paraibana que mora no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Ela veio pra cá bem novinha, com seu atual marido, e até pouco tempo atrás vivia uma vida bem tradicional: dona de casa, cuidava dos filhos, ajudava a criar os netos...
Até que sua filha Juce a incentivou correr. No começo a Bete não curtia muito essa coisa, achava que correr era pra quem disputava competições e tal, mas aos poucos ela foi se encontrando e correr mudou totalmente a vida dela!
Hoje a Bete não perde a chance de colocar sua roupa de corrida, seu tênis, e se dedicar a esse momento que é somente dela! Hoje ela é uma mulher empoderada e dona de si!
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6/22/2021 • 19 minutes, 19 seconds
A MACONHA SALVOU MINHA FILHA
Até onde uma mãe vai para salvar um filho? A Liane enfrentou a justiça para poder plantar maconha em casa e, assim, extrair o óleo da cannabis e dar uma vida melhor para a pequena Carol, portadora da Síndrome de Dravet, uma condição genética que fazia a menina ter inúmeras convulsões desde pequena.
Já são mais de dois anos que a menina faz uso do óleo feito por sua mãe em casa, e nunca mais teve uma crise sequer. Sem contar que ela deu adeus aos cinco anticonvulsivos que usava desde recém-nascida!
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6/15/2021 • 16 minutes, 39 seconds
A MÃE BIOLÓGICA DA MINHA FILHA
A Angela adotou a Ketelin, uma jovem de 12 anos, e com o passar do tempo percebeu que e a menina queria muito reencontrar a mãe biológica. No começo isso assustou a Angela, mas ela percebeu que essa ligação não poderia ser cortada e fez questão de se aproximar da família biológica da filha. Hoje a Ketelin tem duas mães que vivem trocando figurinha sobre a criação da filha e que a amam muito.
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6/8/2021 • 14 minutes, 34 seconds
QUANTO TEMPO DURA O AMOR?
O Nelson estava junto com o Cláudio há cinco anos quando os médicos disseram que seu companheiro tinha apenas mais dois anos de vida por conta de um câncer. Depois dessa notícia, eles decidiram não lutar contra o relógio, mas focar no tempo que tinham para aproveitar juntos, e nada os impediu de realizar sonhos durante esse período - que quintuplicou, já que eles viveram mais 10 anos juntos após o diagnóstico.
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6/1/2021 • 16 minutes, 41 seconds
Conheça o Histórias Para Ouvir Lavando Louça, o podcast do ter.a.pia
Já diria a pensadora contemporânea Ida Feldman, “enquanto você estiver vivo, vai ter louça”. E já que todo mundo tem que fazer essa atividade, por que não deixá-la mais leve?
Com o podcast “Histórias para ouvir lavando louça”, Lucas Galdino e Alexandre Simone, criadores do ter.a.pia, vão fazer o que fazem de melhor no canal: conhecer e contar histórias inspiradoras e emocionantes.
Se em vídeo os convidados estão lavando louça, no podcast essa ordem se inverte, e são os ouvintes que poderão conhecer e se inspirar com pessoas reais, gente como a gente, enquanto dão uma geral na cozinha.
Por ser uma atividade que não demanda tanto da gente - a não ser depois daquela macarronada de domingo em família - porque não passar esse tempo conhecendo alguém?
No Histórias para ouvir lavando louça, você vai conhecer pessoas reais com histórias reais, que vão te inspirar e te emocionar! <3
Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com. Ou acompanhe a gente pelas redes sociais @historiasdeterapia!